O GIFE acaba de divulgar as novas edições dos Informes de Indicadores de Governança e de Painel de Transparência. Os relatórios apresentam um panorama atualizado sobre as práticas adotadas por organizações da sociedade civil (OSCs) e Investimento Social Privado (ISP). A proposta é que esses documentos funcionem como referência para que as organizações orientem e aperfeiçoem suas ações relacionadas à transparência e à governança.

Governança

Com análises das respostas referentes aos anos de 2023 e 2024, o informe dos Indicadores GIFE de Governança explica que esses dados são uma ferramenta digital que permite às organizações da sociedade civil realizarem uma autoavaliação sobre o estágio de maturidade de suas práticas de governança.

“[Isso é feito] tendo como referência as linhas gerais estabelecidas pelo Guia das melhores práticas de governança para institutos e fundações empresariais”, explica Sara Costa, analista de Conhecimento do GIFE e apoio técnico na produção dos informes. 

De acordo com ela, entre os principais dados obtidos destacam-se alguns como: solidez no controle e supervisão financeira e aumento da diversidade de gênero nos conselhos.  Referente a este tema, em 2023 e 2024, por exemplo, apenas 9% e 10% dos respondentes disseram não haver presença de mulheres nos conselhos deliberativos, respectivamente.

“Por outro lado, os dados revelam a necessidade de maior formalização de normas internas, especialmente no que se refere à prevenção de conflitos de interesse e canais de denúncia, definindo procedimentos específicos para tal”, detalha Sara Costa. 

Transparência

Já o Painel de Transparência é uma ferramenta estratégica preenchida exclusivamente por associados GIFE. Ao reunir e dar visibilidade às informações que os associados disponibilizam em seus sites, o painel promove o acesso direto a dados relevantes, estimula uma comunicação mais aberta. O painel é dividido em 6 indicadores: dimensão; contato; propósito da organização; governança e gestão; planejamento, programas e atividades; informações econômicas/financeiras; e avaliação. 

O informe apresenta dados sobre o nível de publicização dos indicadores pelas fundações e institutos que integram o painel, incluindo uma análise da variação nos percentuais de publicação entre outubro de 2022 e novembro de 2024. Também oferece uma leitura comparativa com a primeira coleta, realizada em dezembro de 2015, permitindo observar a trajetória histórica das práticas de transparência ao longo do tempo.

“Percebe-se avanços na divulgação de informações estratégicas (…) além de um aumento na transparência de relatórios de avaliação. Por outro lado, houve redução na transparência sobre a composição da equipe executiva e na divulgação de relatórios de atividades”, conclui Sara  Costa.