Prêmio Fundação Bunge completa 60 anos e organização compartilha experiência
Por: GIFE| Notícias| 30/03/2015O Prêmio Fundação Bunge comemora 60 anos em 2015, buscando incentivar neste período o conhecimento científico em diversas áreas, homenagear o poder transformador dos indivíduos na sociedade e estimular novos talentos.
A cada ano, o Prêmio elege quatro profissionais com trabalhos relevantes, sendo dois na área de Ciências Agrárias – foco da empresa e sempre presente na premiação – e mais dois das demais áreas das Ciências, Letra e Artes, que se revezam a cada ano.
Os destaques são contemplados nas categorias ‘Vida e Obra’ – que reconhece toda a experiência e obra de especialistas em prol de uma causa e a serviço da sociedade – e ‘Juventude’ (profissionais até 35 anos) – visando estimular novos talentos e motivando-os a continuarem se dedicando à pesquisa. Os homenageados de cada área recebem R$ 150 mil e R$ 60 mil, respectivamente, além de medalhas de ouro e prata e diplomas.
Segundo Claudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge, só foi possível garantir essa continuidade da iniciativa por tantas décadas, pela capacidade que a organização – que também completa 60 anos – tem para somar talentos e contar com a colaboração de diferentes profissionais. “O prêmio traz inovação, dando luz para as áreas e temas que de fato fazem a diferença para o país. Assim, essas pessoas e projetos foram os grandes responsáveis por oxigenar a Fundação e mantê-la contemporânea e atualizada. Essa troca é muito rica, nos ajudando a nos reinventarmos a cada dia”, comenta.
Outro ponto fundamental, garante a diretora, é o fato da iniciativa ser uma premiação da comunidade científica e cultural brasileira. Isso porque, no Prêmio, a indicação dos profissionais a serem contemplados é feita pelas principais universidades e entidades científicas brasileiras. “Ou seja, não é a Fundação dizendo que determinado profissional merece receber uma premiação, mas um reconhecimento dos próprios pares pela relevância de suas iniciativas. O Prêmio de fato representa um anseio de uma coletividade, sendo um congrassamento de todos. Assim, se torna algo de fato representativo”, explica.
Além disso, em nenhum momento do processo de premiação são divulgados os nomes dos indicados, apenas os dos contemplados de cada área que são conhecidos no final do processo. Esse sigilo assegura a independência do Prêmio e a indicação dos melhores em cada área. “Por isso, dizemos que não há concorrentes, nem perdedores. Mas sim aqueles escolhidos de fato para serem homenageados no ano”, pondera.
Claudia Calais destaca ainda a importância de se formar uma Comissão Técnica qualificada para a realização da premiação. Neste caso, ela é composta por especialistas reconhecidos em suas áreas – sendo cinco membros em cada área de premiação, com quatro brasileiros e um do exterior –, que seleciona os profissionais em cada ramo do conhecimento na categoria “”Vida e Obra””, indicando-os para a decisão do Grande Júri. A Comissão analisa os currículos dos indicados, assim como os trabalhos produzidos por eles ao longo dos anos, indicando cerca de três profissionais. No caso dos jovens talentos, a Comissão Técnica escolhe diretamente os homenageados do ano.
O Grande Jurí é formado por cerca de 60 pessoas, entre reitores de universidades e presidentes de entidades científicas e culturais, que fizeram as suas indicações, e se reúne no Tribunal de Justiça de São Paulo para a escolha do premiado. “O fato da escolha ser feita por um grupo heterogêno, com uma seção presidida pelo Tribunal, traz seriedade ao processo e uma veracidade muito grande à premiação também”, destaca Claudia.
Os temas do ano em cada categoria são definidos a partir de uma análise realizada pelos membros do Conselho de Administração da Fundação Bunge sobre o contexto atual do país e do mundo, dando destaque para as questões mais relevantes e urgentes da sociedade ou para aquelas que estão esquecidas e precisam ser valorizadas pelo seu impacto.
Nesta edição, por exemplo, serão contemplados trabalhos relacionados aos temas “Recuperação de solos degradados para agricultura” e “Saneamento básico e manejo de água”. Para o conselheiro da Fundação Bunge e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Adalberto Luis Val, a escolha do primeiro tema se justifica pela necessidade de conscientização de que os recursos naturais não são infinitos e não é possível ampliar ainda mais as áreas cultiváveis para a produção de alimentos.
O conselheiro da Fundação Bunge também comenta sobre o tema “Saneamento básico e manejo de água”. “Cerca de um quarto da população do Brasil não tem acesso a saneamento básico, ou o tem com precariedade. Aliado a isso, temos o problema da crise hídrica enfrentado por diversos estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entender como dar condições básicas de saneamento com manejo responsável de água é um grande desafio para o presente e futuro”, resume.
As indicações à premiação terão início em abril e serão feitas pelas comunidades científicas diretamente no site da Fundação.
A Fundação Bunge é associada GIFE