É crescente a percepção de que as limitações do sistema educacional são um dos principais problemas que o país necessita enfrentar para superar a desigualdade social. Também cresce a consciência de que este não é um papel só do Estado. Para mapear a participação do setor privado na melhoria da qualidade de ensino do país, o Instituto Unibanco encomendou uma pesquisa ao Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), que aplicou a pesquisa na base de associados do GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, que reúne 101 dos maiores investidores sociais privados do Brasil.

Educação é a área priorizada pelos investimentos sociais da Rede GIFE, mais precisamente estudantes jovens de escola pública e professores. O Censo foi respondido por 68 dos 91 associados que havia na época da aplicação do questionário. Desses, 55 disseram executar ou financiar projetos na área de Educação. O valor investido na área foi informado por 63% deles, somando cerca de R$ 124 milhões em 2005. No entanto, estima-se que o investimento total é, no mínimo, o dobro do informado.

De uma forma geral, só no ano passado essa rede destinou cerca de R$ 1 bilhão para projetos sociais, culturais e ambientais feitos de forma planejada, monitorada e sistematizada. Isso equivale a 20% do que o setor privado nacional destina para a área social – cerca de R$ 4,7 bilhões, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Segundo o levantamento, a cobertura dos investimentos em ensino é ampla, abarcando desde a população infantil até a educação continuada dos adultos e permite diversos tipos de atuação, incluindo atividades educativas propriamente ditas, atividades complementares e apoio a pessoas, instituições e sistemas escolares. Em todas essas áreas de atuação, os associados ao GIFE beneficiam, direta e indiretamente, 2 milhões de pessoas.

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