Para argentinos, ONGs devem influenciar nas políticas públicas

Por: GIFE| Notícias| 01/10/2001

Pesquisa realizada pela Revista Tercer Sector e pelo Ibope revelou que 90,7% de 280 organizações sem fins lucrativos da Argentina acreditam que é seu papel influir nas políticas públicas do país.

“”Em um tempo no qual os programas sociais do Estado se definem mais em função dos recursos disponíveis do que nas necessidades que devem ser atendidas, não é estranho que este tema esteja em debate””, afirma Maria Eva Amorín, jornalista da publicação.

O estudo também abordou outros pontos do universo das ONGs na Argentina. Veja os principais números:

  • Apenas 41,1% das organizações pesquisadas estão conformadas com seu papel na sociedade argentina. Em contra-partida, 44,3% estão parcialmente, pouco ou nada felizes com sua participação;
  • O ambiente democrático prevalece nas organizações: 39,1% escolhem seu líder a partir do voto de todos; 19,5% restrigem a decisão a um pequeno grupo; 13,6% não promovem eleições pois o presidente é o fundador; e 4,5% selecionam pela capacidade e os antecedentes. Do total pesquisado, 4,5% adotam a administração horizontal, na qual o comando não é centralizado em uma pessoa;
  • A diversidade também é destaque: 75,5% das pessoas que trabalham em uma mesma organização não compartilham as mesmas crenças políticas; 40,9% não são de uma mesma religião; e 50% possuem níveis de escolaridade diferentes;
  • Em 64,6% das organizações os voluntários são maioria nas equipes técnicas, enquanto que em apenas 28,9% não há nenhum profissional não-remunerado. Para se ter uma idéia da força do voluntariado no terceiro setor argentino, 45% das ONGs têm somente voluntários em sua equipe técnica;
  • A capacitação é uma ferramenta importante na otimização do trabalho das entidades. 75% afirmaram realizar com freqüência cursos e palestras para seus funcionários.
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