Com uma intensa mobilização de empregados, clientes, fornecedores e empresas parceiras, o Grupo ArcelorMittal, em parceria com a Fundação ArcelorMittal, arrecadou R$ 1,55 milhão que serão direcionados a projetos que promovem a educação, a inclusão e o desenvolvimento de crianças e adolescentes em diversas partes do país.

A iniciativa é do Projeto Cidadãos do Amanhã, que há 17 anos incentiva estes públicos a doarem parte do Imposto de Renda devido aos Fundos Municipais da Infância e Adolescência (FIA) e a projetos aprovados na lei de incentivo ao esporte.

Leonardo Gloor, superintendente da Fundação ArcelorMittal, destaca a iniciativa pioneira da empresa em incentivar a participação individual das pessoas aos fundos, além do aporte já realizado pela companhia enquanto pessoa jurídica, algo que, na década de 90, não era comum.

“Após a mudança de foco da Fundação neste período, ficando responsável em desenvolver o investimento social do Grupo, vimos neste projeto a oportunidade de mobilizar internamente os empregados, apresentando inclusive a Fundação, assim como nos aproximarmos das comunidades onde estamos presentes. Fomos a primeira empresa no Brasil, por exemplo, a financiar a participação dos empregados, ou seja, eles participam, mas não precisavam fazer o aporte do recurso no ano corrente. A empresa faz e, depois, eles resarcem no ano seguinte”, explica Gloor.

O engajamento do público interno, assim como dos clientes e fornecedores, é feito por uma intensa campanha de comunicação – com direito a hotsite, folders, comunicado nos quadros de avisos, e-mail marketing etc -, além da organização de visitas aos projetos apoiados. A proposta tem dado certo, tanto é que, desde a sua criação, o Cidadãos do Amanhã já conseguiu destinar R$ 21 milhões aos projetos.

A cada ano, cerca de 6 mil empregados – dos 15 mil totais – se envolveram na iniciativa, seja se utilizando da renúncia fiscal, seja por meio de doações diretas. “Muitos fazem questão de participar, nem que possa doar apenas R$10,00. O projeto já ganhou bastante credibilidade interna”, comenta o superintendente da Fundação.

Com a proposta de conquistar melhores resultados do recurso investido, a Fundação faz o contato direto com os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente – responsáveis pela gestão dos FIAS – que indicam os projetos prioritários e que atendam às demandas das comunidades locais. Em 2015, os recursos arrecadados na edição anterior viabilizaram dezenas de projetos de 25 FIAs, beneficiando mais de 9 mil crianças e adolescentes em cinco estados (Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo).

A Fundação acompanha o desenvolvimento dos projetos nas instituições, a fim de que os impactos possam ser reportados a todos os que participaram do Cidadãos do Amanhã, garantindo assim transparência e credibilidade à iniciativa, além de motivar que novas pessoas participem.

“Aprendemos nestes anos a importância de estabelecermos esse contato inicial com os conselhos, pois trata-se de um recurso público e, sendo eles os representantes da sociedade nesta área, sabem a melhor forma de direcionar as ações. Mas achamos essencial irmos às instituições, conhecê-las e acompanhar as ações. Recebemos muitos depoimentos das comunidades enfatizando a diferença que o recurso fez”, destaca Gloor.

Segundo o superintendente da Fundação, nestes 17 anos do Cidadãos do Amanhã, é possível perceber um aprimoramento dos projetos apresentados pelas entidades beneficiadas e o intenso processo de formalização das instituições. “Elas estão mais estruturadas tanto na sua gestão, quanto na elaboração dos projetos. Isso tem permitido que estejam melhor preparadas para captar recursos”.