Em uma parceria com a ONU Mulheres, a Claro vai oferecer capacitação em direitos humanos e letramento digital para mulheres vítimas de violência doméstica e refugiadas em 10 capitais brasileiras, com o objetivo de dar autonomia financeira. 

A iniciativa “Mulher + Tech – conexão para novos começos” surgiu a partir de diálogos com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a diferença que o acesso à conectividade poderia fazer no dia a dia dessas mulheres. 

Para colocar o projeto em prática, serão selecionadas 10 organizações da sociedade civil com atuação regional que estarão à frente das capacitações, sob a supervisão da ONU Mulheres.

O ciclo de formação vai durar um ano e contemplará 2 mil mulheres. As participantes ainda devem receber um chip da Claro com plano gratuito por 12 meses logo no início do programa. Quando a capacitação for concluída, a empresa também oferecerá um aparelho celular para todas as participantes colocarem em prática as habilidades digitais desenvolvidas e conquistar oportunidades de trabalho e independência financeira.

De acordo com um levantamento da Rede de Observatórios da Segurança, em 2024, a violência contra a mulher no Brasil cresceu mais de 12% em relação ao ano anterior. A pesquisa “Elas Vivem: um caminho de luta” mostra que a cada 24 horas, em média, 13 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência nesse período. Foram mais de quatro mil ocorrências, sendo 531 feminicídios, apenas nos nove estados monitorados pela entidade.

Já um estudo desenvolvido pela ONU Mulheres em parceria a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), revelou que, entre as mulheres venezuelanas interiorizadas, 5,74% relataram ter sofrido algum tipo de violência.