Novos horizontes

Por: GIFE| Notícias| 02/03/2013

* Filiz Bikmen

O boom econômico dos países BRICS e MINT, junto com a distribuição desigual deste crescimento, traz novas oportunidades e desafios para a filantropia nos mercados emergentes. Entre estes, há diferentes abordagens para a doação, tépidas relações com as organizações da sociedade civil (OSCs), hesitação sobre o financiamento de questões “impopulares” e a difícil tarefa de construir o campo da filantropia. À luz das observações daqueles que contribuíram com esta edição, quais tendências parecem afetar os ecossistemas filantrópicos nos países de mercado emergente e o que nos espera?

Nos últimos anos, os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e MINT (México, Indonésia, Nigéria e Turquia) têm tido um crescimento econômico médio de 3% a 9% ao ano. Até 2025, muitos desses países devem ser responsáveis por mais de metade de todo o crescimento econômico global. O poder geopolítico também tem aumentado, uma vez que esses países deixam de ser recebedores de assistência e passam a ser doadores emergentes, começando a assumir novos papéis de liderança em iniciativas multilaterais de assistência, tais como o Fundo da ONU para Democracia (Índia), o Fórum de Democracia de Bali (Indonésia), a iniciativa de força de paz no Haiti (Brasil) e os esforços de recuperação na Somália (Turquia).

No entanto, muitos destes países também continuam a lutar com altos níveis de desemprego e desigualdade, juntamente com aumentos massivos na migração urbana – entre os principais fatores que levaram a rebeliões como a Primavera Árabe. Segundo o The Economist [1], até 2025 58% da população mundial viverá em cidades de mercado emergente, principalmente na Ásia. No conjunto, há muitas ameaças à sustentabilidade e ao bem-estar destas sociedades.

Embora suas características geográficas, culturais e demográficas sejam bastante diferentes, os países BRICS e MINT compartilham o mesmo destino de crescimento econômico acompanhado de crescentes desigualdades. Olhando pelas lentes do desenvolvimento filantrópico, também vemos algumas tendências semelhantes em termos de oportunidades e desafios. Embora o crescimento econômico esteja criando novas riquezas e resultando em novos doadores e atividades filantrópicas, o ecossistema da filantropia ainda é bastante fraco. Sem um sistema forte e resiliente – OSCs capazes, bons dados, redes, melhores práticas, funcionários profissionais e outros – a capacidade de explorar os recursos filantrópicos para a mudança social sustentável continua limitada. Aqueles que contribuem para esta questão apontam as áreas de crescimento e as limitações comuns, que se encaixam em quatro áreas principais: novos atores e modelos, dar voz e poder de ação à sociedade civil, financiamento para a justiça social e construir a área.

Novos atores e modelos
A maior riqueza introduziu novos atores e modelos na filantropia. Para alguns países, o conceito de filantropia institucionalizada é completamente novo como, por exemplo, na China, onde as primeiras fundações começaram a surgir nos anos 1980. Em outros, há uma evolução de novos métodos e abordagens. Na Turquia, as primeiras fundações remontam à era Otomana, mas novas práticas começam a surgir. Na Índia, que agora abriga quase 4% dos bilionários do mundo, a emergência de pessoas com alto valor líquido levou a um aumento significativo na criação de fundações privadas. No Brasil, a primeira onda de investimento filantrópico liderada pelas empresas agora é seguida por iniciativas lideradas pelas famílias. Na Rússia, os doadores são mais jovens e doam mais do que dinheiro. E embora a maioria dos países de mercado emergente diga que a filantropia corporativa compreende uma parte significativa do financiamento total, muitos também se referem à falta de claras linhas de distinção entre a filantropia familiar e a corporativa.
Também entre as principais tendências nos mercados emergentes observadas pelos relatórios preparados como parte da Iniciativa Bellagio da Fundação Rockefeller em 2011, podemos citar o desenvolvimento de novas ferramentas financeiras e um foco na comunidade como agente. A tendência a investir fundos em inteligência comercial pode ser observada na Ásia que, como região, parece ter se mobilizado rapidamente ao redor de novas abordagens financeiras e filantrópicas, tais como filantropia de risco e investimento de impacto, que buscam investir em empresas e negócios com uma linha de base social. Segundo Rob John, 30% do investimento de impacto global é voltado à Índia. Enquanto a China parece estar se preparando para aderir a esta onda, a aplicação destas novas abordagens à filantropia parece menos prevalente na Turquia e na Rússia.

Há também um número crescente de organizações que vinculam os recursos financeiros às comunidades e causas. As fundações comunitárias são uma dessas formas; os fundos agrupados de investimento social e círculos de doação, como aqueles organizados por Dasra na Índia, são outra. Jenny Hodgson observa um aumento nas novas organizações de filantropia comunitária que mobilizam recursos locais, constroem pontes entre os atores e são ricas em capital social.
É animador perceber que muitas dessas novas ferramentas e organizações permitem que os doadores sejam mais cooperativos, facilitando relacionamentos e oferecendo orientação estratégica e informações vitais sobre questões específicas e as áreas para as quais eles fazem doações. Também há uma tendência, iniciada pela campanha Giving Pledge, onde o trabalho de doadores de destaque é divulgado, assim aumentando a visibilidade da filantropia que, por sua vez, serve de estímulo para os outros. A maioria dos quase 100 signatários até o momento é americana, mas a bilionária sul-africana Patrice Motsepe e Vladimir Potaning, da Rússia, acabaram de anunciar que também irão aderir.

Porém, este aumento não necessariamente tem a ver com o valor líquido, como Halima Mahomed destaca em seu panorama sobre as tendências de mudança na filantropia na África. O fato de a doação não dizer respeito somente à riqueza e a como o ato de doar pode instigar os outros, em qualquer lugar do mundo, foi enfatizado por um artigo publicado na revista New Yorker sobre o substrato historicamente marginal, composto pela juventude sem teto nos EUA:
“Eles tratavam o metrô onde ocasionalmente mendigavam como um laboratório humano; os impulsos humanos à caridade tinham muito menos a ver com eles, eles concluíram, do que com os outros passageiros do trem. Poucas pessoas olhavam o rosto deles, até que o primeiro dólar mudasse de mão, criando, então, uma espécie de campo de força – outros passageiros de repente eram compelidos a também serem generosos. Eles pegavam os trens no centro do Brooklin, porque acreditavam que os passageiros mais pobres tinham maior probabilidade de dar o troco para eles”. [2]

Dar voz e poder de ação à sociedade civil
Em seu artigo, Halima Mahomed também compartilha algumas ideias das discussões recentes na reunião da Rede de Doadores Africanos, realizada em novembro passado, onde os palestrantes afirmaram a necessidade de os filantropos “falarem a verdade para o poder”, “apoiarem a voz e o poder de ação locais” e “serem mais explícitos sobre o uso da filantropia para mudar as relações de poder”. Em meu trabalho na Fundação Sabanci, os doadores costumavam expressar o valor da credibilidade da Sabanci e sua capacidade de influenciar os tomadores de decisão, além de mobilizar a mídia e o apoio público para seus esforços, geralmente alegando que essa capacidade era tão valiosa quanto os fundos que permitiam a execução de seus programas.

Mesmo assim, a hesitação dos doadores em se comprometerem com as OSCs, além de sua relutância em apoiar a construção de uma sociedade civil forte, é um tema recorrente em muitos artigos nesta edição. A falta de confiança é mencionada como o motivo mais comum para tanto, já que os doadores cada vez mais evitam as OSCs e doam diretamente para as causas, ou administram seus próprios programas e não fazem qualquer doação.

Muitos autores também falam da frustração dos doadores que enfrentam dificuldades para encontrar parceiros com capacidade para expandir. Rob John, por exemplo, se refere à necessidade de fortalecer o “estoque” de organizações prontas para investimento. Na Fundação Sabanci, lembro-me de analisar quase 200 solicitações de doação com uma equipe de peritos, e acabar só com umas poucas elegíveis para financiamento.

Embora a solução óbvia fosse alocar fundos para capacitar as OSCs, não é fácil fazer com que as fundações sigam esta estratégia, em parte porque as organizações de apoio e os peritos que trabalham com as OSCs também são limitados. Refletindo novamente sobre minha própria experiência na liderança do desenho e implantação de um programa de doação na Fundação Sabanci – o primeiro deste tipo na Turquia – eu percebo de onde vem essa relutância. Cinco anos depois, só agora a fundação está saindo dos estágios iniciais de aprendizagem sobre como financiar e trabalhar com as OSCs, definindo seu “estilo”” de filantropia. O trabalho inicial no financiamento de áreas temáticas (gênero, juventude e necessidades especiais) ofereceu algumas percepções sobre a dinâmica das OSCs e do setor da sociedade civil. Sair do nível temático para o nível de setor pode ser assustador em termos de estratégia e implantação. A experiência e o conhecimento necessários para financiar os programas para fortalecer o setor da sociedade civil, especialmente seu papel de apoiador, não devem ser subestimados. Para as novas fundações e doadores, pode ser uma tarefa intimidadora, principalmente porque os resultados são menos tangíveis e mais discutíveis do que quando lidam com questões específicas.

Financiamento para a justiça social
Financiar cultura ou direitos humanos? Este foi o foco central de uma das sessões intitulada Filantropia “Popular” e “Impopular”, no Fórum de Doadores Russos de 2012 (relatado nesta edição por Nick Deychakiwsky). Muitos dos artigos desta edição sugerem que os doadores, especialmente aqueles com vínculos estreitos com seus interesses comerciais, tendem a fugir dos programas de financiamento que tratam de causas de base e falhas sistêmicas que perpetuam a desigualdade social e econômica, optando por financiar áreas “mais seguras”. Este desafio parece ser comum também em locais onde há uma cultura estabelecida de filantropia institucional. A Foundation Center dos EUA apresenta níveis muito mais baixos de filantropia de justiça social do que de doações para outros temas mais “populares”.

Documentar e compartilhar exemplos de iniciativas específicas de fundação em países de mercado emergente pode ser uma boa abordagem para lidar com a questão. Por exemplo, segundo um estudo da Mama Cash, esmagadores 90% das fundações europeias mostraram interesse em financiar programas que beneficiam mulheres e meninas, enquanto apenas 37% relataram realmente fazer isso. Para lidar com a lacuna entre “os que financiam” e “os interessados”, a Mama Cash preparou um relatório posterior para ajudar a orientar os doadores potenciais, compartilhando exemplos e estratégias para financiar programas voltados a mulheres e meninas. A publicação de relatórios semelhantes para iniciativas em e entre países de mercado emergente, criando espaços para discuti-las, pode ser muito útil para incentivar os doadores. Os círculos de doação de Dasra são um bom exemplo. Como Alison Bukhari descreve, “cada círculo tem como catalisador um relatório profundo de pesquisa do setor que mapeia a questão, as lacunas na execução e no financiamento, além de identificar organizações com soluções escalonáveis e experiência reconhecida”.

Na realidade, o esforço cooperativo e informado dessas abordagens pode ajudar a alocar mais fundos para as iniciativas de justiça social. Na Turquia, várias fundações foram incentivadas a financiar projetos com base em direitos, por meio de parcerias com agências da ONU. Estes programas conjuntos criaram uma “margem” para a parceria (os governos podem ser vulneráveis a iniciativas baseadas em direitos e, às vezes, se sentirem ameaçados por elas) e, ao mesmo tempo, ofereceram a perícia e a orientação necessárias. Estes e outros exemplos podem ser úteis para doadores relutantes em se envolver com estas questões.

Construção da área
Um artigo na Stanford Social Innovation Review se refere à área filantrópica como um ecossistema que aborda as necessidades do beneficiário, apoia o livre fluxo de informações e oferece as ferramentas e plataformas que permitem que as OSCs e os doadores acessem e compartilhem essas informações, suas práticas e os recursos disponíveis [3].

Em alguns países de mercado emergente este ecossistema é mais desenvolvido, enquanto em outros ainda está nos estágios iniciais. Em 2012, o Fórum de Doadores Russos celebrou seu 10º aniversário, enquanto no Brasil o sétimo Congresso de Investimento Social do GIFE foi maior que nunca, com a participação de 1.500 pessoas. O quarto Fórum Indiano de Filantropia será realizado em breve, enquanto a Rede de Doadores Africanos surge como um espaço importante para refletir sobre a situação do setor. No entanto, a maioria dos que contribuem com esta questão demanda “uma infraestrutura filantrópica que seja mais robusta e colaborativa”, que possa realmente acessar a nova riqueza que está surgindo.

Para poderem funcionar, os mercados dependem de dados transparentes e confiáveis – que também são um elemento crítico para o desenvolvimento do ecossistema filantrópico. Nesta perspectiva, a criação de organizações como a Foundation Center da China é estimulante, assim como o surgimento do GuideStar e de sistemas semelhantes para coletar e compartilhar dados sobre o setor. Recentemente, a Foundation Center em Nova York, em parceria com a Alternativas y Capacidades do México e o Projeto de Filantropia e Sociedade Civil do ITAM (Instituto Tecnológico Autônomo do México), lançou um banco de dados com mais de 22.000 filantropias mexicanas, o Fondos a La Vista. O número de centros de filantropia – independentes e/ou universitários – também parece estar aumentando em alguns países. Apesar destes progressos, a falta de dados e análise continua a ser um obstáculo para a criação de um forte setor de filantropia, segundo vários autores que contribuíram com esta edição especial.

Em nível global, há organizações e grupos que se concentram em desenvolver a filantropia, tais como o Fórum Global de Filantropia e a Iniciativa Global Clinton. Alguns deles também reconheceram a crescente importância de desenvolver a área de filantropia em mercados emergentes. A Fundação de Assistência Beneficente (Charities Aid Foundation – CAF) foi uma das primeiras a trabalhar nesta área, com escritórios em todos os países BRICS, exceto a China. Olga Alexeeva foi destaque nesta área, trabalhando primeiro com a CAF e, depois, com a Fundação Philanthropy Bridge (PBF), que ela fundou. A EMpower é outro exemplo interessante, mobilizando apoio para pessoas físicas e empresas que trabalham em mercados emergentes, alocando estes fundos para organizações de base que trabalham com jovens em situação de risco em países de mercado emergente.

Em 2011, a Iniciativa Bellagio da Fundação Rockefeller também analisou a filantropia em mercados emergentes e um relatório preparado na introdução a uma reunião da PBF, realizada no início de 2012 em Londres, apresentou um exame profundo das tendências e necessidades da área. [4] Estes estudos, e outros similares, confirmam que quando desenvolvem uma infraestrutura de filantropia, os países de mercado emergente não buscam exemplos somente no norte e no ocidente, mas também no sul e no oriente. Na realidade, parece haver um grande apetite por aumentar o número de oportunidades – por meio de reuniões, pesquisas e outras atividades – para a troca de experiência entre esses países. O Fórum de Sociedades Emergentes – Filantropias Emergentes, a ser realizado em Peterhoff, Rússia, no início de julho, será um valioso espaço para este intercâmbio.

O capital humano é outra parte do ecossistema filantrópico. Muitos autores nesta matéria enfatizam a falta de abordagens profissionais e a escassez de funcionários. A CAF Foundation School é um grande exemplo. Como mostra o artigo desta edição, aprender habilidades e criar redes com os pares geram muitos benefícios. Aumentar o número e a disponibilidade destes programas nos países de mercado emergente pode ajudar a fortalecer a base profissional do setor.
Levando tudo isso em conta, Halima Mahomed sabiamente nos alerta que devemos ter cuidado para não construirmos um campo de filosofia que promova a doação só por doar, e nos desafia a nos fazermos a seguinte pergunta: “até que ponto estamos construindo um campo que seja voltado para o desenvolvimento de uma sociedade justa?”

Olhando à frente
Em face da situação emergente da filantropia em muitos destes países, pode parecer ser cedo demais para discutir o potencial das fundações para financiar programas em nível internacional. Um relatório recente da Foundation Center sobre filantropia global [5] nos lembra que as fundações americanas como a Rockefeller, a Ford e a Carnegie, começaram a expandir seus programas internacionais iniciais em estreita coordenação com o governo dos EUA. Como mencionado no início deste artigo, ao mesmo tempo em que ganham poder econômico os países de mercado emergente também ganham poder geopolítico e se transformam em novos doadores. Seu fluxo de assistência e seu envolvimento estratégico em iniciativas multilaterais tem aumentado, trazendo-os gradualmente para o front na arena do desenvolvimento global.
O artigo de Bin Pei sobre esta questão menciona vários avanços relativos à internacionalização das fundações chinesas. “As coisas estão mudando rapidamente” ela diz. “Pela primeira vez as fundações e as ONGs são incentivadas a trabalhar em projetos com foco na sobrevivência das pessoas na África… as fundações e as ONGs chinesas precisam se preparar para a mudança”. Os relatórios preparados para a reunião da PBF, mencionados anteriormente, também fizeram referência aos planos para que as reuniões “China na África” analisem a crescente assistência chinesa à África.

Esta oportunidade também existe na Turquia, cuja assistência chegou a quase US$ 1 bilhão em 2011 e está em franca expansão. Embora o governo da Turquia e a agência de assistência TIKA ainda não sejam proativos no envolvimento das fundações e das OSCs, seus recursos e perícia certamente são um bem valioso para estruturar políticas, princípios e planos de assistência.
As coisas estão mudando rapidamente. Ao analisar as tendências, oportunidades e desafios impostos à filantropia nos mercados emergentes, devemos olhar não só para o hoje, mas também para o horizonte e o que está mais adiante. Por estas e outras tendências discutidas nesta edição, criar mais oportunidades para o envolvimento dos setores filantrópicos nos mercados emergentes ajudará a fortalecer o ecossistema filantrópico, preparando-o para o futuro.

1 www.economist.com/blogs/graphicdetail/2012/04/focus-4
2 Rachel Aviv, ′Netherland′, New Yorker, 10 de dezembro de 2012.
3 www.ssireview.org/blog/entry/markets_for_giving_collaborating_on_a_future_vision_of_the_philanthropic_ec
4 http://philanthropynews.alliancemagazine.org/markets-are-emerging-%E2%80…
www.alliancemagazine.org/en/content/olga-alexeeva-memorial-fund
5 The Global Role of US Foundations Foundation Center, 2010.

*Filiz Bikmen é consultora filantropa e vice-presidente do Centro Internacional para Lei das Entidades sem Fins Lucrativos. De 2008 a 2012 ela foi diretora do programa na Fundação Sabanci e, de 2002 a 2009, foi diretora executiva da Fundação do Terceiro Setor da Turquia – TUSEV. Ela é editora convidada para esta edição especial da Alliance. E-mail: [email protected]

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