Quinta-feira, 1 de março de 2001

Por: GIFE| Notícias| 01/03/2001

Banco ganha com questões ambientais

Dois bancos brasileiros, o BBA Creditanstalt e o Unibanco, estão mostrando o que o mercado financeiro está preparando para atender a parcela de clientes mais preocupada com a responsabilidade social e a ética. O BBA criou no final do ano passado o Sistema de Administração Ambiental, que vai permitir ao banco captar com mais facilidade recursos de instituições como o IFC (braço de investimento do Banco Mundial), para serem repassados para investimentos que apresentem baixo risco ao meio ambiente. Já o Unibanco vai oferecer a seus clientes – por enquanto somente os estrangeiros – relatórios de análise de ações contendo também informações sobre a atuação ambiental e social da empresa.
(Gazeta Mercantil, p. B-4, 23/2 – Mauro Teixeira)

Um retrato da responsabilidade social

Em artigo, Marcelo Barroso, engenheiro agrônomo e pesquisador-visitante do Centre for the Study of Cooperatives, University of Saskatchewan, Canadá, afirma que a responsabilidade social empresarial não deve ser encarada como uma atitude estática, mas sim como um processo cultural estocável, algo que as empresas começam a integrar na sua cultura e organização internas a partir de um ponto inicial que é aumentado e melhorado continuamente. Segundo o articulista, partindo do relatório Responsabilidade Social das Empresas – Percepção e Tendências do Consumidor Brasileiro, editado pelo Instituto Ethos, apenas 16% das pessoas atribuem a responsabilidade de progredir economicamente às empresas. Além disso, os consumidores dificilmente cobram das empresas as atitudes que eles valorizam: apenas 24% deles premiaram alguma vez uma empresa que considerassem socialmente responsável no último ano.
(Gazeta Mercantil, p. A-2, 1/3)

Banco Rio de Alimentos põe a mesa nos asilos

Criado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o Banco Rio de Alimentos não aceita doações em dinheiro, mas não recusa lata de salsichas que não vão para as prateleiras simplesmente porque estão com o peso um pouco abaixo do que está estipulado na embalagem. Também aceita doações de empresas que usam apenas parte de um alimento e jogam o restante no lixo. Estas doações são fundamentais para garantir complementos de refeições para 7.700 crianças e adultos carentes assistidos pelas entidades conveniadas. Uma cadeia de comida árabe doa ao banco partes de abobrinha e folhas de repolho que não são aproveitadas nos quitutes. Uma rede que vende hortifrutigranjeiros doa, diariamente, alimentos e legumes em perfeito estado mas que seriam discriminados pelos clientes mais exigentes no dia seguinte.
(O Globo, p. 19, 25/2 – Paulo Roberto Araújo; Folha de S. Paulo, p. Coluna Social 13, 1/3 – Elka Andrello, Adriana da Glória e Tainá Guedes)

Perto das crianças e do computador

As empresas estão adotando uma nova postura diante do problema que aflige muitas pessoas: conciliar filhos com carreira profissional. As empresas estão mais abertas a negociar relações de trabalho flexíveis e facilidades trazidas pela tecnologia. Com laptop, celular, Internet e o consentimento do chefe, profissionais estão levando o trabalho para perto dos filhos. A organização Families and Work Institute (Instituto Família e Trabalho), sediada em Nova York, fez uma pesquisa e constatou que, entre os pais de crianças de 0 a 3 anos que trabalham, metade termina o dia com a sensação de que passou menos tempo com seus filhos do que gostaria. Resultado: profissionais estressados, culpados e desmotivados no trabalho.
(Gazeta Mercantil, p. 17, 23/2 – Graziella Beting)

Clubes bancarão reforma em 37 centros esportivos

Os 18 maiores clubes esportivos e socioculturais de São Paulo irão promover reformas nos 37 centros esportivos municipais que hoje estão em mau estado de conservação ou sem condições de uso pela população. Cada clube vai poder adotar dois centros e ajudar na recuperação. Haverá reformas de piscinas, vestiários, quadras e tudo o que for preciso, anunciou a prefeita Marta Syplicy (PT).
(Diário Popular-SP, p. 8, 23/2 – Eduardo Reina)

Projeto Axé pode ganhar novo parceiro

Uma futura parceria entre o Instituto Credicard e o Projeto Axé ganhou força no último dia 22/2 com a visita da presidente do instituto, Marina Foste, às instalações do projeto baiano no Pelourinho. Há mais de oito meses o Instituto Credicard iniciou o processo de aproximação com o Axé. Tendo financiado outras iniciativas baianas, a instituição reserva US$ 1,5 milhão por ano para apoiar projetos para crianças e adolescentes centrados na arte-educação e no esporte.
(A Tarde-BA, p. 7 – Olenka Machado; Tribuna da Bahia, p. 8 – Carla Cruz – 23/2)

Crescem investimentos em ações sociais

O projeto Calçando o Amanhã, idealizado pelo presidente da Celulose Nipo-Brasileira S.A., Vítor Costa, permitiu que crianças de sete a 14 anos, moradoras da região do Vale do Aço, em Minas Gerais, deixassem de percorrer descalças os sete quilômetros que as separam da escola. O projeto chega para complementar outro, o Mutirão da Educação, pelo qual se distribuem, há sete anos, material escolar e livros. Eu quase não acreditei quando, há dois anos, participei da entrega de material aos estudantes e vi que a maioria estava descalça. O choque foi maior quando perguntei a uma criança onde ela morava e ela me respondeu que sua casa ficava a sete quilômetros da escola. Foi aí que pensei no projeto do calçado, conta Vítor Costa.
(Jornal do Brasil, p. 10, 26/2 – Beth Lopes)

Viviam foram da lei. Foram salvos

Quarenta crianças participam de atividades culturais e artísticas na sede da Fundação Orsa, mantida por um dos maiores grupos do setor de papel do Brasil. Elas pertencem a famílias que moravam ou ainda vivem no lixão. Queremos evitar que elas sejam obrigadas a trabalhar no lixão. A estratégia é usar atividades culturais para estimular a auto-estima e o sentido de cidadania, explica Vera Melis, coordenadora do Núcleo de Educação da Fundação Orsa, responsável pelo programa.
(O Estado de S. Paulo, p. A10, 25/2 – Marta Avancini)

Responsabilidade social e universidade

Em artigo, Roseli Fischmann, professora de pós-graduação na USP e na Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que o desenvolvimento das atividades ligadas à responsabilidade social das empresas traz a oportunidade de reflexão acerca de um campo de possibilidades que está ainda por ser explorado. Trata-se da cooperação com as universidades, notadamente as públicas, em termos de promover o desenvolvimento de projetos de investigação nas diversas áreas científicas, mediante concessão de financiamentos.
(Correio Braziliense, p. 5, 26/2)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:
– BBA Creditanstalt
– Celulose Nipo-Brasileira S. A.
– Fundação Orsa
– Instituto Credicard
– Instituto Ethos
– Serviço Social do Comércio
– Unibanco

O clipping Investimento Social Privado – Cobertura da Mídia é atualizado de segunda a sexta-feira. O informativo algumas vezes traz notícias veiculadas em dias anteriores, devido ao atraso com que os jornais de regiões mais distante chegam a Brasília. Todos os títulos originais das matérias foram mantidos.

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