GIFE participa de movimento global sobre a importância de gerar dados comparáveis e replicáveis do setor

Por: GIFE| Notícias| 07/12/2015

Construir, disseminar e ampliar o acesso à informação de qualidade e de forma transparente sobre o investimento social privado sempre foi um aspecto essencial para o GIFE. E, isso, tem se tornado ainda mais forte com o envolvimento da instituição em iniciativas globais neste sentido.

Há um pouco mais de um ano, o GIFE participou de um grupo que se dedicou à construção da Carta Global de Princípios para Dados do Investimento Social Privado – o Data Charter. A iniciativa foi liderada pela WINGS – Worldwide Initiatives for Grantmaking Support -, uma rede de mais de 150 associações de fundações e organizações de apoio à filantropia, sediadas em 56 países no mundo todo, da qual o GIFE é membro. O GIFE traduziu a carta para o português e disponibilizou no Sinapse.

O documento tem como objetivo orientar as organizações do setor a aprimorar os dados sobre investimento social privado e reconhecer a diversidade do contexto em que estão inseridas. Ele fornece um código de boas práticas para melhorar as relações de trabalho dos envolvidos em dados de filantropia, assim como um quadro para envolver outros setores (governos, empresas, academia e sociedade civil em geral) em torno de partilha e utilização de dados de filantropia para benefício público. Há também um site com várias informações a respeito produzido pela WINGS, em conjunto com a Foundation Center.

Agora, este grupo se reuniu novamente em Cape Town, na África do Sul, em novembro, para discutir o uso da carta no dia-a-dia das organizações. Iara Rolnik, gerente de Conhecimento do GIFE, esteve presente no encontro, sendo a única representante da América Latina. “Foi um encontro muito produtivo em que pudemos discutir como dar vida aos princípios do documento, o que ele ainda precisa ser aprimorado, assim como debater ações práticas”, comenta Iara, destacando a relação direta destas discussões com a elaboração e publicação do Censo GIFE, que será realizado no dia 10 de dezembro.

O grupo debateu, por exemplo, os desafios em se trabalhar com dados. Segundo os participantes, os principais desafios estão relacionados a conseguir introduzir o tema internamente nas organizações, assim como fazer com que os doadores compreendam a importância do tema, além de garantir transparência no processo.

Durante o encontro, os especialistas discutiram também de que forma o Data Charter poderia ser utilizado nas organizações e indicaram sua importância para sensibilizar pessoas/instituições para causas/ações, assim como mostrar de que forma os dados podem mudar o setor. Foram feitas também sugestões para aprimoramento do material, com a necessidade de inclusão de estudos de caso para torná-lo mais tangível e aplicável.

Iara sugeriu, inclusive, uma versão customizada da carta para ONGs e instâncias governamentais que lidam com informações sobre o terceiro setor e a possibilidade da criação de um grupo latinoamericano sobre o tema, tendo em vista as peculiaridades do investimento social privado na região.

A proposta agora é que o GIFE faça parte de um subgrupo sobre “banco de dados com código aberto”, que foi organizado durante o encontro, para continuar as discussões. Um webinar deve ser realizado entre fevereiro e março de 2016 para novos debates.

Durante o Congresso GIFE de 2016 o tema também estará na pauta das atividades.

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