A fundação foi criada em 1965 por Gastão Eduardo de Bueno Vidigal e sua esposa Maria Cecília Souto Vidigal, após o falecimento, aos treze anos de idade, da filha caçula do casal, Maria Cecília, vítima de leucemia. Face à carência de pesquisas e conhecimento sobre o diagnóstico de leucemia no Brasil, naquela época, e frente à necessidade de investimentos para o ensino, pesquisa e atendimento a leucêmicos, a FMCSV foi constituída com o objetivo de criar, desenvolver, e colocar à disposição da sociedade um laboratório de hematologia para diagnóstico e pesquisa da leucemia.

Durante quase quarenta anos, a FMCSV dedicou-se exclusivamente à hematologia. Porém, no início do século XXI, o progresso científico já havia resultado em novo entendimento sobre o câncer, incluindo a leucemia. Novas tecnologias de pesquisa, de diagnóstico e de tratamento modificaram substancialmente a compreensão da doença, gerando no Brasil novos centros de hematologia com estudos avançados. Frente a este cenário, a FMCSV decidiu que havia chegado a hora de abraçar novas causas. Estabeleceu uma parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e transferiu a gestão e a operação de seus laboratórios para o HC, permanecendo até hoje responsável pela infraestrutura das instalações e a aquisição de equipamentos.

Iniciou em 2007 outros programas com a missão de gerar e disseminar conhecimentos para o desenvolvimento integral da criança.

A principal iniciativa são os projetos sociais, desenvolvidos em seis municípios no Estado de São Paulo, e o Workshop Internacional de Desenvolvimento Infantil, evento anual que reúne profissionais brasileiros e estrangeiros para discutir atuações em prol do desenvolvimento da criança.

O “Programa de disseminação da informação e conhecimento em hematologia”, por exemplo, apoia atividades de pesquisa, diagnóstico e tratamento de pacientes com patologias da área de hematologia. Em 2010 a FMCSV deu seguimento à parceria iniciada em 2007 com a Fund. Fac. de Medicina (FFM) para operacionalização do Laboratório e Biblioteca MCSV, bem como estabeleceu novo apoio para a disseminação do conhecimento na área e aprimoramento dos trabalhos.

Tal parceria, que consiste na cessão em regime de comodato dos equipamentos para a FFM, investimentos em adequação de espaço físico e desenvolvimento de um curso à distância sobre os conhecimentos da área. Houve significativo aumento de qualidade e quantidade de atendimentos com expressivo impacto social. Em 2007 foram realizados um total de 14.131 exames gratuitos, em 2010 esse número saltou para 43.025, mais do que o triplo em apenas três anos.

Já o “Programa de Desenvolvimento Infantil (PDI)” tem como missão melhorar o cuidado à primeira infância, de 0 a 3 anos, de modo a favorecer o desenvolvimento infantil integral e integrado de crianças nos seus aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. O impacto almejado é a contribuição para a redução dos riscos de dificuldades psicossociais do indivíduo ao longo da sua vida e o favorecimento da inclusão social.

O PDI funciona por meio da geração e disseminação da informação e conhecimento sobre desenvolvimento infantil em diversos temas. Dentre as estratégias escolhidas estão o apoio a projetos comunitários, o incentivo a pesquisas, o desenvolvimento de atividades de capacitação de famílias e gestantes, a formação de profissionais e gestores que atuam na e com a primeira infância, a qualificação dos serviços da área, o desenvolvimento de parcerias com organizações que atuam no mesmo foco, a realização de workshops e encontros temáticos assim como o fortalecimento de redes de organizações e profissionais que atuam em Desenvolvimento Infantil (DI).

Para saber mais sobre o trabalho da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, acesse o site da organização. http://www.fmcsv.org.br/