Começa em junho a coleta de dados da 3ª Pesquisa Organizacional. Realizada pelo GIFE, bianualmente desde 2019, a Pesquisa mapeia as principais práticas de gestão de pessoas e equipes, estrutura de cargos, salários e benefícios das organizações participantes. O estudo é oferecido de forma gratuita para os associados GIFE, mas outras instituições interessadas também podem comprar a participação como respondentes e terem acesso a todo o conteúdo. O lançamento está previsto para novembro.

O objetivo é fornecer dados e análises para orientar o aprimoramento dos processos internos das organizações. É o caso da Fundação Tide Setubal, que utilizou a primeira edição do estudo para pensar sua estrutura de cargos e salários. 

“Comparamos nossa composição de equipe e seus cargos com o que a pesquisa trazia. A partir daí montamos a estrutura utilizada hoje, baseada no que a pesquisa apontou em relação às competências, nomenclaturas e responsabilidades de cada cargo”, explica Mirene Rodrigues, gerente de desenvolvimento organizacional da Fundação.

Para ela, a Pesquisa Organizacional do GIFE facilita o trabalho de definir políticas internas de remuneração e de práticas de gestão de pessoas. “É um setor que dificilmente conseguiria fazer uma pesquisa tão abrangente partindo só da organização. Eu já respondi pesquisas de remuneração de outros lugares, mas a amostra era muito pequena.”

Na última edição, participaram 70 respondentes, das quais 97% eram constituídas como associações ou fundações sem fins lucrativos; e 3% eram empresas, que compartilharam apenas as informações das áreas de responsabilidade social ou relativas ao investimento social privado. 

Pamella Canato, gerente de operações e desenvolvimento institucional do GIFE, destaca que a edição de 2023 vai fazer um mapeamento da composição das equipes das respondentes do ponto de vista racial e de gênero. “Para além das informações que cada associado pode usar internamente, teremos também esse mapeamento geral sobre o setor, o que é bem interessante.”

De acordo com Pamella, o que as organizações mais destacam sobre a pesquisa, se refere à utilização dos dados salariais para consolidação de políticas internas e avaliação da remuneração em relação ao mercado.

“A pesquisa é a maior referência do terceiro setor, por isso abrimos para organizações da sociedade civil, para além dos associados. Muitas dessas organizações ainda estão em processo de implementação de uma política de cargos e salários”, avalia.

Para Mirene Rodrigues, quanto maior a amostragem da pesquisa, maior a credibilidade e a consistência dos seus resultados.

“Realizamos a revisão de nossas políticas internas todas as vezes que um novo estudo é publicado. Até porque um fator importante para se olhar é como suas políticas internas podem contribuir para a redução das desigualdades das remunerações dentro da própria organização.” 

Para saber mais sobre a Pesquisa Organizacional, acesse aqui. 

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