Programa Novos Rurais do Instituto Souza Cruz é reconhecido pela FAO/ONU

Por: GIFE| Notícias| 04/05/2015

O Programa Novos Rurais, iniciativa desenvolvida desde 2013 pelo Instituto Souza Cruz com foco na formação empreendedora de jovens rurais que frequentam o ensino formal em escolas do campo, assim como no apoio à implementação de seus projetos, foi eleito pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) como uma boa prática para o desenvolvimento sustentável.

Com isso, a partir de agora, o programa passa a fazer parte de uma plataforma online, que reúne experiências brasileiras bem sucedidas em diferentes áreas temáticas, como agricultura, inovação tecnológica, conservação ambiental, entre outras.

A Plataforma de Boas Práticas é resultado do acordo assinado entre a FAO, a Itaipu Binacional e o Governo do Estado do Paraná com a proposta de disseminar e compartilhar um conjunto de iniciativas replicáveis (programas, projetos, ações individuais) desenvolvidas na Região Oeste do Estado do Paraná e nos três estados do Sul do Brasil.

Allan Grabarz, gerente do Instituto, acredita que o Programa Novos Rurais foi escolhido pela FAO devido a alguns diferenciais na sua proposta. Um deles é o modelo cooperativo de desenvolvimento do programa, ou seja, as parcerias estabelecidas junto às organizações que atuam no campo, como a Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil – Arcafar-Sul; Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural – Cedejor; União das Associações dos Agricultores de Ituporanga – Uniagri; e Escola Técnica Estadual de Canguçu – ETEC.

Um fator relevante é que estas escolas trabalham com a pedagogia da alternância, ou seja, os jovens permanecem uma semana dentro da unidade de ensino, que tem toda a infraestrutura para recebê-los, e depois duas semanas em suas propriedades, a fim de que possam aplicar o conhecimento”, comenta Allan.

Outro aspecto relevante, na opinião do gerente, é a metodologia diferenciada desenvolvida junto com a Universidade Federal de Santa Catarina focada nas reais necessidades do campo. Hoje, o Novos Rurais acontece em duas fases. Na primeira, os jovens do terceiro ano do Ensino Médio das organizações parceiras participam de três módulos de formação, com os temas: “Novo rural como ambiente e agricultura familiar como suporte para empreendimentos de jovens rurais”, “Empreendimentos de jovens rurais, cenários, possibilidades e oportunidades” e “Jovem rural que planeja e elabora projetos: da ideia ao empreendimento”.

Na segunda fase, são selecionados alguns jovens aptos para transformar seus projetos de empreendedorismo, já elaborados no Ensino Médio, em Unidades de Referência. O objetivo é que estes novos empreendimentos, implantados nas propriedades rurais dos educandos, tornem-se referência para as comunidades onde estão inseridos. Nestes locais, são fomentadas estratégias de diversificação e inovação e fomento a práticas de sustentabilidade e reprodução da agricultura familiar.

Neste ano, o programa irá apoiar 410 jovens na fase 1 e uma média de 140 projetos em seis estados – Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.

Por meio do Novos Rurais, o Instituto Souza Cruz pretende colaborar com a amplicação da geração de renda destas propriedades rurais, assim como incentivar a permanência dos jovens na área rural. “O campo é um espaço cada vez mais masculino e mais velho. Há uma grande evasão de jovens do meio rural, sobretudo de mulheres. Muitos estudos indicam que esse movimento se dá pela questão da necessidade do jovem experimentar a sua autonomia, que normalmente não acontece em propriedades familiares rurais nas quais a figura do pai é muito forte. Por meio do projeto, eles conseguem se reposicionar dentro do núcleo familiar e também percebem que é possivel ter uma vida próspera no campo”, enfatiza o gerente do Instituto.

Na Plataforma Boas Práticas, o Instituto destaca como resultados que o programa confirmou a capacidade inovadora da agricultura familiar a partir das novas culturas introduzidas pelos rapazes e moças em suas propriedades, entre prestação de serviços, inovações técnicas e produção de alimentos. Além de beneficiar as próprias famílias, o programa impactou também as comunidades rurais onde os jovens estão inseridos, já que os resultados práticos motivaram outros agricultores a buscarem na diversificação o caminho para a geração de renda e a segurança alimentar.

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