Quarta-feira, 20 de março de 2002
Por: GIFE| Notícias| 20/03/2002Empresa & Comunidade
O jornal Valor Econômico publicou na edição de hoje o caderno especial Empresa & Comunidade. Veja abaixo o resumo das matérias.
Crianças e adolescentes têm mais espaço na mídia
Nos últimos cinco anos, o espaço dedicado pela mídia impressa às crianças e aos adolescentes cresceu mais de 600%. Pesquisa realizada pela ANDI- Agência de Notícias dos Direitos da Infância mostra que, de janeiro a dezembro de 1996, a população infantil e adolescente foi objeto de 10,7 mil reportagens; no ano passado estava no foco de 75,7 mil notícias em 54 jornais e 10 revistas do País. Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, um dos realizadores da pesquisa, identifica os resultados como uma conjugação de três fatores: a evolução rápida e crescente da consciência da sociedade sobre a necessidade de buscar soluções para a nova geração – refletida e alimentada pela mídia; o trabalho da ANDI, que desde sua fundação, em 1992, trabalha para colocar crianças e adolescentes na pauta da imprensa; e o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, que anuncia amanhã, em São Paulo, os vencedores da quinta edição do Prêmio. (Valor Econômico, 20/3 – Célia Rosemblum)
Doação e arrecadação de alimentos são paliativos
Crescem as iniciativas de combate à fome por meio de doações e campanhas que usam a solidariedade como arma. Mas os próprios participantes admitem que elas são meras medidas paliativas. Se não distribuirmos renda, continuaremos sempre dependendo dessa generosidade, analisa Silvio Porto, coordenador do Programa de Segurança Alimentar do Rio Grande do Sul. Em Minas Gerais, a Federação das Indústrias do Estado (Fiemg), criou os Voluntários das Gerais, um programa de estímulo ao voluntariado empresarial e às ações de combate à fome por meio do programa Mesa Minas. Coletamos e depois distribuímos os alimentos, explica Guilherme Campos, coordenador da implantação do programa. Lívio Giosa, secretário-executivo do Coepe (Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida), que coordenou a campanha Natal sem Fome, contabiliza 49,5 mil pessoas beneficiadas em 2001, quase nove vezes mais do que no ano anterior, levando alimentos a 250 entidades. Se o sucesso é crescente, por que não se faz campanhas do gênero permanentemente? No final do ano as pessoas ficam mais sensíveis e dispostas a colaborar, admite o secretário do Coepe, que planeja iniciativas freqüentes. (Valor Econômico, 20/3 – Mauro Cezar Pereira)
Empresa estimula a participação dos funcionários
Nos últimos anos, cada vez mais empresas vêm se engajando no combate à fome, o que gera elogios e críticas. Há quem veja a participação da iniciativa privada como irreversível e preveja, inclusive, que no futuro haverá consumidores comprando apenas de quem participa dessas ações sociais. Outros questionam as companhias que colaboram em iniciativas do gênero e pagam salários baixos a seus empregados e usam os programas apenas como marketing. Independente de ressalvas, companhias como a Nestlé tocam seus projetos. O Nutrir, programa de educação alimentar da companhia, recebeu investimento de R$ 1 milhão em 2001 e beneficiou 70 mil crianças, segundo a empresa. Ele estimula a participação dos funcionários – cerca de 6.900 deles, o equivalente a 53%, doam parte de seus salários para o projeto. A companhia contribui com quantia idêntica ao total doado por eles, e 1.250 atuam como voluntários. Criado em 1999, o programa é direcionado a crianças e adolescentes de cinco a 14 anos e deverá servir de referência para projetos em outros países. Entre outros exemplos de empresas que desenvolvem projetos de combate à fome está a fabricante norueguesa de papel Norske Skog, que por meio do projeto Feijão com Arroz cede uma área na zona rural a pessoas que recebem sementes e adubos. Em São Paulo, a alemã Bosch organiza ações com voluntários para recolher alimentos não-perecíveis. Pensando em realizar três ações voltadas à população carente até o final de 2002, a rede de fast food árabe Mister Sheik lançou o projeto Sheik Cidadão. Neste mês, levará 30 crianças de até cinco anos ao cinema e depois dará a elas um kit com esfihas e refrigerante, além de um presente surpresa. (Valor Econômico, 20/3 – Mauro Cezar Pereira)
Arte e cidadania nas escolas
Festival de música, dança, produção de jornal, teatro e até cultivo de hortas e plantas medicinais são projetos de alunos de 25 escolas públicas do ensino médio do Distrito Federal. Os trabalhos dos estudantes fazem parte do Programa Largada 2000, que propõe como método pedagógico a educação por projetos idealizados pelos alunos. A iniciativa é resultado de uma parceria do Instituto Ayrton Senna com a TCO Telebrasília Celular e a Fundação Athos Bulcão, que executa o programa no Distrito Federal. (Jornal de Brasília, p. Vá a Luta 9, 20/3)
Stagium pretende ampliar ações sociais e artísticas
Uma das principais características do Balé Stagium é o comprometimento com questões sociais. Atualmente, o grupo está envolvido com uma série de projetos como o Joaninha, que atende a crianças de escolas públicas, e o Professor Criativo, que sugere aos professores meios criativos de ensinar. Mas a iniciativa mais expressiva é o Dança na Febem, que consiste em levar a dança de rua e a cultura do hip hop aos adolescentes internados nas instituições de São Paulo. O Stagium conta com o patrocínio do Instituto Camargo Corrêa, da BR Distribuidora e da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. (O Estado de S. Paulo, p. D6, 19/3 – Karla Dunder)
Arte para combater a pobreza
Entre tantos projetos sociais desenvolvidos em bairros carentes, os que apresentam propostas destinadas à educação são quase sempre uma esperança para o futuro da população. A Oficina de Fotografia e Identidade, realizada em Natal, é um exemplo desse tipo de projeto. Com o objetivo de despertar nos jovens a consciência crítica sobre a realidade em que vivem, uma reunião de ONGs, que se intitulam Fórum Engenho de Sonhos de Combate à Pobreza, promoveu oficinas fotográficas, entre outras atividades, em alguns bairros pobres de Natal. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte e financiada pela Fundação Kellogg. (Tribuna do Norte-RN, p. Viver 5, 16/3)
Pomar tem novo parceiro
Um ano depois de sua última visita ao Brasil, o presidente da Fundação Deutsche Bank, Gary Hatten, retornou a São Paulo com uma missão especial: plantar um ipê-amarelo às margens do Rio Pinheiros. Dessa maneira, ele deu início a sua contribuição ao Projeto Pomar, uma iniciativa do Jornal da Tarde em parceria com o governo do estado de São Paulo e empresas privadas, que vem desde 1999 promovendo a arborização e ajardinamento das margens do Rio Pinheiros, praças e escolas de São Paulo. (
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: