Instituto Unibanco realiza painel sobre equidade de gênero e raça na educação no Congresso do GIFE

Por: InstitutoUnibanco| Notícias| 24/03/2016

Referência em ações voltadas para melhoria na educação pública, com foco no Ensino Médio, o Instituto Unibanco promoverá o painel “Equidade de gênero e raça na educação”, no dia 1º de abril, das 15h às 16h30, na 9ª edição do Congresso do GIFE. Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco, fará a abertura do painel, seguido de debate com Amália Fischer, do Fundo Social Elas, Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas, Hélio Santos, do Fundo Baobá, e Valter Silvério, da Universidade Federal de São Carlos.

No painel serão discutidas questões sobre a equidade para a redução das desigualdades educacionais e como a parceria entre investimento social privado, academia e fundos independentes pode contribuir para enfrentar o desafio da equidade de gênero e raça na educação.

Para se ter uma ideia das desigualdades raciais na educação, segundo dados do Saeb, em 2013, a proficiência média em língua portuguesa dos alunos brancos era de 269 e a dos negros, 254 pontos. A média considerada adequada pelo movimento Todos pela Educação é de 300 pontos. As disparidades reveladas pelos indicadores escolares de jovens negros e negras estão diretamente vinculadas ao preconceito e discriminação, dentro e fora da escola.

No que se refere à desigualdade de gênero, apesar de abandonarem menos a escola e terem médias melhores em Língua Portuguesa, as meninas ainda apresentam desempenho inferior ao dos meninos em Matemática ao final do Ensino Médio. No 5º ano do Ensino Fundamental, porém, essa diferença é bem menor; a distância entre meninos e meninas é de 1,8 pontos percentuais, já no 3º ano do Ensino Médio, ela aumenta para 5,2 pontos, de acordo com estudo do Movimento Todos pela Educação.

“Para alcançarmos melhores resultados educacionais, é necessário identificar situações de desigualdades que afetam determinados grupos de estudantes e implementar ações para enfrentá-las, criando condições de equidade. E isso somente é possível a partir do reconhecimento das diferenças e da valorização da diversidade. A diversidade possui a potência da transformação”, afirma Ricardo Henriques, superintendente do Instituto Unibanco.

Foi a partir dessa premissa e do foco de atuação para a melhoria da gestão escolar no Ensino Médio que o Instituto Unibanco iniciou em 2014 sua agenda de fomento por meio de uma linha de editais denominada Gestão Escolar para Equidade. A iniciativa tem como expectativa identificar experiências promissoras, que gerem resultados consistentes e possam ser replicadas em escala. Para esse eixo de atuação, aposta em uma arquitetura de parceria com uma instituição de pesquisa e um fundo de direitos e justiça social, para um trabalho em coautoria e colaboração, com o objetivo de identificar iniciativas, monitorar, avaliar e produzir conhecimento.

 

Edital Gestão Escolar para Equidade: Juventude negra

Em 2014 foi lançado o edital Gestão Escolar para Equidade: Juventude Negra, com o objetivo de identificar, promover e contribuir para o desenvolvimento e a implementação de práticas de gestão escolar que busquem elevar os resultados educacionais de jovens negros e negras.

A iniciativa, aberta a escolas e organizações não governamentais, conta com a parceria do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Federal de São Carlos e do Fundo Baobá para Equidade Racial.

De um total de 124 inscrições, foram selecionados 10 projetos das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste que receberam apoio financeiro e técnico para sua realização ao longo de 2015.

Edital Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas

Em 2015, foi lançado o Edital Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas, em parceria com o Fundo ELAS e a Fundação Carlos Chagas, para selecionar projetos realizados em escolas públicas que tenham como foco principal a redução do impacto das desigualdades de gênero nas escolhas profissionais das jovens estudantes. Um dos objetivos da iniciativa é contribuir para a maior inserção de meninas em carreiras nas ciências exatas e naturais, ampliando seu repertório de escolhas profissionais e de projetos de vida.

Foram inscritos 173 projetos de 24 estados brasileiros, dos quais foram selecionados 10 de nove estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.

Os projetos, que receberam apoio financeiro para serem implementados em 2016, estão sendo monitorados pelo Fundo Elas e avaliados pela Fundação Carlos Chagas, com o objetivo de identificar os resultados alcançados e sistematizar as experiências que tenham potencial de replicação em outras escolas.

O Congresso do Gife será na sede da Fecomercio, em São Paulo, e reunirá as principais lideranças de investidores sociais do país, além de dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes de governos.  O encontro contará com 27 atividades gratuitas e abertas ao público, e a programação completa do evento pode ser conferida neste link.

O Instituto lançará outros editais com foco na equidade nas escolas públicas do Ensino Médio nos próximos anos.

 

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