Lançado no último dia 1º de junho pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com apoio do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Radar Social apresenta as principais mudanças socioeconômicas que vêm ocorrendo no Brasil desde a década de 90, e aponta fatores que podem explicar essas alterações.

São seis as dimensões sociais analisadas: trabalho, renda, educação, saúde, moradia e segurança. Em cada uma delas, são identificados os principais problemas enfrentados pela população, bem como os agravos que se apresentam em funções de território, gênero, raça e idade.

Um dos principais resultados apresentados nesta edição é o aumento da informalidade e do desemprego nos últimos anos. A participação dos empregados sem carteira assinada e dos autônomos no total de trabalhadores passou de 44,7%, em 1995, para 47,2% em 2002 (em 2003, houve pequeno recuo, para 45,5%). Já a taxa de desemprego no país passou de 6,2%, em 1995, para 10% em 2003.

Com isso, a maioria dos trabalhadores do Brasil (51,64% em 2003) não tem acesso a direitos trabalhistas (como férias pagas e seguro-desemprego) ou a benefícios previdenciários.

Para visualizar a posição do Brasil no contexto internacional, a publicação faz comparações entre países. No final de cada capítulo são apresentados os desafios que devem ser enfrentados pelas políticas públicas.

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