Instituto Jatobás se consolida como espaço de acesso e valorização da cultura raiz e periférica 

Por: Instituto Jatobás| Notícias| 15/07/2024

O Instituto promove iniciativas direcionadas para o desenvolvimento dos territórios de Pardinho e região, no interior do estado de São Paulo, e nas favelas da Água Espraiada, zona sul da capital paulista, com atividades dedicadas à cultura, bem-estar e educação

Kaliny Santos, do Instituto Jatobás

Em atividade organizada pela Biblioteca Comunitária Fátima Viana, que funciona no Galpão Jatobás, jovens e crianças visitam o museu da Língua Portuguesa em São Paulo (Crédito: Victor Florence / Acervo Instituto Jatobás)

O Instituto Jatobás chega aos 19 anos de história como uma organização da sociedade civil que atua para o crescimento socioeconômico e cultural, por meio do desenvolvimento de espaços, trilhas formativas e iniciativas em rede. Por meio de ações que viabilizam a transformação da realidade de milhares de pessoas, o Instituto favorece o desenvolvimento sustentável, a redução da desigualdade social e o acesso à cultura, tudo isso através de programas voltados para a geração de renda e capacitação para o mercado de trabalho. Os dois centros culturais do IJ oferecem programações gratuitas e desenvolvem programas profissionalizantes  para jovens e mulheres. Apenas em 2023, foram 19.100 pessoas atendidas, com mais de 992 horas de conteúdos gratuitos através de 432 atividades e 11 trilhas formativas. Garantir um espaço cultural e acessível é fundamental para o propósito de estimular a prosperidade individual e em comunidade dos moradores dos territórios de abrangência do Instituto. O Relatório de Atividades completo pode ser acessado aqui.

Ao longo de quase duas décadas, a instituição tem impactado de forma positiva e permanente a vida dos moradores de Pardinho e região, localizado na  Cuesta Paulista no interior de São Paulo, que tem 8 municípios e cerca de 447 mil habitantes. Em 2005, o Instituto Jatobás inaugurou o seu primeiro espaço cultural, o Centro Max Feffer, prédio reconhecido pela arquitetura que une estrutura de bambu e técnicas inovadoras dos chamados edifícios verdes. O projeto é assinado pela arquiteta Leiko Motomura e  tem o propósito de fortalecer a cultura raiz, o turismo e impulsionar a expansão sustentável local, por meio de atividades gratuitas voltadas aos costumes locais, bem-estar e empreendedorismo. Desde sua abertura, o espaço é um ponto de referência na Cuesta.

Em 2023, no Centro Max Feffer, a organização recebeu mais de 12 mil pessoas em 141 eventos e programações culturais. Entre elas, são mencionados o 14º Fesmurp, Festival de Música Raiz de Pardinho, e o tradicional Baile de Tuia, que desempenha um papel fundamental no resgate e na valorização da verdadeira tradição caipira, com a curadoria de produtores locais que fornecem todas as informações históricas para recriar de forma fiel, a festa originada nos anos 50. Ano passado também foi marcado pela inauguração do Museu Tião Carreiro, um dos maiores ícones da música caipira brasileira. O Museu é marco significativo para a cidade de Pardinho por contribuir para o fortalecimento do turismo local e da identidade cultural da região. 

Através de uma programação de atividades culturais gratuitas, educativas e de bem-estar, o Instituto Jatobás trabalha com a valorização da identidade local, resgatando tradições e ampliando o repertório artístico através de experiências diversas. 

“Os centros culturais são espaços de convivência, trocas e aprendizado. Desenvolvemos a grade de atividades e programação a partir de uma escuta com a comunidade, com o intuito de promover acesso à cultura, aprendizagem e bem-estar, além do desenvolvimento humano e profissional e da valorização da cultura local. Entendemos que, com isso, podemos estreitar a ligação entre moradores e território e assim, celebrar todas as artes e costumes tradicionais do local”, explica Emile Machado, líder de operações do Instituto Jatobás.

O Galpão Jatobás, localizado na Água Espraiada, zona sul de São Paulo, em 2023, também ofereceu uma intensa programação de atividades culturais e de bem-estar, com uma programação diversificada, sempre buscando promover o acesso à cultura, ao lazer e fortalecer a identidade local. Este território foi escolhido pelo Jatobás a partir de um mapeamento em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), em 2022, que identificou os bairros de São Paulo com os piores indicadores sociais, destacando o distrito do Campo Belo, especialmente ao longo da avenida Roberto Marinho, onde residem cerca de 8 mil famílias em situação de alta vulnerabilidade social. 

A partir de uma escuta ativa com lideranças comunitárias locais, a organização identificou os principais desafios e potenciais do território para orientar suas atuações. Assim, em 2021, abriu as portas do Galpão Jatobás, primeiro equipamento cultural aberto ao público da região, que foi estruturado como um espaço dedicado à cultura, educação e inclusão produtiva. É oferecida uma ampla variedade de atividades gratuitas de lazer e bem-estar, contribuindo para o fortalecimento da comunidade e integração social, de forma a reduzir as desigualdades socioeconômicas nesse território. O espaço recebeu em 2023 a 1ª Virada Cultural Periférica, evento que reuniu dez atrações artísticas, entre música, dança, performances, circo, artes visuais e oficinas abertas para pessoas de todas as idades. 

Nesse mesmo ano, foi inaugurada a Biblioteca Comunitária Fátima Viana, uma realização do Instituto Jatobás em parceria com a Prefeitura do Município de São Paulo e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, seguindo o conceito de biblioteca viva, um espaço de convivência, trocas, acolhimento, valorização da cultura local  e socialização de saberes,  que promove atividades socioculturais e educativas para todas as idades. O novo espaço foi pensado e inspirado na metodologia da Biblioteca Pública de Pardinho, localizada no Centro Max Feffer, e já consolidada como referência para as escolas e a rede de assistência social de Pardinho. 

No coração dos espaços do Instituto estão as bibliotecas vivas, ambientes inovadores que oferecem acesso ao conhecimento e disponibilizam um amplo acervo de livros e revistas de histórias em quadrinhos, além de brinquedoteca e uma área para atividades e estudos. Procuram, assim, desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento educacional e cultural das comunidades, promovendo o amor pela leitura, e também incentivar a criatividade e o aprendizado contínuo, contribuindo para a formação de leitores fluentes. Só no ano passado, as bibliotecas registraram juntas mais de 3.200 empréstimos de livros. 

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