Quarta-feira, 10 de dezembro de 2003
Por: GIFE| Notícias| 10/12/2003Votorantim busca vocação empreendedora no jovem
Terceiro maior investidor privado em ações sociais no Brasil, o grupo Votorantim criou, em abril deste ano, o seu próprio instituto, cujo maior desafio é promover o ingresso dos jovens no mercado de trabalho. O Instituto Votorantim passou a ser o órgão responsável pela política de investimento social do grupo. Segundo o vice-presidente do Conselho de Administração da empresa, José Ermírio de Moraes Neto, a entidade surgiu para fazer uma gestão profissional capaz de planejar a longo prazo e tentar obter o máximo de valor social dos recursos aplicados pelo grupo. “”Ele será um catalisador da vocação social da Votorantim””, afirma. O executivo explica como o instituto encara a situação do jovem perante o mercado de trabalho: “”O jovem tem que ser parte da solução e não do problema social brasileiro””, diz. Anualmente, a instituição investe cerca de R$ 25 milhões em projetos de educação e formação profissional de jovens. (Gazeta Mercantil, 10/12)
BB Educar capacita mais de 110 mil pessoas
Criado em 1985 pela Fundação Banco do Brasil, o programa BB Educar, destinado ao ensino fundamental de jovens e adultos, é hoje uma das mais bem sucedidas iniciativas da Fundação BB. O projeto já levou o mundo das letras a mais de 110 mil pessoas e contou, em 2003, com um investimento de R$ 60 milhões. Com o surgimento do programa Analfabetismo Zero do governo federal, o presidente da Fundação BB, Jacques de Oliveira Pena, afirmou que o BB Educar passa a ser o carro-chefe entre os dez projetos sociais que a instituição oferece. Para alcançar este objetivo, a Fundação firmou um convênio com o Ministério da Educação para remunerar os alfabetizadores, que hoje somam mais de 13 mil. Pena informa que a idéia é levar o programa para municípios onde já existe algum outro projeto da Fundação e também estender a iniciativa para alfabetizar familiares de crianças beneficiadas com o Bolsa-Escola federal. No ano passado, a instituição esteve presente em 754 municípios e atingiu 3,2 milhões de pessoas com algum tipo de projeto. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Blumenau é palco de debate sobre direitos da criança
Autoridades, técnicos, secretários, presidentes de Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e fóruns de 178 cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que integram a Rede Fundação Abrinq, por meio do Programa Prefeito Amigo da Criança, estarão reunidos a partir de hoje (10/12), em Blumenau (SC), para o Seminário Regional Temático de Capacitação da Região Sul. O evento debaterá temas do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, como planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas, trabalho infantil e redes de compromisso social, com exposição de experiências municipais. O Prêmio Prefeito Amigo da Criança busca estimular as prefeituras a priorizar investimentos para a infância. O objetivo é mobilizar, comprometer e apoiar administrações municipais na implementação de políticas públicas de proteção integral a crianças e adolescentes. (A Notícia -SC, 10/12)
Nestlé utiliza o encanto da literatura
A empresa suíça Nestlé desenvolve, desde 1999, o projeto Viagem Nestlé pela literatura. A iniciativa tem como prioridade o estímulo ao hábito da leitura e a criação de jovens críticos. O programa incentiva adolescentes de escolas públicas e privadas a lerem e produzirem textos baseados em obras literárias nacionais. Somente este ano 12 mil escolas se interessaram pelo projeto, com o envolvimento de mais de 200 mil estudantes do ensino médio e oitavas séries do ensino fundamental. Criado em parceira com o Ministério da Cultura e apoiado pelo Ministério da Educação, o Viagem Nestlé pela literatura recebe investimentos de R$ 2,5 milhões por edição. “”A Nestlé distribui kits pedagógicos que contêm três livros de autores brasileiros renomados, CDs e material de apoio aos coordenadores das equipes””, diz Francisco Garcia, gerente executivo de Assuntos Corporativos da Nestlé. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Sexualidade saudável é tema da Pfizer
A companhia farmacêutica Pfizer adotou a educação sexual e a prevenção como remédios contra a Aids e as drogas. Desde 2000, a empresa norte-americana mantém um programa na área de responsabilidade social que leva informações sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis a adolescentes, idosos e deficientes mentais. A iniciativa, que envolve parcerias com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo e Instituto Kaplan – organização especializada em sexualidade – já beneficiou até hoje mais de 2,2 mil pessoas de forma direta e cerca de 20 mil indiretamente. Atualmente, além do programa de educação sexual e prevenção contra Aids e drogas, a Pfizer mantém outros projetos na área de saúde, como o Tear, Aprendendo a viver e Cabra Escola, com investimentos de mais de R$ 1,5 milhão. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Em 46 anos, meio milhão de alunos
A Fundação Bradesco é pioneira no investimento social privado. A instituição já levou, em 46 anos de existência, educação e acompanhamento médico-odontológico a cerca de meio milhão de pessoas. Está presente em todos os estados brasileiros e oferece, além do ensino, alimentação, material escolar e assistência a todos os alunos matriculados na educação básica, que envolve o ensino fundamental e o ensino médio e responde por mais de 46% do atendimento anual. Segundo o diretor da instituição, João Cariello de Moraes Filho, a fundação tem multiplicado sua área de atuação por meio de parcerias com instituições de ensino como o Media Lab, centro de pesquisa do Massachussets Institute of Techonology (MIT), e empresas como a Intel e a Cisco. Outra importante parceria é mantida com a Fundação Roberto Marinho, instituição com a qual desenvolve um programa de tele-educação com investimento de cerca de R$ 9,5 milhões. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Novo ciclo exige alianças intersetoriais
Depois da rápida expansão do número de projetos no final da década de 90, em que a prática de cidadania foi incorporada à estratégia de negócios de um grande número de empresas, é preciso que o investimento privado deixe de lado ações pontuais e desempenhe papel preponderante na transformação da atual realidade sócio-econômica. A declaração é de Ilka Camarotti, coordenadora do projeto Práticas Públicas e Pobreza, do Centro de Estudos de Gestão Pública e Cidadania da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. Em parceria com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, entidade que reúne 800 corporações, Camarotti participou do estudo O que as empresas podem fazer pela erradicação da pobreza. A publicação reúne indicadores e temas que dimensionam a urgência de ações que contribuam para a sustentabilidade social de um país que exibe o nono maior PIB do planeta e a quarta pior distribuição de renda. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Como fazer uma aplicação responsável
A percepção de que é possível contribuir financeiramente para a construção de um mundo melhor e ainda lucrar com isso está levando muitas pessoas aos investimentos socialmente responsáveis (ISR). O conceito já é bastante difundido no exterior, mas no Brasil ainda é concentrado no segmento de investidores institucionais. Existe uma clara distinção entre a preferência dos investidores institucionais e a dos investidores pessoa física na escolha do tipo de aplicação. Os institucionais preferem o Investimento Socialmente Responsável (ISR), que se caracteriza pela aplicação unicamente em ações de empresas que adotam práticas de responsabilidade social. Segundo o gestor de renda variável do banco ABN Amro, Pedro Villani, os investimentos socialmente responsáveis são chamados também de investimentos éticos pois seu objetivo vai além do lucro, uma vez que visam induzir as empresas a adotar, cada vez mais, as práticas de responsabilidade social. O único representante dos ISR no Brasil é o fundo de ações Ethical, do ABN Amro, lançado em novembro de 2001, e que tem duas versões, uma para investidores institucionais e outra para pessoa física. (Gazeta Mercantil, 10/12)
O Boticário mantém natureza intocada
Criada há 12 anos pela O Boticário, a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza tem contribuído para a preservação da Reserva Natural de Salto Morato, no Paraná, considerada a maior área de Mata Atlântica protegida do Brasil. A entidade, sem fins lucrativos e sob supervisão do Ministério Público, destina suas ações para proteção de áreas naturais, de espécies em extinção e no desenvolvimento de projetos de conscientização ambiental. A Fundação já recebeu e financiou, desde os anos 90, um total de 860 projetos de preservação natural, analisados e aprovados por 82 consultores voluntários. Anualmente, 1% do faturamento líquido da indústria são destinados a investimentos sociais na área privada. Somente a fundação recebe 80% do total. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Foco da Marisol dirige-se à infância
Primeira empresa brasileira do setor têxtil a publicar balanços sociais na imprensa e distribuir lucros aos funcionários, a empresa catarinense Marisol S.A. leva a sério os seus diversos projetos sociais, sem fazer disso uma ferramenta de marketing. Segundo Vicente Donini, presidente da empresa, a preparação das futuras gerações deve iniciar-se na infância e prosseguir mesmo após a formação universitária, investindo-se em competências de forma continuada. Por essa razão, os investimentos da Marisol na área social têm como foco principal a infância, com planejamento estratégico real, exeqüível e desafiador. Sobre responsabilidade social, o executivo avalia que política social na empresa deve afastar a idéia de filantropia, buscando eliminar causas dos problemas sociais e não meramente os seus efeitos. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Duas Rodas prefere ações diversificadas
Há 76 anos atuando no mercado alimentício, a Duas Rodas desenvolve na cidade catarinense de Jaraguá do Sul iniciativas sociais nas áreas de educação, saúde e educação. Entre as ações mantidas está o apoio ao projeto Largada 2000, desenvolvido em conjunto com o Instituto Ayrton Senna e destinado a desenvolver noções de cidadania, solidariedade, consciência ambiental e diretos humanos a adolescentes. A empresa mantém ainda um grupo teatral, responsável por apresentações culturais na cidade e um grupo folclórico e de danças. A empresa investiu também R$ 1,6 milhão para que a cidade finalizasse as obras de um teatro e R$ 1,5 milhão em uma usina de tratamento de efluentes destinada a tratar seus próprios resíduos orgânicos. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Os rumos da Fundação Odebrecht
A partir da alteração do perfil de atuação de sua fundação, nos anos 80, a Odebrecht passou a promover e premiar propostas e pesquisas que mostrem soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável, sobretudo nas regiões menos desenvolvidas do Nordeste. De 1988 até hoje, cerca de 500 mil adolescentes e 12 mil educadores foram atendidos dentro da filosofia de priorizar a formação e o aproveitamento profissional de jovens carentes. Uma das ações de destaque é o projeto Aliança com o adolescente que ensina duas mil técnicas para a geração de renda a partir de atividades como a avicultura, pesca e agricultura familiar. O programa leva em conta a disposição dos jovens de aprender, experimentar, inovar e buscar alternativas de crescimento. Para Norberto Odebrecht, presidente da fundação, as regiões pobres precisam investir em produtos diferenciais, de produção garantida e capaz de despertar interesse e obter valor no marcado””, diz. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Para a Copesul, trabalho é estratégico
A Companhia Petroquímica do Sul (Copesul), central de matérias-primas do Pólo Petroquímico de Triunfo, no interior gaúcho, fechará 2003 investindo cerca de R$ 3,5 milhões em projetos de responsabilidade social. A prática integra o planejamento estratégico da empresa desde 1998, e tem como foco de atuação áreas como cultura, saúde e educação. Esse ano, a empresa destinou também recursos para programas de reciclagem e inserção social. Entre eles está um projeto de tratamento avançado de lixo, desenvolvido em conjunto com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana, da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio e Universidade Federal de Pelotas. O trabalho é desenvolvido junto aos galpões de coleta de lixo seletivo, na qualificação do trabalho, melhoria da produção (separação do lixo) e gestão do negócio. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Chesf estende apoio para 600 mil pessoas em quatro estados
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) – maior do país em potência instalada, com 10,7 mil megawatts (MW) – tem pautado a sua história por ações voltadas para o desenvolvimento de comunidades de baixa renda, especialmente na região do semi-árido brasileiro. Sua iniciativa mais importante neste setor é o Projeto Xingo, dirigido nos municípios em que a estatal possui hidrelétricas, reservatórios ou reassentamentos para as populações de áreas inundadas para a construção de lagos. O projeto atinge 29 municípios baianos, pernambucanos, alagoanos e sergipanos, onde vivem 600 mil pessoas. O objetivo do programa é elevar o nível de qualidade de vida das comunidades beneficiadas, pela melhoria da educação, difusão de tecnologias agropecuárias e de convivência com o clima semi-árido e estímulo a atividades geradoras de trabalho e renda. Segundo o coordenador do Comitê de Responsabilidade Social da Chesf, João Paulo Aguiar, a meta é destinar, em 2004, R$ 10 milhões para programas sociais. (Gazeta Mercantil, 10/12)
Telemar
O Instituto Telemar, organização sem fins lucrativos que atua na área de responsabilidade social, abriu inscrições para o Novos Brasis, programa de apoio e parceria para projetos sociais em 2004. O programa tem por objetivo contribuir para reduzir as distâncias sociais entre comunidades por meio da democratização do conhecimento e de ações capazes de inserir um número cada vez maior de brasileiros no mapa da cidadania. Os projetos deverão ter como foco prioritário a transformação social de comunidades de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), usando a tecnologia como fator de aceleração e beneficiando, primordialmente, crianças e jovens. As inscrições devem ser feitas até 11 de janeiro de 2004 pelo endereço eletrônico www.institutotelemar.org.br. (Diário do Nordeste, 10/12)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:
- Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
- Companhia Petroquímica do Sul (Copesul)
- Duas Rodas
- Fundação Banco do Brasil
- Fundação Bradesco
- Fundação O Boticário de Proteção à Natureza
- Instituto Telemar
- Instituto Votorantim
- Marisol S.A
- Nestlé
- Odebrecht
- Pfizer