Fórum Latino-Americano de Impacto Coletivo apresenta iniciativas que estão gerando mudanças sistêmicas através da metodologia

Por: GIFE| Notícias| 10/10/2022
impacto coletivo

Com o tema “Equidade: nosso compromisso coletivo”, o Fórum Latino-Americano de Impacto Coletivo reúne, nos próximos dias 19 e 20 de outubro, interessados em se aprofundar na metodologia que dá nome ao evento. Ela foi escrita por John Kania e Mark Kramer em 2011, no artigo para a revista Stanford Social Innovation Review, onde definem impacto coletivo como “o comprometimento de um conjunto de atores importantes de diferentes setores em prol de uma agenda comum, a fim de solucionar um problema social específico.”

Diretora executiva da United Way Brasil, Gabriella Bighetti explica que no processo de entender os baixos números de colaboração entre organizações, os pesquisadores identificaram e estudaram projetos de sucesso em colaboração. Assim, desenvolveram cinco premissas: agenda comum; sistemas compartilhados de mensuração; atividades de reforço mútuo; comunicação contínua; organizações de apoio centralizado.

“Mas quando e por que usar? Temos três tipos de problemas: os simples, como fazer um bolo, que é possível sozinho; os complicados, como lançar um foguete, que requer técnicos; e os complexos, que são sociais, e não temos receita nem técnicos para resolver”, argumenta Gabriella, que avalia que a metodologia é pouco usada no Brasil.

Equidade como fator central

Depois de 10 anos, com feedbacks e novos estudos, os autores atualizaram o conceito de impacto coletivo, trazendo a equidade como fator central. Nos Estados Unidos, a releitura teve como estopim o assassinato de George Floyd em maio de 2020. 

“Não há como trabalhar com problemas sociais sem consciência de que estamos lidando com pessoas de diferentes contextos e necessidades”. Para isso, a atualização traz três temas a considerar nos projetos de impacto coletivo: levantamento de dados das diferentes populações atingidas pelo problema; atenção para o curto e longo prazo; levar para os espaços de liderança e tomada decisão do programa as populações atingidas pelo problema enfrentado. 

Impacto Coletivo como tendência do ISP

O evento terá uma mesa com o tema “Impacto Coletivo como uma das tendências do investimento social privado”, apresentando dados e relatos de práticas bem-sucedidas para evidenciar o potencial da metodologia para o fortalecimento do setor no Brasil. Gabriella defende que o impacto coletivo encontra terreno fértil no país. 

“Nosso setor vem há alguns anos tentando colaborar, mas o impacto coletivo vai além de parcerias entre fundações que pensam parecido. Estamos falando de colaboração radical, juntando setores que pensam diferente para encontrar agenda comum e trabalhar juntos para mudar um sistema.”O encontro acontece no YouTube. Para se inscrever e acessar a agenda do evento clique aqui.

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