Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2002

Por: GIFE| Notícias| 20/02/2002

Inscrições abertas para o Prêmio Ethos-Valor

Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Prêmio Ethos-Valor – Concurso Nacional para Estudantes Universitários sobre Responsabilidade Social das Empresas. Criado a partir da parceria do jornal Valor Econômico com o Instituto Ethos, o prêmio tem como objetivo envolver a comunidade acadêmica na discussão de temas sobre a responsabilidade social das empresas. Alunos de pós-graduação e aqueles que concluíram a graduação durante o ano de 2001 podem concorrer com trabalhos como monografias, estudos de casos, projetos-propostas e trabalhos de conclusão de curso. Para inscrever-se, o interessado deve acessar o site do Instituto Ethos (www.ethos.org.br) e preencher o formulário até o dia1/3. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3068-8539. (Valor Econômico, p. b2, 20/2)

ONGs e filantrópicas enfrentam mais pressão na hora de prestar contas

As filantrópicas e outras ONGs européias parecem estar com a popularidade em alta. Companhias estão solicitando cada vez mais os conselhos dessas organizações sobre meio ambiente, estratégias sociais e de cadeias de abastecimento. No entanto, esse grande destaque levanta questões difíceis para as ONGs. Elas agora enfrentam pressão para prestar contas. A escola de negócios Ashridge e a National Council for Voluntary Organizations recentemente perguntaram às 124 maiores organizações filantrópicas do Reino Unido quão influentes elas imaginavam ser, que demandas enfrentam para prestar contas e como viam o equilíbrio entre prestar serviços e promover campanhas. Todas as questionadas, que incluíam organizações como Friends of the Earth, Save the Children e WWF, possuem receita superior a um milhão de libras esterlinas (US$ 1,4 milhão) ao ano.

Empresas – O levantamento também revela um abismo entre as ONGs e o setor privado. Apenas 36% percebem que tiveram razoavelmente muito ou bastante sucessoem influenciar empresas, enquanto 45% disseram que tiveram muito pouco sucesso. As filantrópicas podem considerar as companhias como metas relativamente pouco importantes para influenciar, e parte porque elas só recebem uma minúscula parcela de sua receita do setor privado. Mas as ONGs também podem encontrar dificuldades para obter acesso ao mundo dos negócios, apesar de toda a retórica das companhias sobre abraçar os acionistas, diz Chris Gribben, co-autor do estudo e diretor-adjunto da Ashridge Centre for Business and Society. Houve alguma mudança, mas a responsabilidade social corporativa ainda é muito recente para as empresas, completa Gribben. (Valor Econômico, p. B2, 20/2 – Alison Maitland – Financial Times)

Cidadania empresarial e paz

Em artigo, Elcio Aníbal de Lucca, presidente da Serasa S/A, diz que a recente empreitada internacional contra o terrorismo representa uma inflexão histórica na forma de interpretar os desígnios humanos. Segundo o empresário, a promoção da exaustão e da esquizofrenia sociais é parte dos novos métodos terroristas, que têm como meio de sustento o tráfico de drogas e de armas. Neste contexto, as empresas vêm se tornando um pólo muito sedutor para as drogas. Primeiro, por que quem está empregado representa renda. Segundo, porque promove vários tipos de contatos sociais, onde se ampliam as oportunidades de multiplicação do consumo de drogas. Lucca lembra que as empresas mais organizadas estão atentas a esses acontecimentos, mas não podem focar suas ações apenas na recuperação do indivíduo que se envolve com drogas. É preciso criar a prevenção e a conscientização. A responsabilidade social e os programas de qualidade de vida nas empresas devem também ter este compromisso, que agrega maior cidadania às suas atividades de voluntariado, aos programas educacionais, de qualificação profissional e outros. As empresas possuem canais de informação, profissionais dispostos, testemunhos e, destacadamente, princípios que as qualificam como importante elemento nessa empreitada a favor do futuro e da paz. (Gazeta Mercantil, p. Centro-Oeste 2, 20/2)

Transparência no balanço social

Em artigo, João Sucupira, sociólogo e pesquisador do Ibase, afirma que nos últimos cinco anos, mesmo sob os ventos conturbados de um processo de globalização em crise, muitas empresas passaram a incorporar entre suas preocupações a responsabilidade social corporativa. De acordo com o articulista, afora os casos de dirigentes éticos que assumem o papel de agentes de mudança das condições sociais, são várias as razões para explicar essa tendência. A principal delas, sem dúvida, é a existência de uma expectativa da sociedade em relação à postura responsável das empresas, uma resposta pragmática a consumidores e cidadãos cada vez mais exigentes e cientes de seus direitos.

Balanço social – Sucupira lembra que em junho de 1997 o Ibase lançou a campanha da publicação do balanço social das empresas. O objetivo dessa iniciativa, segundo o articulista, não é apenas o de promover a divulgação dos projetos sociais e ambientais das empresas a partir de um novo modelo de balanço social, mas estimular o debate sobre a responsabilidade delas na construção de uma sociedade mais justa. Os dados do balanço social das empresas mostram que ainda há muito o que fazer para que se tornem, efetivamente, socialmente responsáveis. Porém, é preciso destacar que as 42 empresas que publicaram voluntariamente seus balanços sociais, em um esforço louvável de promover a transparência, deram um passo importante no sentido da necessária transformação. (Gazeta Mercantil, p. Centro-Oeste 2, 20/2)

Internet na educação

A operadora de telefone GVT lança oficialmente amanhã em Palmas, na Escola Municipal Vinícius de Moraes, o programa Educando GVT, que incentiva a utilização da Internet na educação de alunos da rede pública de ensino. A escola receberá uma linha telefônica exclusiva para acesso à rede mundial de computadores, isenta do pagamento da conta telefônica. A iniciativa atende hoje a 11 escolas municipais nos estados do Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O benefício deverá alcançar outros seis municípios da região Norte, totalizando investimentos de R$ 1 milhão. (Gazeta Mercantil, p. Centro-Oeste 2, 20/2)

Reflorestamento de letras

Em menos de um mês um novo tipo de inseto vai se juntar aos 10 milhões de espécies na Amazônia. Ele tem seis olhos, seis pernas, três bocas e vai polinizar 7.000 livros pela maior floresta do mundo. A criatura leva o nome de Expedição Vaga-Lume e é formada por três jovens que levantarão vôo em direção ao norte do País no Dia Internacional da Mulher. As vaga-lumes vão passar dez meses percorrendo todas as beiradas da região para implantar em comunidades carentes 22 bibliotecas voltadas a crianças e adolescentes. Com a ajuda de empresas como a Casa de Livros e com consulta a escritoras como Patrícia Secco e Ruth Rocha, as meninas montaram uma lista de 320 títulos, quase todos infantis e infanto-juvenis de autores nacionais. (Folha de S. Paulo, p. E1, 20/2 – Cassiano Elek Machado)

Sexo seguro

Escolas particulares do estado de São Paulo estão desenvolvendo o projeto de educação sexual Sexualidade: Prazer em Conhecer, da Fundação Roberto Marinho com apoio do Fundo Social de Solidariedade e das secretarias estaduais de educação e da juventude, e de esporte e lazer. Os kits, fornecidos a preço de custo, são compostos por um livro para o professor e fitas de vídeo com 20 programas sobre iniciação sexual, métodos contraceptivos, aborto, doenças sexualmente transmissíveis e Aids. A Schering do Brasil e a Fundação Roberto Marinho treinarão 80 educadores-multiplicadores e esperam, assim, difundir o material em duas mil escolas particulares. (Revista Educação, p. 13, fevereiro/2002)

Sombra futura

Fazendas em Bofete (SP), Buri (SP) e Pilar do Sul (SP) fazem parte do projeto Casa da Natureza, da Eucatex, voltado aos estudantes da rede pública. Desde 2000, as crianças realizam visitas supervisionadas, percorrendo trechos de matas ciliares preservadas no interior das reservas. Ao final do dia, assistem a palestras educativas e vídeos temáticos ambientais, que abordam também a coleta seletiva de lixo e reciclagem. Durante a visita, os alunos plantam mudas de árvores nativas, como pau-brasil, jequitibá, jatobá, cedro e jacarandá, com a intenção de formar um arvoredo. (Revista Educação, p. 16, fevereiro/2002)

Sorrir sem vergonha

A Colgate, prefeituras e secretarias de saúde ou de educação estão ensinando crianças a escovar os dentes. Recebendo um kit com sacola plástica, escova, pasta dental e um folheto explicativo e assistindo palestras com vídeos, 170 mil crianças de 89 municípios paulistas participam do Projeto Municípios 2001. Cerca de 700 localidades com aproximadamente três mil alunos matriculados da primeira à quarta série do ensino fundamental estão incluídos nesse projeto, que faz parte do programa Sorriso Saudável, Futuro Brilhante, desenvolvido desde 1994 em mais de 80 países onde a empresa atua. (Revista Educação, p. 16, fevereiro/2002)

Mão do Tio Sam

A Bloomberg, multinacional de serviço de informações, notícias e mídia, reformou e equipou duas salas de informática na Escola Estadual Emygdio de Barros, em São Paulo. A empresa já patrocina a escola há três anos, fazendo obras, comprando livros, mobília, equipamentos eletrônicos e linhas telefônicas. Os 2.200 alunos tinham uma sala com 10 computadores. Agora são duas, com 82 máquinas conectadas à Internet. (Revista Educação, p. 16, fevereiro/2002)

Respeito é bom

Quinze mil crianças aprenderam conceitos de cidadania com o projeto Brincando com Qualidade 2001, da TA Holding, cuja principal empresa controlada é a Transportadora Americana. Filhos de funcionários e alunos de primeira à quarta série de 30 escolas estaduais e municipais de Americana (SP), Campinas (SP), Sumaré (SP), São José dos Campos (SP), São Paulo e Rio de Janeiro desenvolveram atividades escolares com o material fornecido pela empresa. O tema deste ano será Brincando com Qualidade em Casa, que procura transmitir idéias de respeito e disciplina às crianças. Esse projeto existe há sete anos e está programado para mais quatro. (Revista Educação, p. 18, fevereiro/2002)

De grão em grão

O programa Reciclando na Escola, da Orsa Celulose, Papel e Embalagens, ganhou o primeiro lugar no Prêmio Ação pela Água, entre 46 trabalhos analisados pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Treze mil alunos de 35 escolas de Paulínia (SP) estão envolvidos no projeto desde 1999. Trinta funcionários e voluntários da empresa dão palestras nos colégios sobre a importância da reciclagem para o meio ambiente. Com o programa, houve uma redução anual dos resíduos no aterro sanitário da cidade de 1,8%, o que representa 230 toneladas a menos de lixo. (Revista Educação, p. 18, fevereiro/2002)

Pequenos Craques busca formar atletas

O projeto Pequenos Craques, criado a partir de um convênio entre o Uberlândia Esporte Clube (UEC) e a Associação de Pais e Amigos do Esporte (Aspae), ensina futebol para 500 crianças e adolescentes de baixa renda em Uberlândia (MG). O objetivo é formar jogadores para disputarem campeonatos e, futuramente, tornarem-se grandes atletas. De acordo com o presidente da Aspae, a intenção do projeto é tentar um convênio com qualquer universidade e com a Secretaria Municipal de Saúde, pois a escolinha não conta com a ajuda de especialistas em educação física e nutricionistas. (Correio-MG, p. Esportes 2, 10/2)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Bloomberg
  • Casa de Livros
  • Colgate
  • Eucatex
  • Friends of the Earth
  • Fundação Roberto Marinho
  • GVT
  • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  • Orsa Celulose, Papel e Embalagens
  • Save the Children
  • Schering do Brasil
  • TA Holding
  • Transportadora Americana
  • Uberlândia Esporte Clube (UEC)
  • Valor Econômico
  • WWF
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