Inovação aberta em educação é tema de estudo do Cieb

Por: GIFE| Notícias| 09/01/2017

O Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) lançou, no final de 2016, o estudo “Inovação Aberta em Educação”. O documento foi produzido em parceria com a organização EducaDigital com o objetivo de apoiar governos, empresas e organizações da sociedade civil na criação de soluções inovadoras para a área da educação.

O material, que faz parte da série Cieb Estudos, apresenta definições, recomendações de políticas públicas e modelos de negócios baseados em inovação aberta.

O estudo mostra que já existem vários exemplos de inovação aberta em empresas privadas e outros setores da economia, e que este modelo de inovação inclui elementos que podem beneficiar a educação, como cocriação, atuação em rede e o protagonismo de vários atores tanto na criação quanto na execução de novas ideias.

“Estes conceitos têm gerado resultados significativos quando aplicados a outros setores da sociedade como saúde e segurança pública. A educação não poderá manter-se à margem deste movimento em direção à cultura da colaboração e compartilhamento”, explica Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do Cieb.

Para desenvolver o estudo, os pesquisadores do Cieb e do EducaDigital fizeram intensa pesquisa e levantamento de informações durante dois meses e meio, além de realizar entrevistas com especialistas e entidades envolvidas com o tema no Brasil e em outros países.

Um dos especialistas entrevistados é Henry Chesbrough, professor da Universidade da Califórnia e precursor do conceito de inovação aberta. Autor de livros sobre o tema, Chesbrough é defensor da ideia de que para inovar não é preciso ter total controle do processo, como ocorre nos modelos de Pesquisa & Desenvolvimento adotados tradicionalmente pelas organizações.

A publicação também aponta como as políticas públicas estão sendo modificadas para acompanhar a entrada dos Recursos Educacionais Abertos (REAs), itens que vêm ganhando relevância nas discussões na área educacional. “É preciso encontrar uma maneira de permitir que professores e alunos possam utilizar, modificar  e aperfeiçoar recursos educacionais e, ao mesmo tempo, permitir que os empreendedores que desenvolveram estes recursos sejam remunerados adequadamente. Para que esta questão possa ser equacionada precisaremos encontrar novos modelos de negócio. A inovação na educação pública depende de uma nova configuração e novas formas de interação entre os atores do ecossistema”, analisa Lúcia.

Para finalizar, o estudo aponta recomendações para impulsionar o surgimento de novas soluções de perspectiva aberta e democrática.

Para saber mais

Lançado durante o 1º Encontro Brasileiro de Governo Aberto, ocorrido em novembro de 2016 em São Paulo, o material está disponível para download e leitura online

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