Fundação lança livro no Congresso GIFE
Por: GIFE| Notícias| 05/04/2010No dia 8 de abril, durante o 6° Congresso GIFE, que acontecerá no Rio de Janeiro, será lançado o livro “Desenvolvimento Local e Fundações Comunitárias em Áreas Urbanas: Desafios e Oportunidades”. A publicação traz a íntegra de um encontro sobre desenvolvimento local e experiências de fundações comunitárias no Brasil, ocorrido em outubro passado, na capital paulista, e realizado pela Fundação Tide Setubal, em parceria com o GIFE.
“Estamos contribuindo para amadurecer a discussão sobre fundo comunitário e fundações comunitárias que é recente no Brasil”, destaca a fundadora e presidente do Conselho da Fundação, Maria Alice Setubal. Na ocasião do encontro, especialistas e pesquisadores foram convidados a expor e discutir a articulação entre organizações da sociedade civil, empresas, poder público e demais atores locais, de maneira a potencializar as ações no território.
Para o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti, a relevância da nova publicação está em organizar os conhecimentos de algumas das principais lideranças sociais da área. “Não há praticamente qualquer material brasileiro produzido sobre esses temas. É algo fronteiriço, onde já existe bastante conhecimento produzido na prática, mas muito pouco sistematizado.”
Segundo Maria Alice, do ponto de vista histórico, essa falta de material se explica um tanto pelo fato de o Brasil não ter tradição em propostas de fundações. “Aqui, temos mais institutos e associações. Até porque, a criação de uma fundação requer um fundo patrimonial e não contamos com incentivos fiscais ou qualquer tipo de dedução tributária nesse sentido”, analisa Maria Alice.
Ela recorda que a prática brasileira para o Terceiro Setor é marcada pelo investimento de curto prazo devido a décadas de inflação. “Hoje, entretanto, com a estabilidade da moeda e maior conscientização sobre a responsabilidade social de longo prazo, pensa-se na questão do fundo como um compromisso maior das instituições diante da sociedade.”
O secretário-geral do GIFE lembra, também, que os países onde as fundações comunitárias mais se disseminaram, como os da América do Norte, têm culturas mais participativas. “Essas diferenças culturais em geral determinam a maneira como o investimento social privado ocorre”, ressalta Rossetti.
As informações são da Fundação Tide Setubal (http://www.ftas.org.br/).
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