Oitavo Congresso GIFE coloca em discussão a capacidade transformadora do investimento social

Por: GIFE| Notícias| 10/02/2014

A programação oficial acaba de ser lançada. O evento contará com plenárias, mesas e atividades abertas, reunindo mais de 1000 participantes.

Quais foram os reais impactos gerados pelo investimento social nos últimos 20 anos? Quais são os atuais desafios estabelecidos para este investimento? O que fazer para que ele seja no futuro cada vez mais transformador da sociedade? São questões como estas que irão nortear toda a programação do 8º Congresso GIFE que acaba de ser divulgada (clique aqui para acessar).

O evento será realizado de 19 a 21 de março, na cidade de São Paulo (SP), e pretende reunir mais de 1000 pessoas interessadas em discutir as principais questões colocadas sobre o investimento social brasileiro. Ao longo do Congresso, dezenas de palestrantes nacionais e internacionais estarão a frente das plenárias, mesas e atividades abertas.

Pamela Ribeiro, coordenadora de conhecimento do GIFE e responsável pela programação do Congresso, destaca que o grande diferencial desta edição do evento – que acontece a cada dois anos desde 2000 – é que ele traz temas mais amplos e urgentes colocados pela sociedade civil, aproximando o investimento social destas questões.

“Procuramos construir o Congresso tendo como base dois cenários atuais. O primeiro é que hoje o investimento social está muito mais dinâmico e heterogêneo e se alinha, cada vez mais, à estratégia de sustentabilidade e negócio das empresas. E, o segundo, ele está inserido dentro de uma sociedade civil e não pode trabalhar de forma isolada. Ele tem que ser pensado e articulado a todos os outros atores sociais que existem. Ou seja, sua relevância passa a estar vinculada à capacidade de fortalecer outras dimensões da atuação social, seja pelo aprofundamento da responsabilidade social empresarial, pela contribuição às políticas públicas ou pelo fortalecimento das organizações da sociedade civil”, destaca.

Para dar luz a estas questões, a programação foi construída a partir de quatro eixos centrais: inovação, impacto, escala e redes.

A plenária de abertura, no dia 19, dará início ao debate convidando os participantes a pensar sobre as transformações do investimento social. Quais os atributos de um investimento social transformador? De que maneira a construção de uma sociedade civil digital impacta a atuação no campo social? São alguns questionamentos a serem discutidos. Para ajudar na reflexão, Lucy Bernholz, da Stanford University, estará presente.

Ainda no primeiro dia, a mesa “Financiando transformações” terá Chris Stone, da Open Society Foundations, trazendo aos presentes uma questão essencial para o investimento social, que é o financiamento. A partir da experiência de uma das maiores fundações do mundo, a sessão visa discutir estratégias de investimento e formas de relacionamento entre investidores e organizações da sociedade civil que buscam promover transformações sociais.

Já no dia 20, a mesa “Novas institucionalidades” pretende provocar um debate a respeito de um cenário que ficou em evidência a partir das manifestações ocorridas no mês de junho de 2013. As formas de organização e expressão da sociedade têm passado por intensas mudanças, desafiando as organizações que tradicionalmente atuam pela defesa de causas sociais. Como se configuram estas novas formas de organização e expressão da sociedade? Há uma crise de legitimidade, representação e força das organizações da sociedade civil neste cenário? São perguntas como estas que motivarão o debate, que contará com a presença da palestrante Lucia Nader, da Conectas Direitos Humanos.

Ainda no dia 20, Andre Degenszajn, Secretário-Geral do GIFE, irá mediar a mesa: “Partilha do valor compartilhado”. A atividade irá convidar os participantes a discutirem de que forma a partilha de valores entre investimento social, negócio e sociedade podem gerar transformações e como garantir o equilíbrio entre interesses público e privado, sem perder de vista a finalidade última do investimento social.

Neste segundo dia, serão ainda realizadas mesas a respeito do investimento social privado em políticas públicas, avaliação de impacto, novas formas de pensar a mobilização de recursos e o investimento social em cidades sustentáveis, entre outras.

Já o último dia do Congresso contará com duas plenárias principais. A primeira terá como objetivo apresentar as características e habilidades de uma liderança positiva para a sustentabilidade. A atividade será comandada por Sara Parkin, autora do livro “O Divergente Positivo” (titulo original “The Positive Deviant”), do Forum for the Future.

Em seguida, a plenária de encerramento do evento terá como tema central a inovação em tempos de mudança. Entre os palestrantes convidados está Richard Foster, da Yale University.

Durante todo o Congresso, serão promovidas ainda oficinas, lançamentos de livros e atividades abertas, com ações organizadas por associados e parceiros. A programação aberta tratará de temas atuais do investimento social transformador em diálogo com a programação oficial. Entre as discussões estarão assuntos como transparência e accountability, ampliação da cultura de doação, a relação entre institutos e fundações e suas mantenedoras e as possíveis conexões entre o investimento social privado e políticas públicas.

Para participar do Congresso, basta clicar aqui e fazer a sua inscrição.

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