O Instituto Alana e a produtora Maria Farinha Filmes acabam de colocar no ar a versão beta do Videocamp, uma plataforma que reúne produções que abordam causas relevantes para a sociedade. No espaço, já estão disponíveis 14 títulos entre documentários, longas e curtas-metragens que dão luz a temáticas que precisam ser debatidas pela sociedade.

Segundo Carolina Pasquali, diretora de comunicação do Instituto Alana, a organização percebeu, a partir do sucesso do filme “Criança: A Alma do Negócio”, produzido pela Marinha Farinha Filmes em 2008, o potencial do cinema como ferramenta de transformação social. A partir daí, o cinema se tornou um pilar estratégico do Alana para mobilizar a sociedade e lançou outras produções também com métodos de distribuição alternativa, com o “”Muito Além do Peso”” e “”Tarja Branca””.

Assim, além do lançamento nos cinemas, os filmes começaram a ser disponibilizados em redes sociais e plataformas, como o Youtube, além da realização de exibições gratuitas. Carolina ressalta que a nova plataforma vem justamente disseminar as produções e garantir que um público cada vez maior possa assistí-las. “Há uma dificuldade das produções independentes e com temáticas sociais de garantir uma carreira longa no cinema. Elas chegam a atingir cerca de 40 a 50 mil pessoas, no máximo. No entanto, com as estratégias que utilizamos de abrir as produções, tivemos filmes que foram vistos por mais de 6 milhões de pessoas”, comenta.

Os internautas podem assistir diretamente os filmes na plataforma, na maior parte dos casos, ou podem solicitar o material para exibições gratuitas. Neste caso, o Videocamp ajuda os interessados em promovê-las, entrar em contato com o produtor e oferece instruções para a organização do evento.

A plataforma incentiva ainda os interessados a se engajarem na causa do filme. Para isso traz informaçõe extras e materiais de apoio sobre a temática, indicações de ONGs que atuam na área e um toolkit com dicas de atividades que podem ser realizadas. O caso do filme “Muito Além do Peso”, por exemplo, o material indica que, caso o telespectador tenha de um a três minutos disponíveis para se envolver, pode compartilhar o Guia Alimentar da População Brasileira do Ministério da Saúde nas redes sociais. Mas, se tem um dia livre, pode organizar a exibição do filme na escola do bairro e promover um debate sobre obesidade infantil.

Caso exista, inclusive, um abaixo assinado relacionado com a temática, ele fica disponível na página do filme para que mais pessoas possam acessá-lo e participar. “Fizemos isso porque, normalmente, são filmes que mexem com as pessoas. Elas assistem e não querem mais ficar indiferentes, querem colaborar com a causa de alguma forma”, comenta Carolina.

A proposta do Videocamp é também que os próprios produtores possam acessar a plataforma e enviar sua obra. Em breve, será possível que a produtora crie o seu espaço e disponibilize diretamente o material, após uma curadoria dos criadores. Neste local, os produtores poderão acessar métricas de acesso ao material, verificar quem está realizando exibições públicas dos filmes, ter um mailing de contato de interessados, entre outras funcionalidades.

A versão beta da plataforma está disponível em Português e Inglês e o lançamento da versão definitiva será em agosto. Até lá, o Instituto acredita que já estarão disponíveis cerca de 40 filmes.

O Instituto Alana é associado GIFE