Uma premiação internacional vai selecionar cinco projetos de organizações comunitárias que ajudem a controlar e prevenir a Aids, a reduzir as desigualdades de gênero e a combater o preconceito contra soropositivos. Os cinco primeiros colocados receberão US$ 20 mil e outras 20 iniciativas selecionadas ficarão com US$ 5 mil cada uma.

A iniciativa, chamada Prêmio Laço Vermelho está em sua segunda edição e é realizada pelo PNUD Internacional em conjunto com o UNAIDS (Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids). Podem concorrer associações da sociedade civil, organizações não-governamentais e institutos de proteção social de pequeno, médio e grande porte. As inscrições vão até fevereiro de 2008 e podem ser feitas pelo site do concurso. O resultado será divulgado em agosto, durante a 17º Conferência Internacional sobre Aids, que acontecerá na Cidade do México.

As 25 iniciativas vencedoras receberão US$ 5 mil cada uma. Dentre estas, cinco ganharão um reconhecimento especial, além de um prêmio adicional de US$ 15 mil. A seleção será baseada em critérios como o impacto das ações nas comunidades, o caráter inovador que elas trazem, a inclusão social de soropositivos e a promoção de eqüidade de gênero.

O prêmio se divide em cinco categorias. Uma delas é voltada para entidades que facilitam o acesso a tratamentos. Outra visa combater o preconceito contra portadores do vírus HIV, a homofobia e o sexismo. Uma terceira tem o objetivo de reconhecer projetos que lutem contra a desigualdade de gênero e, assim, ajudem a diminuir a incidência de Aids. Há ainda uma categoria para ações de assistência aos órfãos que perderam os pais devido à doença e, por fim, uma premiação para as iniciativas de prevenção do HIV.

“”A liderança dessas comunidades [que concorrem ao prêmio] têm sido crucial para enfrentar os desafios que essa epidemia apresenta””, afirma o administrador do PNUD, Kemal Dervis.

O concurso, realizado a cada dois anos, foi lançado em 1º de dezembro, Dia Mundial da Luta contra a Aids. Na primeira edição do prêmio, em 2006, uma iniciativa brasileira do Ceará estava entre os vencedores: o GAPA (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids). A instituição atende mais de 10 mil pessoas por ano, com projetos, palestras, treinamentos, orientações jurídicas, entre outras ações.

Além do Brasil, foram contempladas em 2006 organizações da China, Burkina Fasso, Etiópia, Colômbia, Namíbia, Quênia, Sudão, Tailândia, Tanzânia, Ruanda, Senegal, Malásia, Indonésia, Ucrânia, Venezuela, Bangladesh, Nigéria, Argentina, Zimbábue e África do Sul. Os quatro vencedores latino-americanos da última edição participarão do evento deste ano para destacar o impacto desse reconhecimento em seus trabalhos.