Quarta-feira, 6 de junho de 2001
Por: GIFE| Notícias| 06/06/2001Instituto Ethos lança guia de balanços sociais
O Instituto Ethos lançou ontem (5/6), na abertura da Conferência Nacional 2001 de Empresas e Responsabilidade Social, um guia que tem como objetivo criar um padrão nacional para a elaboração de balanços sociais. A entidade ampliou o modelo proposto pelo Ibase e inspirou-se em propostas feitas pelo Institute of Social and Ethical Accountability, da Inglaterra, e da Globbal Reporting Initiative, grupo que busca estabelecer um padrão mundial de avaliação. Cerca de 200 empresas brasileiras já fazem seus balanços, mas não há nenhuma padronização, diz Valdemar de Oliveira Neto, superintendente do Instituto Ethos. (Gazeta Mercantil, p. C-5 – Regina Scharf; Valor Econômico, p. B2 – Celia Rosemblum – 6/6)
Ethos promove conferência sobre responsabilidade social em São Paulo
O Instituto Ethos promove, de 5 a 8 de junho, em São Paulo, a Conferência Nacional 2001 – Empresas e Responsabilidade Social. O evento avalia e divulga práticas de responsabilidade social das empresas, como o impacto na imagem da empresa. O balanço social, como ferramenta de gestão dos negócios, a ética e o consumo responsável também são debatidos na Conferência. (Andi)
Fundação Iochpe cria sua franquia social
A Fundação Iochpe lançou ontem o processo de franqueamento do Programa Formare, que oferece formação profissionalizante e perspectivas reais de emprego a jovens de baixa renda. A idéia é usar um modelo bem sucedido de educação profissionalizante, que surgiu nas fábricas das empresas Maxion, no Rio de Janeiro, e aumentar o número de participantes. Os interessados assinam um contrato de franquia com a Fundação Iochpe e recebem todo o material necessário para o curso, como manuais, programas de capacitação e suporte na implantação da escola. (Valor Econômico, p. B2, 6/6)
Empresas se preocupam com o meio ambiente
Na virada deste novo século, o setor privado brasileiro vem colocando entre suas prioridades a questão da responsabilidade social. Várias fundações, como Ford, Rockefeller, Kellogg e MacArtur, criaram fundações, desenvolveram projetos e ampliaram suas idéias. Estudo realizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), consultou 810 empresas e constatou que 35% criaram institutos ou fundações para concretizar investimentos sociais. Várias instituições dos setores de moda e beleza estão voltando suas prioridades para a questão do meio ambiente. É o caso da Cia. Hering que em 2000 investiu mais de R$ 1 milhão na conservação da Mata Atlântica, a Avon, a Natura e O Boticário, que se preocupam, por exemplo, com o uso adequado dos recursos naturais não renováveis. (O Povo-CE, p. Delas 3, 3/6 – Ana Naddaf)
Ecologicamente correto
A Coca-Cola aproveita a Semana do Meio Ambiente e lança hoje o Manual de Reciclagem de Embalagens para todos os seus fabricantes do país. A publicação fornece passo a passo as indicações para a implantação do programa de reciclagem, que receberá investimentos de R$ 700 mil este ano. (Folha de S. Paulo, p. B 2, 6/6)
Febem ganha aulas de informática e cidadania
A unidade de Tatuapé-SP da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) foi a primeira beneficiada pelo programa de Informática e Cidadania. A iniciativa é uma parceria da Consultoria Price WaterHouse, da ONG Comitê para Democratização da Informática e da Câmara Americana de Comércio e tem como objetivo a criação de oportunidade de trabalho para os adolescentes infratores quando saírem das unidades, por meio de aulas de informática e conceitos de cidadania, direitos humanos e saúde. A primeira turma tem 60 alunos e a intenção é atender a todos os jovens, expandindo para outras unidades. (O Estado de S. Paulo, p. C3, 6/6 – Valéria Rossi)
Empresa & Comunidade
O jornal Valor Econômico publicou na edição de hoje (6/6) o caderno especial Empresa & Comunidade. Veja abaixo o resumo das matérias:
Pesquisa revela expectativas do consumidor – As empresas nunca acharam o mercado tão hostil como se encontra agora. Além de todos os problemas que vêm enfrentando como obrigações de pagar pelos males causados pelo uso do cigarro, no caso da indústria do tabaco e a abdicação dos lucros nas vendas de remédios para países pobres, no caso da indústria farmacêutica, os consumidores também resolveram exigir que as corporações façam sua parte para contribuir com o social, além de gerar empregos. A pesquisa Atuação Social das Empresas – Percepção do Consumidor, feita em parceria pelo jornal Valor e o Instituto Ethos de Responsabilidade Social, ouviu 1.002 pessoas, de nove regiões metropolitanas, e revelou que há uma crescente preocupação quanto aos aspectos humanos do mundo empresarial. Ao julgar se a empresa é ruim ou boa, 63% dos entrevistados levam em conta o tratamento dispensado aos funcionários e a ética na condução dos negócios. Os brasileiros esperam mais das empresas do que bons produtos. As pessoas esperam também que as organizações ajudem a resolver os assuntos que o poder público não resolve e que contribuam para a redução da desigualdade entre ricos e pobres. (Valor Econômico, p. F1, 6/6 – Célia Resemblum)
O consumo consciente e sua capacidade de transformar o mundo – Em artigo, Hélio Mattar, diretor-presidente da Fund ação Abrinq e presidente do Instituto Akatu, afirma que o aumento da poluição no mundo é decorrente do aumento de produção e consumo e que isso está causando, entre outras coisas, mudanças climáticas bruscas. O consumo médio de cada pessoa no mundo é de 20 litros de água por mês, e apenas 1% da água de todo o planeta pode ser consumida pelo homem. São estas e outras questões que vem levando as empresas e organizações a tomarem medidas para transformar o desperdício em consumo consciente. A cada dia as corporações divulgam mais suas ações de responsabilidade social para que as pessoas as valorizem e se motivem a consumir produtos delas. Além de preservara natureza e zelar do bem estar social, é obrigação dos consumidores também fortalecerem as atitudes justas para com o planeta. (Valor Econômico, p. F2, 6/6)
Consumidor debate conduta ética – A pesquisa Responsabilidade Social das Empresas – Percepções do Consumidor, realizada pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e o jornal Valor Econômico, revelou que no último ano 75% dos brasileiros debateram sobre o comportamento ético e social das empresas. Desses, 23% o fizeram diversas vezes, 31% algumas e 11/% pelo menos uma vez. Enquanto é valorizada em alguns de seus aspectos, mas não completamente compreendida pela sociedade, a prática da responsabilidade social pelas companhias tem um peso limitado nas decisões de compra. No último ano, 13% dos consumidores puniram empresas que não consideram socialmente responsável deixando de comprar seus produtos ou fazendo críticas a outras pessoas. (Valor Econômico, p. F3, 6/6 – Célia Rosemblum)
Organizações são respeitadas e temidas – Os brasileiros olham as grandes empresas com um misto de admiração e um certo temor. Respeitam as organizações que construíram um nome reconhecido e dão retorno às comunidades nas quais operam. Acham que seus dirigentes podem ser lideranças melhores para o futuro que os atuais políticos. Quanto à responsabilidade social empresarial, três em cada quatro cidadãos acreditam que a melhor forma de as grandes instituições serem socialmente responsáveis é operar com lucro, porque isso significa segurança de emprego e pagamento de impostos para cumprir muitas tarefas na sociedade. (Valor Econômico, p. F4, 6/6 – Célia Rosemblum)
Gerar lucro e empregos é insuficiente – Colocar a empresa em sintonia com os atuais anseios do consumidor brasileiro é uma tarefa de fôlego. Gerar lucro e empregos, respeitar as leis e cumprir a agenda tributária são condições necessárias, porém não suficientes, para garantir que a organização desfrute de uma boa imagem perante a opinião pública. Para 66% dos brasileiros, as empresas têm um papel na sociedade que transcende a missão corporativa básica de realizar lucros e cumprir a lei. O estabelecimento de padrões éticos mais elevados e a participação ativa na construção de uma sociedade melhor para todos devem acompanhar essa tarefa na opinião de 35%. Outros 31% são favoráveis a um padrão de comportamento intermediário, segundo a pesquisa Atuação Social das Empresas – Percepção do Consumidor. (Valor Econômico, p. F5, 6/6 – Célia Rosemblum)
Concurso vai distribuir R$ 180 mil – Criado em 1995, o Prêmio Itaú-Unicef – Educação e Participação pretende incentivar programas de instituições que contribuam para uma educação pública de qualidade. O tema desta edição é O Direito de Aprender. A continuidade do programa é uma preocupação dos organizadores desde o seu lançamento. Com a criação da Fundação Itaú Social foram garantidos patrimônio e capacidade de gerar recursos que asseguram a vida do prêmio, diz Antônio Jacinto Matias, vice-presidente de programas sociais da Fundação. O novo braço das ações sociais do Banco Itaú nasceu com um patrimônio de R$ 170 milhões. Em 2001, estão previstos investimentos entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. As inscrições para o Prêmio vão até o dia 30/6. Fichas e regulamentos estão disponíveis nas agências do Itaú. (Valor Econômico, p. F6, 6/6)
Responsabilidade social vira notícia na rede CBN – A CBN, rede de emissoras que atua em 21 cidades do país, lançou o projeto Empresa Voluntária, que consiste em uma série de reportagens de vários formatos sobre empresas que desenvolvem ações sociais. A idéia básica do programa é, ao dar uma notícia sobre uma empresa que atua no campo social, incentivar outras a terem atitudes semelhantes. Queremos divulgar projetos eficientes e criativos de empresas de qualquer porte, afirma Paulo Novis, diretor-geral do Sistema Globo de Rádio. (Valor Econômico, p. F7, 6/6 – Carlos Motta)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:
O clipping Investimento Social Privado – Cobertura da Mídia é atualizado de segunda a sexta-feira. O informativo algumas vezes traz notícias veiculadas em dias anteriores devido ao atraso com que os jornais de regiões mais distante chegam a Brasília. Todos os títulos originais das matérias foram mantidos.