A organização não-governamental Ashoka e a fabricante de artigos esportivos Nike lançaram um concurso internacional cujo objetivo não é apenas vencer, mas também obter informações que possam aprimorar os projetos que estão concorrendo. Trata-se de uma “”disputa colaborativa”” voltada a iniciativas que usam o esporte para promover mudanças sociais e desenvolvimento humano.

Chamado Todo Mundo pode Mudar o Mundo: Esporte para um Mundo Melhor, o concurso é dividida em três principais etapas. A primeira é a de inscrição de projetos, que pode ser feita pela Internet (clique aqui), até 12 de dezembro (quem se inscrever até 24 de outubro concorre a uma viagem para o “”Encontro Global para a Transformação – Esporte por um Mundo Melhor””, que reunirá investidores e organizações do setor). Podem participar organizações públicas ou privadas de qualquer país que envolvam esporte e inclusão social.

A inscrição tem de ser feita em inglês, mas quem preferir pode enviar o material em português para o endereço eletrônico [email protected]. As idéias serão traduzidas para o inglês e publicadas no site da Changemakers, iniciativa vinculada à Ashoka.

Assim que os projetos são inscritos, eles tornam-se abertos para debate e revisão até 9 de janeiro, no fórum virtual da Changemakers. Qualquer pessoa que se cadastrar no site pode comentá-los, inclusive os próprios competidores, fazendo sugestões ou tirando dúvidas.

A última etapa é a decisão do júri, formado por sete pessoas, entre elas a diretora-executiva do UNICEF, Ann Veneman, o presidente da Nike, Mark Paker, e o presidente do clube de futebol Barcelona, Joan Laporta. Serão premiados os projetos mais inovadores, com maior impacto social e que sejam sustentáveis (tenham planejamento financeiro para produzir um efeito multiplicador). O prêmio é de US$ 5 mil para os três primeiros colocados, que serão divulgados em 30 de janeiro de 2008. “”Inovação é o mais importante, na medida em que nós estamos focados em novas idéias. Impacto social e sustentabilidade nos ajudam a definir se as inovações realmente terão alcance e possibilidade de crescer””, afirma o gerente de competições da Ashoka/Changemakers, Tito Llantada.

O concurso, o primeiro desse tipo na área de esporte, visa difundir experiências entre projetos de organizações diferentes para que novas propostas surjam a partir deles. “”É uma oportunidade de as soluções ganharem visibilidade e serem refinadas coletivamente””, observa a gerente de responsabilidade social da Nike, Renata Affonso. “”O esporte não deve ser visto só como lazer. As atividades esportivas podem ajudar a superar traumas, a gerar oportunidades de emprego e a tirar as crianças de situações não positivas para elas””, acrescenta.