GIFE propõe visão do setor para a próxima década

Por: GIFE| Notícias| 08/03/2010
Uma visão com os desafios e as principais linhas de ação propostas para o aprimoramento e expansão do campo do investimento social privado no Brasil. Esta é a proposta que o GIFE está construindo para ser lançada no 6º Congresso GIFE, nos dias 7 a 9 de abril, no Rio de Janeiro.
O documento, chamado de Visão do Investimento Social Privado para 2020, foi elaborado de forma participativa, não apenas com associados à Rede GIFE, mas também com organizações sociais convidadas a participar dos quatro encontros que fundamentam o material.
A visão para o setor consiste em três grandes eixos temáticos:

– Relevância e Legitimidade
– Abrangência (temática e geográfica)
– Diversidade de investidores
O primeiro eixo está relacionado à construção da legitimidade e relevância do setor como um todo. Considera-se, aqui, a melhoria da governança de quem investe, com medição de impacto e uma gestão transparente de suas ações.
O segundo discorre sobre a concentração do investimento social privado não apenas temática (educação, cultura e juventude), como também geográfica – predominantemente Sudeste. Segundo o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti, essa concentração se deve, em grande parte, à predominância do investimento corporativo, em comparação ao familiar ou comunitário.
“O investimento corporativo, mesmo o mais sofisticado e voltado ao bem comum, tem um limite: a própria marca. É muito raro uma empresa se envolver em causas ou ações sociais que podem gerar conflitos e polêmicas. Assim, é uma tendência destinar recursos a fins consensuais como educação e cultura, cujo potencial de risco é muito menor a temas como reforma agrária e defesa dos direitos humanos”, argumenta.
O terceiro eixo temático, desta forma, vem para suprir essas áreas, a partir de uma diversificação maior de investidores. Pesa para os próximos 10 anos, fomentar um ambiente mais propício para a criação de fundações independentes, sejam elas comunitárias, individuais ou familiares.
“O setor ainda é muito jovem no Brasil. A filantropia no país pode ser antiga, mas o investimento como defendemos, mais estruturado, planejado, monitorado e sistemático não é sequer adolescente”, explica Rossetti.
Segundo o secretário-geral, será lançada uma visão para dinamizar o setor. “Estamos em um bom momento no Brasil, com Copa do Mundo e Olimpíadas, para refletir sobre como o setor se consolida com a riqueza disponível hoje. Se continuarmos com uma cultura sem políticas públicas, não vamos sustentar esse bom momento. Precisamos pensar no longo prazo com três eixos: formação de recursos humanos para a área, desconcentração dos recursos e novos arranjos de investimento social”, acredita.
Com o tema Visões para 2020, o evento reunirá cerca de mil lideranças nacionais e internacionais ligadas ao campo social no Rio de Janeiro, de 7 a 9 de abril de 2010.
Em busca de uma visão estruturante para o Brasil que queremos, estarão em pauta durante o Congresso as complexidades dos novos arranjos do Investimento Social Privado, sua legitimidade e sustentabilidade, e a reflexão sobre quais serão os rumos a seguir pela próxima década.

Com foco na diversidade e diálogo, foram programadas formas inovadoras de organizar os espaços, horários e atividades durante os três dias de evento. Além das discussões elencadas no dia da abertura, na noite do dia 7 de abril, o Congresso contará com uma grande plenária (manhã do dia 8), que abrirá oficialmente as mesas de debates programadas para dias decorrentes.

Abrangendo uma multiplicidade de temas (veja programação completa), essas mesas contarão com a presença dos mais conceituados profissionais do setor social, que compartilharão suas expertises com os participantes, que poderão escolher as discussões de seu interesse e necessidade de aprendizagem.

“Não podemos nos esquecer que hoje o país encontra-se em um bom momento econômico, tem importante participação no G20 e se destacou na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP-15), em 2009, para citar alguns exemplos de amadurecimento das lideranças para o assunto. É fundamental pontuarmos esse contexto e discutir novas tendências desse segmento na pauta”, ressaltaRossetti.

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