ONU elogia associados e empresas ligadas ao GIFE
Por: GIFE| Notícias| 28/07/2008Três empresas brasileiras foram destacadas em um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que mostra como a iniciativa privada pode incluir os pobres nos processos produtivos. As três são ligadas à Rede GIFE de Investimento Social Privado: a associada Natura; e as organizações Sadia e VCP (Votorantim Celulose e Papel), mantenedoras dos institutos Sadia e Votorantim, também associados ao Grupo.
As três companhias têm projetos que ajudam as comunidades a produzir matéria-prima e trazem ganhos de renda e ambientais, segundo o estudo. “”O poder da economia de gerar trabalho decente depende em grande medida do setor privado. E o setor privado, por fornecer bens de consumo e serviços, traz mais chances e oportunidade para os pobres””, afirma o relatório, intitulado Criando valores para todos: estratégias para fazer negócios com pobres.
O estudo apresenta exemplos de iniciativas empresariais que conseguiram ampliar o acesso dos pobres a bens de consumo e contratá-los em alguma etapa do processo de fabricação. Segundo o relatório, essas são maneiras de reduzir a pobreza e ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) (uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015).
A Sadia, do setor de alimentos, desenvolveu um programa para reduzir emissão de poluentes durante a produção de carne suína e criar melhor condições de trabalho para os criadores. A empresa forneceu biodigestores a 3.500 fornecedores, de modo a transformar detritos de porcos em fertilizante e comida para peixe, e ainda incrementar a renda dos produtores por meio da venda de créditos de carbono – o biodigestor converte metano em gás carbônico, o que diminui emissões de substâncias que agravam o efeito estufa. Esse projeto da companhia mostra que “”sustentabilidade ambiental e redução da pobreza podem andar de mãos dadas””, diz o relatório.
A Natura contrata e capacita moradores de três comunidades do interior do Pará para extrair uma planta da Amazônia chamada priprioca, usada para fazer perfumes, sabonetes e cremes. “”Para aumentar a escala da produção local e garantir extração sustentável, a companhia construiu um novo modelo de negócios, que envolve pequenas comunidades, organizações não-governamentais e governos na promoção do desenvolvimento local sustentável””, afirma o texto.
A empresa do grupo Votorantim que produz papel e celulose fez uma parceria com o Banco Real para oferecer crédito a pequenos agricultores do Rio Grande do Sul. Para os produtores, plantar eucalipto não era atividade atraente, pois a árvore só é cortada de sete em sete anos. Com o projeto, o banco concede empréstimos a juros menores, para que os agricultores possam desenvolver também outras culturas, e a Votorantim Celulose e Papel garante o empréstimo ao comprometer-se a comprar a madeira dos produtores.
Veja relatório completo
(As informações são de Sarah Fernandes, da PrimaPagina)