O poder transformador do Uso de Dados será tema de mesa de debate no Congresso GIFE

Por: GIFE| Notícias| 17/03/2014

Já é consenso a importância dos dados para apoiar a tomada de decisão, a definição de estratégias e a ampliação de impacto. Mas, de que forma os investidores sociais podem transformar dados em informação e conhecimento úteis para sua atuação? Como o uso destes dados pode aumentar o impacto do investimento social e provocar transformações?

São questionamentos como estes que irão nortear o painel “O poder transformador do uso de dados”, que será realizado no dia 20 de março, como parte da programação do Congresso GIFE. Luiz Bouabci, sócio fundador da Mob – Inteligência em Rede, será o mediador da atividade, que contará com a presença de Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro; Lucy Bernholz, pesquisadora visitante do Centro de Filantropia e Sociedade Civil da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA); e Dalton Martins, um dos articuladores do MetaReciclagem.

A proposta é que, cada palestrante, apresente uma perspectiva e abordagem diferenciada sobre a forma de utilização de dados para o setor social. “No entanto, embora diferentes, o que nos une é a compreensão comum dos ganhos do uso destas informações para o segmento. Todos nós enxergamos o uso prático dos dados para que se possa gerar impacto transformador na sociedade”, ressalta Ana Lima.

Além de casos e experiências práticas do uso destes dados, o painel irá incentivar os participantes a refletir sobre três aspectos importantes a respeito da temática. O primeiro deles será a apresentação de um panorama sobre os dados existentes referentes ao terceiro setor.

Segundo a diretora do Instituto Paulo Montenegro, há ainda uma fragilidade de informações no Brasil sobre o setor, tendo em vista que as pesquisas e dados existentes são muitas vezes segmentados, fragmentados ou descontínuos, o que limita sua utilização.

Outro aspecto a ser abordado no painel é o uso dos dados para o investimento, ou seja, de que forma utilizar as informações disponíveis, como, por exemplo, as avaliações de larga escala feitas na educação no país, para a definição de estratégias ou o diagnóstico para início de projetos em determinada localidade.

“O que percebemos, muitas vezes, é que essas informações não são de fácil acesso ou não são adequadas para o uso naquela determinada situação ou ainda a cronologia não está em acordo com o tempo do projeto. Se você trabalhar por exemplo, com projetos na área de saúde e vai buscar dados sobre o tema divulgado pelo Ministério da Saúde, não vão ser especificamente daquela determinada comunidade. Então, será preciso levantar os próprios dados. Mas é necessário um cuidado para que essa etapa não fique mais cara do que todo o projeto”, destaca Ana Lima.

E, por fim, o terceiro aspecto a ser abordado na atividade é o fato de que o setor também tem sido gerador e produtor de conhecimento. Porém, segundo a diretora do Instituto Paulo Montenegro, apesar da qualidade e consistência das produções, essas informações não têm sido valorizadas como deveriam.

“Há ainda um certo preconceito do mundo acadêmico e da sociedade em geral e, com isso, estamos disperdiçando dados de alta relevância. Durante o debate, vamos procurar incentivar justamente os participantes a discutir sobre o que podemos fazer para mudar essa realidade”, afirma Ana.

Serviço
O que: “O poder transformador do uso de dados”
Data: 20 de março
Horário: 9h às 11h
Inscrições: atividade fechada para participantes do Congresso

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