De acordo com o relatório “”Trabalho Decente e Juventude no Brasil””, divulgado recentemente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) 67,5% dos jovens entre 15 e 24 anos estavam desempregados ou na informalidade em 2006. Segundo os dados da OIT, boa parte dos jovens brasileiros sofre na hora de conseguir entrar no mercado de trabalho por motivos que incluem não só as altas taxas de desemprego e de informalidade, como também a falta de qualificação profissional.

Para tentar solucionar a questão, está sendo planejada pelo governo brasileiro, uma Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude. O tema “”trabalho decente”” é um conceito tratado há cerca de dez anos pela que busca agregar condições de trabalho com dignidade, segurança e saúde.

Elaborada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), a proposta tem bases num estudo intitulado: “”Promoção do Emprego de Jovens na América Latina (Prejal)””, da OIT. A ideia é sensibilizar governos e empregadores no sentido de permitir o acesso do jovem a um emprego decente e produtivo. Além disso, conscientizar essa faixa etária da população sobre seus direitos no campo trabalhista.

Abordando quatro eixos centrais, a Agenda trata questões como emprego, direitos trabalhistas, proteção e diálogo social. Para cuidar da Agenda foi criado um subcomitê interministerial, dentro do comitê executivo, em junho deste ano.

O Prejal iniciou em 2005 e atuará por quatro anos em oito países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Honduras, México, Peru e República Dominicana. O objetivo é elaborar e aplicar estratégias que proporcionem aos jovens a possibilidade de encontrar emprego digno e produtivo, assim como a melhoria das condições de empregabilidade dos jovens.

O projeto está inserido dentro dos esforços da Rede de Emprego dos Jovens (REJ), uma iniciativa do Secretário Geral das Nações Unidas, do Banco Mundial e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).