Fundação Banco do Brasil investe em agricultura familiar

Por: GIFE| Notícias| 15/12/2008

Trezentos e cinqüenta agricultores familiares, em busca de mais qualidade de vida, uniram-se para fugir da pobreza e da fome e criaram o projeto “”Banco Comunitário de Sementes Crioulas e Espécies Florestais Nativas do Cerrado””. A iniciativa é uma das contribuições para o desenvolvimento sustentável do Instituto Rede Terra, em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

O banco de sementes foi criado com a participação de agricultores assentados, que plantaram pequenas áreas de variedades crioulas de milho e arroz. A alternativa vem sendo utilizada por pequenos produtores dos municípios goianos de Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Valparaíso e Novo Gama/GO.

As sementes crioulas não são geneticamente modificadas e buscam incentivar, na região do entorno do Distrito Federal, a implantação de bancos de sementes e a sustentabilidade dos seus associados.

O primeiro passo dos organizadores do projeto foi garantir a qualidade das sementes. Por isso, as variedades utilizadas são mais rústicas e de menor produtividade que as existentes no mercado convencional. São, ainda, mais adaptáveis ao ambiente local.

Segundo o coordenador-geral do banco, Luiz Carlos Simion, no momento, as sementes de milho e arroz estão sendo produzidas. “”Para a próxima safra, está previsto, ainda, o plantio de sementes de feijão, de espécies nativas do cerrado e adubos verdes. O milho é uma espécie ímpar da agricultura familiar, pois serve de alimento ao homem e também aos animais domésticos””, declara.

O processo é simples: o agricultor recebe do banco comunitário 20kg de sementes. Com essa quantidade, planta 1 hectare. Após a colheita, ele separa 50kg e as devolve ao banco, responsável pela seleção, empacotamento e armazenamento das sementes para a próxima safra.

Os técnicos da Rede Terra estimam que os agricultores lucrem R$ 24 mil, em 2008.Fundada em 1999, a Rede Terra é uma entidade da sociedade civil, de direito privado e sem fins lucrativos, fruto do trabalho de técnicos agrícolas, educadores, produtores rurais e profissionais liberais.

O Banco Comunitário foi aprovado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS). Um dos critérios para escolha foi o uso sustentável da biodiversidade no cerrado e ações que contribuam para o desenvolvimento de alternativas de organização, produção e comercialização destinadas a melhorara qualidade de vida das comunidades locais, valorizar e conservar os recursos naturais do bioma.

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