Qual é o perfil do profissional do investimento social?

Por: GIFE| Notícias| 09/04/2012

Levantamento foi lançado durante a sétima edição do Congresso GIFE.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV ), em parceria com o GIFE lançaram uma pesquisa inédita que mapeou o perfil, as características, os desafios e os valores dos profissionais responsáveis pelo investimento social de fundações, institutos e empresas no país. Os resultados mostram que predominam os profissionais que acompanham e monitoram a execução de projetos apoiados (69,3%).

De 1547 contatos, o GIFE recebeu 302 respostas de profissionais de grandes, médias e pequenas instituições e empresas, de diferentes níveis hierárquicos, que representam pelo menos 100 associados. Os dados confirmam que a formação desses profissionais é diversificada, alguns vindos de áreas da própria empresa, como Comunicação, ou mesmo de organizações da sociedade civil.

“Diversidade de conhecimento é uma característica marcante desse profissional, que surgiu há pouco menos de 20 anos e que ainda está se estabelecendo no Brasil. Por isso ainda é difícil falar de um perfil específico para o profissional do investimento social. O que a pesquisa aponta é uma combinação de diferentes habilidades, não especificas da formação, como saber articular com os diferentes instâncias e setores da sociedade”, diz Fernando Nogueira, professor da FGV e responsável pela pesquisa, ao lado do professor Mario Aquino Alves.

Segundo a pesquisa, a maioria tem curso superior nas áreas de ciências humanas e sociais, como Administração (23%), Comunicação Social (14%),Psicologia (7%) e Serviço Social (6%). Mesmo assim, eles estão preocupados com a instrução: a maioria tem pós-graduação ou especialização (61%) e faz ou pretende fazer cursos em áreas como Administração, Gestão e Sustentabilidade nos próximos dois anos (80%)

Dos entrevistados, 77% atuam no ramo empresarial, principalmente em institutos e fundações (55,5%), que executam os próprios projetos. Além disso, a maior parte trabalha em grandes investidores: 30% em orçamentos de R$ 2 a R$ 8milhões e 23,5%, acima de 20 milhões. O nível hierárquico compreende diretores (12,1%), gerentes (26,6%), coordenadores (24,8%) e analistas (22,7%).

A trajetória da maioria se deu dentro de empresas até começar na área (38,8%),enquanto outros 31,2% transitou pelo campo social até se envolver com o investimento social de fato.

Questionados sobre o trabalho em si, 41,5% dos entrevistados disseram se dedicar integralmente e 24,8% na maior parte do tempo. Sobre hierarquia a maioria é gestor do investimento s (25,8%), enquanto 21,5% são profissionais de sustentabilidade ou responsabilidade social empresarial e se envolvem no investimento social privado e 14,6% são técnicos em investimento social privado em geral. Predominam os profissionais que acompanham e monitoram a execução de projetos apoiados (69,3%).

Os desafios no setor encontrados por esses profissionais são gerar impacto e conciliar interesses diferentes. Os princípios éticos levantados na pesquisa foram profissionalismo/competência técnica (60,9%) e comprometimento (46,2%). Esses profissionais querem ver mudanças na sociedade: o trabalho, o social, o mundo, o idealismo, a necessidade e o impacto são alguns dos fatores que os motivam a trabalhar na área.

Resumo do perfil do profissional do Investimento Social

• Gerente
• Dedica 100% do tempo do Investimento Social
• Gestor de Investimento Social na organização
• Começou em empresa e migrou para o Investimento Social
• Cursos que ajudaram: gestão, 3º setor e projetos sociais
• Faz: gestão e acompanhamento de projetos, diálogo com stakeholders e planejamento
• Desafios: impacto, conciliar social e privado, discurso e prática
• Ideal ético: competência e comprometimento
• Motivação: quer fazer a diferença na realidade do país

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