Pesquisa do IBGE apresenta a situação do negro brasileiro

Por: GIFE| Notícias| 24/04/2006

A cada seis brasileiros pertencentes à elite, apenas um é negro. No outro extremo do ranking de renda, a composição se inverte: a cada seis pessoas pobres, quatro se autodeclaram negras ou pardas. É o que apontam as conclusões da Síntese de Indicadores Sociais 2005, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O documento mostra que os negros, que representam quase metade da população (48%), são dois terços (66,6%) dos 10% mais pobres e 15,8% dos 1% mais ricos do país.

Os dados indicam que essa diferença tem raízes no mercado de trabalho. Enquanto os trabalhadores brancos ganham, em média, 3,8 salários mínimos por mês, os negros recebem pouco mais que a metade, aproximadamente 2 salários mínimos por mês. Essa discrepância salarial, que na média fica em 90%, varia bastante de Estado para Estado.

Na Bahia, por exemplo, os rendimentos da população branca são 124% maiores que a da negra, enquanto que em Roraima a distância é de 8,7%.

O fato de a população branca ter, em média, mais anos de estudo que a negra não explica por si só essa desigualdade. A pesquisa mostra que, ainda que as comparações sejam feitas entre pessoas com escolaridade equivalente, os brancos têm salários melhores em qualquer faixa de ensino.

Saiba mais:
Síntese de Indicadores Sociais 2005.

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