Fundação Arymax discute futuro da inclusão produtiva em novo estudo

Por: GIFE| Notícias| 08/03/2021

A pandemia do novo coronavírus agravou um cenário que já era conhecido do brasileiro: o desemprego. No final de 2020, o número de brasileiros desempregados chegava a 14,2% da população, batendo novo recorde, cerca de 14 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Diante da importância e urgência de pensar sobre os efeitos no pós-pandemia, principalmente no que tange à inclusão de populações em situação de maior vulnerabilidade no mundo do trabalho, Fundação Arymax e B3 Social lançaram o estudo O Futuro da Inclusão Produtiva no Brasil: da emergência social aos caminhos pós-pandemia. A publicação mantém o tema da primeira edição – Inclusão Produtiva no Brasil: evidências para impulsionar oportunidades de trabalho e renda -, lançada em 2019, mas com foco na análise da pandemia de Covid-19 e seus efeitos. 

Conduzido pelo Instituto Veredas, o material, dividido em cinco capítulos, tem como objetivo analisar os efeitos da pandemia no Brasil, a resposta do país a eles – principalmente no que tange à inclusão produtiva e à proteção da renda dos mais vulneráveis -, bem como algumas estratégias para promover a inclusão produtiva no pós-pandemia. 

Tendências 

Considerando o fato de que, na maioria dos casos, momentos de crise alteram determinados funcionamentos, normas e costumes sociais, o relatório elencou seis tendências temáticas relevantes para a inclusão produtiva que, em grande parte, já existiam antes da pandemia e foram aceleradas. 

São elas: mudanças no padrão de globalização, mudanças demográficas, digitalização da economia, flexibilização das relações de trabalho, mudanças no padrão de consumo e agravamento da questão social. 

O conjunto de tendências molda um cenário no qual surgem novas necessidades com o envelhecimento da população, maior preocupação com o controle de riscos e incertezas, a eliminação de postos de trabalho de menor complexidade, ampliação de uso de recursos virtuais demandando a inclusão digital, maior exigência de qualidade de produtos, mais preocupação com responsabilidade social e preservação ambiental e outras.  

As tendências foram elaboradas tanto a partir das respostas do Brasil à pandemia como dos três desafios elencados mundialmente: assegurar que todas as pessoas tenham renda suficiente para se sustentar durante a fase de isolamento; manter os postos de trabalho formais e impedir sua destruição; e garantir as condições para que as empresas sigam operando, mesmo sob limitações.

Necessidades 

As análises realizadas para a elaboração do relatório facilitaram a identificação de quatro necessidades fundamentais e conjuntos de estratégias com o objetivo de promover a inclusão produtiva no pós-pandemia. 

Integrar assistência social e programas de transferência de renda a medidas de inclusão produtiva, adoção de estratégias que facilitem a inclusão de pessoas em posições de entrada no mercado de trabalho (sobretudo jovens), oferecer e diversificar formas de apoio abrangentes a empreendedores e promover o desenvolvimento de economias locais resilientes nas áreas rurais do país são possibilidades de caminhos a serem seguidos. 

A publicação pode ser acessada na íntegra neste link

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