Instituto Ecofuturo promove encontro para debater a importância das bibliotecas na promoção da leitura

Por: GIFE| Notícias| 25/08/2014

Na última quinta-feira, 21 de agosto, aconteceu mais um Encontro de Leitura, na sede do Instituto Ecofuturo, em São Paulo (SP), reunindo especialistas para discutir o tema. Esse movimento é fruto da oficina “Leitura e escrita de qualidade para todos” que aconteceu no ano passado, em Brasília (DF), realizada com o objetivo de discutir ações para promover a leitura e a escrita de qualidade no Brasil.

O foco do último encontro foram as bibliotecas e sua importância para a promoção da leitura. Biblioteca e a formação do leitor; biblioteca escolar; biblioteca pública e ações do movimento no campo da biblioteca foram os temas centrais que nortearam as discussões.

Confira abaixo um rápido bate-papo com Christine Fontelles, diretora de Educação e Cultura do Instituto Ecofuturo sobre essa iniciativa.

redeGIFE – Esses encontros são derivados da oficina “Leitura e escrita de qualidade para todos” que aconteceu no ano passado, em Brasília, certo? Qual o objetivo central?

Christine Fontelles: Sim, esses encontros derivam da oficina ocorrida na Enap (Escola Nacional de Administração Pública), no ano passado, e a finalidade é localizar um pensamento convergente que possa pautar ações institucionais e cooperativas, tendo por objetivo apoiar e fortalecer o Plano Nacional do Livro e da Leitura, que é o marco legal do país.

redeGIFE – Com que frequência eles têm acontecido?

Christine Fontelles – Após a oficina em Brasília foram realizados três encontros: o primeiro logo na semana seguinte, em novembro do ano passado, para uma avaliação coletiva sobre o mérito do encontro e da ação para seguirmos em frente. O segundo foi em abril passado, onde contamos com a presença do Ricardo Paes de Barros para refletir sobre os achados e avaliar oportunidades para ações cooperativas. O encontro em Brasília gerou um extenso relatório, que em breve estará disponível para download, e sentimos a importância, após o segundo encontro, de buscar uma síntese pautados numa das seis dimensões abordadas, que foi “”Maior e melhor utilização dos livros disponíveis””. Foi quando convidamos um dos integrantes da oficina “”Leitura e escrita de qualidade para todos””, o Professor Luiz Percival Leme Britto, para nos apoiar na organização de um texto síntese e também um novo encontro do grupo, o terceiro, que ocorreu em junho, onde aprofundamos a discussão pautados em dois temas complementares, “”Leituras de quê? Leituras para quê?” e “”A dura tarefa de levar a ler””, com a coordenação do Percival.

redeGIFE – Como tem sido esse trabalho?

Christine Fontelles: O dia foi muito produtivo, instigante, tocamos em pontos nevrálgicos, que mexeu com algumas crenças, pautados na proposição trazida pelo Percival, de que “”as pessoas não leem porque não querem; elas não leem porque não podem””, o que fez e faz muito sentido e pode pautar, de forma muito diferente, o que vimos fazendo, pois desconstrói uma ideia, repercutida fartamente em vários fóruns e pela mídia, de que brasileiro não gosta de ler. Eu tenho percorrido uma estrada de implantação de bibliotecas abertas à comunidade, por meio de articulação intersetorial e ampla participação das comunidades, bem Brasil adentro, e o que tenho visto é coisa bem diferente. Bom, o quarto encontro acaba de acontecer, ainda para aprofundar pontos que não foram possíveis de serem tratados no encontro de junho. E ainda haverá outro, em outubro, pois, sobretudo a agenda da Bienal do Livro, comprometeu a presença de vários participantes mais intimamente relacionados ao mundo editorial e de bibliotecas.

redeGIFE – Que temas ganharam destaque nesse último encontro?

Christine Fontelles: O objetivo do encontro foi aprofundar as dimensões da escola e da biblioteca (em escola, pública e comunitária), tendo como base a ideia de que “”ler é difícil”” e, portanto, como pensar a arquitetura desses espaços, a formação dos educadores e profissionais de biblioteca e o atendimento, a leitura em tempos de cultura digital e quais ações devem ser colocadas em prática na escola e na sociedade.

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