Quarta-feira, 12 de dezembro de 2001
Por: GIFE| Notícias| 12/12/2001Cresce ação social de empresários
As motivações que levam o empresariado brasileiro a investir em ações sociais vão muito além dos incentivos fiscais oferecidos pelo governo. Para 73% das 47 empresas das regiões metropolitanas do Rio, Minas e São Paulo que participam do primeiro estudo qualitativo sobre os investimentos privados na área social, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), esses benefícios não são levados em consideração na hora de aplicar no social. O estudo divulgado ontem na sede do Ipea, no Rio de Janeiro, mostra que a partir dos anos 90 a preocupação em investir em programas sociais tomou impulso no Brasil. A explicação para isso inclui inúmeros fatores, como a abertura da economia, a privatização das estatais, o surgimento e o fortalecimento das ONGs. (Gazeta Mercantil, p. A-4 – Juliana Radler; Valor Econômico, p. B2 – Renata Batista – 12/12)
Advogados aderem ao voluntariado
Um grupo de 41 advogados e juristas lançou ontem, em São Paulo, o Instituto Pro Bono, uma associação que reunirá profissionais interessado em prestar, voluntariamente, serviços de advocacia a entidades não-governamentais. O instituto já conta com profissionais renomados de todas as áreas do direito entre os sócios fundadores. Como o Estado não cumpre seu papel social, as ONGs estão assumindo este papel. Todavia, elas precisam, para isso, de um apoio mais eficiente e eficaz também na área jurídica, afirma o presidente do instituto, o especialista em direito penal, Miguel Reale Júnior. (Gazeta Mercantil, p. A-9 – Clarissa Furtado; Valor Econômico, p. E1 – Daniela Cristovão – 12/12)
HSBC investe em educação e meio ambiente
Dame Mary Richardson emociona-se ao explicar porque sir John Bond, CEO do HSBC, resolveu doar grandes quantias em dinheiro para o Convent of Jesus and Mary Language School. O colégio, que ela dirigiu por 15 anos, atende cerca de mil garotas da área mais pobre de Londres, no norte da cidade. Mary Richardson hoje responde pela diretoria-executiva do Education Trust do HSBC. Os critérios do banco são claros. Pelo menos 75% dos recursos destinados aos programas voltados para a comunidade têm de ser aplicados em educação e meio ambiente, diz Mary. A empresa não divulga valores, mas desenvolve programas sociais em todos os 78 países onde está presente. No Brasil, são 38 programas volt ados para o atendimento de 20 mil crianças e adolescentes. (Valor Econômico, p. B2, 12/12 – Miriam Karam)
Fabricante de açúcar faz parceria com Instituto Ayrton Senna
A Copersúcar, fabricante do açúcar União, acertou uma parceria de quatro meses com o Instituto Ayrton Senna, que atende 400 mil crianças e adolescentes com projetos educacionais. Parte da receita obtida com a venda do açúcar neste período será repassada à entidade. Uma campanha publicitária nacional, que começará na sexta-feira (14/12), vai ajudar a divulgar o projeto, que tem o slogan Escute Seu Coração. As embalagens do produto trarão a figura do Senninha, imagem estilizada do tri-campeão Ayrton Senna. A Copersúcar chega a faturar 3,7 bilhões de reais por ano e está investindo 5 milhões de reais na campanha, incluindo gastos com o marketing, mas não revela quanto será destinado ao Instituto Ayrton Senna. Os royalties pagos pela utilização do personagem Senninha, bem como outras licenças ligadas ao nome do ex-piloto de Fórmula 1, são a principal fonte de renda do Instituto, que, segundo sua presidente, Viviane Senna, não faz pedidos para doações. Para ela, as pessoas e as empresas que querem colaborar devem ajudar com o que sabem fazer. (O Estado de S. Paulo, p. C6; Gazeta do Povo-PR, p.19 – 11/12)
Projeto leva crianças carentes ao cinema
Mais de 300 crianças, de cinco a 14 anos, moradoras de bairros da zona sul de São Paulo puderam assistir pela primeira vez a uma sessão de cinema. Elas participaram do lançamento do projeto Olho na Tela, idealizado pelo portal de Internet Cineclick, em parceria com a ONG Ação Comunitária do Brasil (ACB), que atende crianças pobres de periferia. O evento foi realizado na Casa dos Sonhos da Estrela, no Ibirapuera. As crianças adoraram o programa, que incluiu, além de uma sessão de Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme, presentes, encontro com Papai Noel e acesso aos brinquedos da casa. Permitir que essas crianças conheçam o cinema e mergulhem em sua fantasia é um dos principais objetivos do projeto. Para o ano que vem, o Cineclick, pretende expandir-se a todo o País e quer realizar pelo menos uma sessão por mês. (O Estado de S. Paulo, p. C7, 11/12 – Evanildo da Silveira)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: