Quarta-feira, 23 de outubro de 2002

Por: GIFE| Notícias| 22/10/2002

O Terceiro setor gira R$ 12 bilhões por ano

Apesar de o consumidor brasileiro definir sua compra pelo preço do produto, empresas com atuação socialmente responsável fazem parte de uma tendência sólida e irreversível. A avaliação é do diretor de assuntos corporativos da Natura, Rodolfo Gutilla. A empresa faz parte do ainda limitado grupo que procura fazer negócios de maneira ética, responsável e cidadã. Segundo estudo realizado pelo Instituto Ethos e pela Indicator Pesquisa de Mercado, apenas 16% dos consumidores brasileiros consideram a ação socialmente responsável no momento de se decidir por uma compra. Na Austrália, esse índice chega a 60%, e na Argentina, a 24%. O Brasil registra hoje 250 mil organizações não-governamentais que receberam, em 1995, R$ 1,1 bilhão em doações de quase 15 milhões de brasileiros. A participação do terceiro setor no PIB nacional é de 1,5%, ou R$ 12 bilhões.(Gazeta Mercantil, p.A8, 23/10 – Tânia Nogueira Alvares)

Empresários querem adesão das universidades

O Conselho de Cidadania Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Instituto Ethos se reuniram semana passada com professores universitários de vários estados para discutir a inclusão do tema responsabilidade social das empresas nas salas de aula daquelas instituições. Para o presidente do Ethos, Oded Grajew, “”é preciso trabalhar para que o setor empresarial assuma a responsabilidade social como forma de gestão dos negócios””. Segundo o vice-presidente do Conselho na Fiemg, Francisco de Assis Azevedo, a responsabilidade do meio acadêmico é grande, pois os problemas que mais têm impacto negativo nos negócios são mão-de-obra pouco qualificada e educação deficiente. (Diário da Tarde-MG, p. 8, 19 e 20/10)

USP formará gestores para atuar na área social

A Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo (USP), inicia no próximo ano o curso MBA em Gestão e Empreendedorismo Social. Serão abertas 30 vagas, com a discussão de cases do Brasil, Colômbia, Chile, Costa Rica, México, Argentina e Estados Unidos. O curso, formatado pela experiência de dez anos do Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor (CEATS), terá parceria com a Harvard Business School. (Gazeta Mercantil, p. A8, 23/10)

Responsabilidade social leva a bons resultados

As empresas começam a perceber que não basta aliar qualidade, preço, serviços e marketing para vencer a concorrência do mundo globalizado. Na Eliane Revestimentos Cerâmicos, de Cocal do Sul (SC), a preocupação está em desempenhar um papel importante nas comunidades onde a empresa está inserida. Exemplos da ação da Eliane são a manutenção de uma escola gratuita que forma técnicos em cerâmica e sua inclusão pioneira no programa Alfabetização Solidária, na Bahia, onde atuam duas de suas filiadas (Iasa e Céramus). (Gazeta Mercantil, p. A8, 23/10)

O ganho da construção civil com a alfabetização

Em Pernambuco, programa de alfabetização nos canteiros de obras, firmado em 1999 entre o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) está retirando trabalhadores da exclusão educacional. O presidente do sindicato, Antônio Carrilho, explica que as construtoras decidiram apostar na formação do trabalhador por duas razões: as exigências da nova realidade econômica e a necessidade de redução nos altos índices de acidentes de trabalho no setor. (Gazeta Mercantil, p. A8, 23/10)

Programa de informática do Instituto Ayrton Senna beneficia 28 mil alunos

Entre as instituições que possuem iniciativas para amenizar o analfabetismo digital e que lutam para incrementar a tecnologia no ensino tradicional está o Instituto Ayrton Senna, que lançou, em 1999, o “”Sua Escola a 2000 por Hora””. O programa atende a 56 escolas públicas de dez estados do país e beneficia diretamente 28 mil alunos. Contando com a parceria da Microsoft e da TCO Celular nas regiões cobertas pela operadora e buscando um novo modelo de educação, o programa implantou nas escolas laboratórios com sete computadores, todos com acesso à Internet. (Folha de Pernambuco, Informática, p-3, 23/10)

Camargo Corrêa cria instituto que apóia infância e adolescência

Em dezembro de 2000, o grupo Camargo Corrêa criou o Instituto Camargo Corrêa, entidade que apóia, com recursos financeiros e técnicos, projetos de ONGs, dirigidos especialmente à infância e adolescência nas áreas de cultura, educação e saúde. Os projetos da entidade são destinados para aproximadamente 10 milhões de pessoas – número de crianças e adolescentes que vivem em situação de miséria no país. O instituto conta com orçamento anual de R$ 3,5 milhões. (Gazeta Mercantil, p. A8, 23/10 – Luciana Franco)

Campanha ajuda a arrecadar recursos para AACD

Por conta da campanha promovida pelas agências de publicidade Lage´Magy, Agnelo Pacheco, Sun MRM e McCann-Erickson e pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) arrecadou, em 2001, R$ 11,5 milhões com contribuições para o Teleton, maratona televisiva que anualmente arrecada recursos para a entidade. O resultado do ano passado foi 21% maior do que o obtido em 1999. (Gazeta Mercantil, p. A8, 23/10 – Rodrigo Squizato)

Inclusão digital vai muito além do PC

A realização da primeira eleição digital mostrou quanto o Brasil ainda tem que enfrentar para superar a exclusão digital, visto por muitos como uma ameaça à busca da igualdade social tão forte quanto a fome e a falta de saúde. Segundo o IBGE, 90% da população não têm acesso aos meios de informação digital, apesar da disseminação dos terminais eletrônicos de bancos, por exemplo. Essa perspectiva vem estimulando empresas, ONGs e o Poder Público a investir em programas de inclusão digital em todo o mundo. Para o sociólogo Sérgio Amadeu Silveira, autor do livro “”Exclusão Digital””, a sociedade da informação tende a provocar uma ampliação da miséria ao distanciar ainda mais os que possuem dos que não possuem. (Valor Econômico, p. F2, 21/10 – Shirley Ribeiro)

Combate envolve empresas

Sob o comando da Fundação Abrinq, os empresários brasileiros despertaram para a necessidade de erradicar a exploração de mão-de-obra infantil, por meio da criação do selo Empresa Amiga da Criança. A iniciativa serviu para estimular empresários a excluir de toda a linha de produção o uso de mão-de-obra de crianças e adolescentes. Agora, a concepção de responsabilidade nesse processo chega aos supermercados de Minas Gerais, com ações que buscam conscientizar a população para os malefícios do trabalho infantil doméstico. Essas ações são fruto da parceria entre a Organização Internacional do Trabalho, que possui um programa especialmente desenhado para combater esse tipo de exploração, e a Associação Mineira de Supermercados. A idéia é divulgar nos supermercados mensagens que tratem do assunto. (Estado de Minas, p.24,, 18/10)

Shows e solidariedade

Em 3 de novembro começa a arrecadação do Teleton, evento transmitido pelo SBT que beneficia a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Este ano os shows artísticos serão nos dias 8 e 9 de novembro e contarão com a presença dos cantores Kelly Key e Daniel. O Teleton nasceu em 1966 nos Estados Unidos, por iniciativa do humorista Jerry Lewis. Atualmente mais de 20 países realizam o evento. (O Popular-GO, p.12, 18/10)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Instituto Ethos
  • Natura
  • Indicator Pesquisa de Mercado
  • Instituto Ayrton Senna
  • Eliane Revestimentos Cerâmicos
  • Serviço Social da Indústria (Sesi)
  • TCO Celular
  • Microsoft
  • Instituto Camargo Corrêa
  • Associação Mineira de Supermercados
  • Fundação Abrinq
  • SBT
  • Lage′Magy
  • Agnelo Pacheco
  • Sun MRM
  • McCann-Erickson
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