A Iniciativa Incluir – ação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que visa estimular e dar visibilidade aos negócios inclusivos no Brasil – acaba de reconhecer o Programa ReDes, do Instituto Votorantim, como uma iniciativa de destaque.

O programa foi escolhido para fazer parte da publicação “Mercados inclusivos no Brasil: desafios e oportunidades do ecossistema de negócios”, que elegeu 19 experiências de empresas que implementam métodos inovadores, escaláveis ou replicáveis e comercialmente viáveis de negócios inclusivos que, ao mesmo tempo, integrem soluções sustentáveis

Trata-se do primeiro relatório produzido pelo PNUD com intuito de evidenciar estratégias e oportunidades para potencializar o ecossistema de negócios inclusivos no país. Além dos estudos de caso, foram realizadas entrevistas em profundidade com formadores de opinião, assim como aplicação de questionários e pesquisa documental a respeito das temáticas.

“Esse reconhecimento reforça a importância do alinhamento da estratégia do Programa ReDes à agenda de desenvolvimento proposta pelas Nações Unidas. Desde os Objetivos do Milênio e agora com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pautamos nossa atuação para que aproveite as oportunidades de sinergia entre agendas, aumentando a eficiência das ações na busca por um desenvolvimento econômico com ganhos efetivos para a comunidade. Nesses objetivos está clara a necessidade de convergência das agendas, tanto do governo, quanto do setor privado, na promoção de iniciativas mais igualitárias, onde cada um assume sua responsabilidade. O fato do Programa ReDes ter sido reconhecido pelo PNUD reforça que estamos no caminho certo”, ressalta Carolina Alves de Jongh, coordenadora de dinamismo econômico do Instituto Votorantim.

Experiência

No relatório, o Programa ReDes ganhou destaque pela sua metodologia que preza pelo apoio técnico com consultores locais em gestão de negócios, oferecendo também aporte financeiro para a criação de uma infraestrutura de funcionamento para 48 empreendimentos.

Na avaliação de Carolina Jongh, dois aspectos foram essenciais para o reconhecimento do programa pelo PNUD: a busca pela redução da dependência do município em relação à operação da empresa e o aproveitamento de potenciais sinergias na contratação de fornecedores locais.

“Esses dois aspectos são trabalhados com as cooperativas e associações, a partir do conhecimento local que possuem, potencializando a atuação e os resultados do programa. Neste quinto ano de implantação do ReDes já possuímos organizações que antes dependiam completamente do mercado informal para comercializar seus produtos e serviços, e que, hoje, conseguem comercializar para compras públicas (como a merenda escolar), mercados locais e inclusive para a Votorantim. Além do apoio na implantação de planos de negócios inclusivos, uma frente bem forte é a de fortalecimento de parcerias locais, permitindo a redução gradual no nível de acompanhamento desses projetos e garantindo uma autonomia real dos indivíduos”, destaca.

A coordenadora do Instituto Votorantim ressalta ainda as novas ações estabelecidas pelo programa a fim de garantir que os negócios inclusivos apoiados tornem-se autônomos e sustentáveis e que gerem renda para seus cooperados e associados.

Entre as novidades está a  parceria de quatro anos firmada em 2015 com o BID-FOMIN (USD 1,32 mi) com o intuito de fortalecer a metodologia, assim como a extensão do acordo de cooperação junto ao BNDES (no valor de R$ 40 milhões, incluindo o programa Apoio à Gestão Pública do Instituto), também renovada em 2015. “Isso dá ao ReDes a perspectiva de ampliação e fortalecimento da metodologia até 2020. Com esse horizonte em vista o ano de 2016 será de ampliação da atuação para novos municípios e de consolidação de resultados nos municípios onde já atuamos”, completa.