Fundação Itaú Social lança 4ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa

Por: GIFE| Notícias| 03/02/2014

Com a proposta de oferecer novas metodologias de ensino aos professores de Língua Portuguesa, tornando o ensino de escrita e leitura cada vez mais interessante aos estudantes, a Fundação Itaú Social, o Ministério da Educação (MEC), com o apoio do CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), lançam no dia 24 de fevereiro a 4ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro – O lugar onde vivo.

A iniciativa, que se tornou política pública em 2008, teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social, entre 2002 e 2006, em edições bienais, que contaram, naquele período, com a participação de mais de 3,5 milhões de estudantes em todo o país.

“Decidimos apoiar essa temática, pois sabemos que a capacidade de expressão por meio da leitura e da escrita é instrumento fundamental para o exercício da cidadania e para garantir o direito de aprender à crianças, adolescentes e jovens. Nossa escolha foi focar a formação de professores, que desempenham um papel central na melhoria dos resultados de aprendizagem”, destaca Isabel Santana, superintendente da Fundação.

O primeiro passo para participar da Olimpíada é a adesão das secretarias estaduais e municipais de educação. Em seguida, os professores de Língua Portuguesa que lecionam do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio público fazem a sua inscrição.

Cada edição da Olimpíada conta com duas etapas. Nos anos ímpares, os professores participam de cursos a distância e presenciais, além de se manterem conectados por meio das comunidades de aprendizagem no site da Olimpíada.

Já nos anos pares, ocorre o concurso, como estratégia de mobilização para a temática. Em 2012, na 3ª edição, participaram mais de 5 milhões de alunos, 40 mil escolas públicas e 90 mil professores.

“A proposta metodológica de formação é que os professores vivenciem uma experiência similar à que se pretende que ele desenvolva com os seus alunos. Assim, eles passam por extenso processo de formação, tanto presencial como a distância, para que se apropriem do(s) gênero(s) textual(is) que vão ensinar e da metodologia de ensino do Programa”, comenta Isabel.

Os educadores inscritos recebem uma coleção completa com cadernos didáticos para desenvolver uma série de atividades com seus alunos em sala de aula. Os estudantes do 5º e 6º ano do ensino fundamental vão estudar e escrever poesia; 7º e 8º ano, textos no gênero memória; 9º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio, crônica; 2º e 3º ano do ensino médio, artigo de opinião.

Junto à coleção, é enviado ainda uma revista com encarte de um CD dos cadernos virtuais, que são interativos e servem como recursos para auxiliar os professores no complemento dos estudos em Língua Portuguesa.

A novidade neste ano será a distribuição de jogos virtuais de cada gênero que vão apoiar as atividades na sala de aula. O material foi elaborado a partir da análise sobre os diferentes problemas enfrentados pelos alunos no estudo da língua em anos anteriores da Olimpíada.

Professores do 5º e 6º ano do ensino fundamental, por exemplo, que vão desenvolver a poesia com os estudantes, terão um jogo com poemas onde são “penduradas” palavras que rimam. Se o poema criado rima, mas o texto perde sentido, o aluno perde ponto; se, ao contrário, rima e ganha sentido, o estudante ganha ponto.

Todo o material estará disponível também no site da Olimpíada para que os estudantes tenham acesso aos jogos sempre que desejarem.

No espaço virtual, os professores têm acesso a outros materiais pedagógicos e podem ainda tirar dúvidas sobre novas metodologias de ensino com profissionais da área. Neste ano, estará disponível também uma série de vídeos com educadores que contam como o ensino de Língua Portuguesa foi utilizado para tratar temas difíceis.

Depois da realização das oficinas, os estudantes participarão de concursos, em que serão escolhidos os representantes para as demais etapas.

Na etapa regional, por exemplo, são promovidos encontros de formação com os 500 finalistas e seus professores. Já a etapa nacional será em Brasília, no dia 1 de dezembro. Nesta edição, a Olimpíada irá premiar os 152 estudantes finalistas e seus professores com tablets, medalhas e obras literárias. Além disso, 20 escolas receberão laboratório de informática, data show e telão.

Para a realização das formações, a Olimpíada conta com uma Rede de Ancoragem, de abrangência nacional, que envolve docentes das universidades públicas de todo o país, na formação dos professores das diferentes regiões brasileiras. “Isso ajuda a disseminar o que há de mais relevante produzido na teoria e na prática do ensino da Língua Portuguesa e fortalece o vínculo entre universidades e escolas, algo essencial para a qualidade da educação pública brasileira”, ressalta a superintendente da Fundação Itaú Social.

No espaço virtual da Olimpíada é possível conferir uma série de depoimentos de professores que contam sobre como foi possível mudar a sua prática em sala de aula a partir dos conhecimentos adquiridos no processo de formação da Olímpiada e o quanto houve também melhoria no aprendizado da Língua Portuguesa por parte dos alunos.

A iniciativa tem gerado novas ações pelo país. Em 2013, por exemplo, a cidade de Caucaia, no Ceará, realizou a sua primeira Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa, inspirada na Olimpíada nacional. A iniciativa inédita no país contou com a participação de 120 professores e quase 20 mil estudantes da rede municipal de ensino.

Mais informações sobre as inscrições podem ser obtidas no site.

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