A cerimônia de premiação destacou reportagens que abordaram temas de impacto social e cidadania ativa, com distribuição de R$ 5 mil para cada ganhador e o anúncio do tema de 2025

Vencedores do Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo 2024. Créditos: Manuel Correia.

A 24ª edição do Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo terminou na noite de 13 de dezembro, em cerimônia que reuniu cerca de 100 convidados no Cine Prime, do Shopping Iguatemi Campinas, quando foram anunciados os ganhadores em cinco categorias e quatro modalidades da iniciativa que já é tradição na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e conhecida em todo território brasileiro. 

A edição, que marcou os 60 anos da Fundação FEAC, premiou os melhores conteúdos jornalísticos e informativos alinhados ao tema “Fundação FEAC 60 anos – Um legado perene de transformação”. Os vencedores de cada modalidade receberam um troféu e R$ 5 mil cada. 

Entre os presentes estavam os três finalistas de cada modalidade e categoria que tiveram seus trabalhos selecionados pela banca avaliadora entre os 89 conteúdos inscritos e produzidos por 87 profissionais de comunicação, todos abordando temas sociais ligados a projetos próprios ou apoiados pela Fundação FEAC.  

Os vencedores da modalidade Jornalismo 

Em Fotojornalismo, o vencedor foi Gustavo Abdel Massih, do site Hora Campinas, com o registro de Maria do Socorro Souza, moradora do Jardim São Marcos, uma das fotos que ele fez para a matéria “Praça revitaliza comunidade e leva esperança à região dos Amarais”. que mostrou, como parte do projeto “Desenvolve Amarais”, a revitalização de uma área degradada no Jardim São Marcos, em Campinas, onde a Fundação FEAC, em parceria com a Prefeitura, transformou um espaço antes tomado por lixo em uma praça com infraestrutura de lazer, iluminação e áreas arborizadas, beneficiando cerca de 20 mil moradores.

Gustavo Abdel Massih, do site Hora Campinas, vencedor de Fotojornalismo. Créditos: Manuel Correia.

Na categoria Impresso, o primeiro lugar ficou com o repórter Luiz Felipe Carneiro Lourenço Leite, do Correio Popular, pela matéria “Horta comunitária alimenta corpo e alma no Jd. Florence”. A reportagem destacou a transformação de um terreno de 4 mil m² no Jardim Florence, em Campinas. Antes um depósito de entulhos, o espaço foi revitalizado pelo Projeto Piloto Cultivando — uma iniciativa da Fundação FEAC em parceria com a Prefeitura de Campinas e a empresa social Pé de Feijão. O local se tornou uma horta comunitária que não apenas gerou renda e segurança alimentar, mas também passou a oferecer oficinas sobre práticas agrícolas, compostagem e alimentação saudável, promovendo mudanças significativas na qualidade de vida e no engajamento da comunidade local.

Luiz Felipe Carneiro Lourenço Leite, do Correio Popular, vencedor do Impresso. Créditos: Manuel Correia.

Na Online, o vencedor foi Anthony Teixeira, do site A Cidade ON Campinas, com a reportagem “Sementes do Amanhã: a importância dos centros educacionais e projetos de desenvolvimento infantil no Jardim Monte Cristo”, sobre o impacto do projeto “Verdejando Escolas” no Instituto Educacional Sementes do Amanhã. A matéria detalha como a parceria entre a Fundação FEAC e a CoCriança transformou o local, aproximando crianças da natureza e promovendo práticas pedagógicas inovadoras, que envolvem cocriação, revitalização de áreas verdes e oficinas realizadas com as próprias crianças, educadores e arquitetos, gerando benefícios educacionais e emocionais para a comunidade local.

Anthony Teixeira, do site A Cidade ON Campinas, vencedor do Online. Créditos: Manuel Correia.

Na categoria Rádio, o jornalista Kevin Accioly Kamada, da Rádio Brasil Campinas, foi o campeão com a reportagem “Como é bom estar em Casa!”, que teve como tema o impacto e a importância da Casa de Apoio Santa Clara, um serviço de acolhimento que, há mais de 10 anos, transforma a vida de mulheres em situação de vulnerabilidade social em Campinas, oferecendo abrigo, suporte e esperança para recomeçar.

Kevin Accioly Kamada, da Rádio Brasil Campinas, vencedor de Rádio. Créditos: Manuel Correia.

De TV, a jornalista Lucimeire Ramalho, da TV Band Campinas, foi a vencedora com a reportagem “ONG de Campinas muda a vida de crianças na periferia”, sobre as ações transformadoras da OSC CPTI, que há 32 anos oferece educação, atividades artísticas e formação profissional, impactando positivamente mais de 40 mil crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social, com o apoio de parceiros como a Fundação FEAC.

Lucimeire Ramalho, da TV Band Campinas, vencedora de TV. Créditos: Manuel Correia.

Os vencedores das demais modalidades 

Na modalidade Profissional de Comunicação, a jornalista Luana Galiza, ficou em primeiro lugar com a matéria “Mais que um Prontuário”, veiculada em seu canal do Youtube. A web-série abordou a questão do retorno do menor infrator à sociedade e a importância de projetos como o Sintonizando na Transformação, uma parceria entre a FEAC e o Centro de Orientação ao Adolescente de Campinas.

Luana Galiza, vencedora na categoria Profissional de Comunicação. Créditos: Manuel Correia

Na modalidade Universitário, a estudante de Jornalismo Alanis Mahara Borges, da UNIP Campinas, foi a ganhadora com a matéria “Funcionário de antiga fazenda e primeiro morador da Vila Brandina torna-se proprietário de casa que construiu há quase seis décadas”, que contou a história de Sebastião Rosa, conhecido como Tião Mineiro, o primeiro morador da Vila Brandina II, em Campinas, a fazenda que deu origem à Fundação FEAC.

Samuel Siva, representando Alanis Mahara, ganhadora da categoria estudante. Créditos: Manuel Correia

Por fim, após apresentação de músicas natalinas do coral do Grupo Primavera, foi a vez de falar da modalidade Social Profissional, cujo vencedor foi Ricardo Leite de Moraes, da Organização da Sociedade Civil (OSC) CCJSL, com o conteúdo “Setembro Verde Campinas 2024 – Sudoeste Inclusiva”, no Canal Santa Lúcia. O vídeo mostrou a importância das ações de inclusão e acessibilidade promovidas pelo Setembro Verde em Campinas, destacando caminhadas e seminários que envolvem a sociedade e instituições locais para fomentar a igualdade de oportunidades e a conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência, com o objetivo de construir uma comunidade mais justa e acessível.

Ricardo Leite de Moraes, da Osc CCJSL, vencedor em Social Profissional. Créditos: Manuel Correia.

E na modalidade Social Beneficiário, o grande vencedor foi Gabriel Henrique Farias, da OSC COMEC com a web-série “Transformação” que aborda a trajetória de jovens beneficiários do projeto Sintonizando na Transformação. Dividida em três episódios, a produção mostra os jovens que trazem em suas narrativas vivências relacionadas ao universo infracional, ao cumprimento de medida socioeducativa e o impacto do projeto Sintonizando na Transformação em novas perspectivas a partir do protagonismo da juventude e da mobilização social.  

 Gabriel Henrique Farias, da OSC COMEC, vencedor em Social Beneficiário. Créditos: Manuel Correia.

O anúncio do tema de 2025 

Ao longo de suas 24 edições, o Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo tem se consolidado como uma plataforma essencial para dar visibilidade a iniciativas sociais e fortalecer a cidadania ativa. Com este prêmio, a Fundação FEAC reforça seu compromisso de apoiar o Terceiro Setor e valorizar a atuação de comunicadores e organizações que promovem mudanças positivas nas comunidades locais.  

Ao final da premiação, Renato Nahas, presidente do Conselho Curador da Fundação FEAC, destacou a história da FEAC, que começou apoiando entidades em suas iniciativas e evoluiu ajudando articular as iniciativas inovadoras que fazem diferença na sociedade, e ressaltou a importância do jornalismo para comunicar essas iniciativas.

Ele anunciou o tema da 25ª edição do Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo, que será “Desenvolvimento Territorial – Integrando Esforços para Alavancar Transformações Duradouras”, que considerará trabalhos publicados e veiculados entre dezembro de 2024 e outubro de 2025. “Com esse tema, queremos inspirar os profissionais de comunicação a serem agentes dessa transformação. Que suas pautas não apenas contem histórias, mas também provoquem o futuro e que sejam instrumentos de mudança”, concluiu.