Canto da Rocinha

O Coro Infantil e Juvenil da Escola de Música da Rocinha, no Rio de Janeiro, acaba de lançar o CD Paz, pela gravadora Sony Music. São 15 crianças e 32 adolescentes, de nove a 21 anos que fazem parte da ONG Rocinha Comunidade XXI. A obra traz 12 faixas e está à venda em todo o país. O dinheiro arrecadado deverá diminuir os problemas enfrentados, sobretudo, nas cinco creches da comunidade. Há a expectativa, também de que, ao ouvir o disco, as pessoas sintam-se tentadas a doaroutras coisas. A escola foi fundada em junho de 1994 pelo pianista e concertista alemão Hans Urich Kock, que consegue doações do exterior e vem ao Brasil duas vezes por ano supervisionar o projeto. (A Tarde-BA-BA, Cad. 2, p. 1 – Iza Calbo)

Lendo para as crianças

Milu Villela e Maria Lucia Alckmin, uma pelo Comitê do Ano Internacional do Voluntariado, outra pelo fundo de Solidariedade do governo do estado de São Paulo, mais a Associação Brasileira de Editores, a Agência Nacional de Livros, a Central de Outdoors e um grupo de profissionais de rádio, fizeram uma parceria para realizar o projeto Era Uma Vez. O trabalho incentiva a doação de livros para entidades que cuidam de crianças e convoca os doadores a irem às instituições para ler histórias às crianças. A campanha, que já deu certo no interior, estará em 35 outdoors espalhados pela cidade e será mencionada em várias emissoras de rádio. (O Estado de S. Paulo, p. D5, 24/12)

RCC é premiada na área social

O trabalho social desenvolvido pela Rede Calderaro de Comunicação (RCC), que reserva espaço para a defesa dos menos favorecidos, foi apontado pela Prefeitura de Manaus como um dos mais importantes no setor da cidade. O grupo será um dos homenageados com o prêmio Mérito Social, instituído pelo prefeito Alfredo Nascimento por meio do Decreto nº 5.363, de 21/12/00. O poder público faz sua tarefa da melhor forma possível, dentro de suas possibilidades. Mas são as entidades privadas ou filantrópicas as grandes parceiras nos trabalhos da área social, possibilitando ao Brasil manter sob controle os problemas nesse setor, disse o secretário municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Sabá Reis. Ele diz que essa é a forma de a administração municipal dizer muito obrigado a essas instituições e a personagens que com suas atividades realizam um expressivo trabalho social. O prêmio foi entregue a 12 homenageados no dia 27 de dezembro de 2001. (A Crítica-AM-AM, p. C4, 22/12)

A nação solidária

Em artigo, o editor Milton Mira Assumpção Filho,presidente da Pearson Education do Brasil e da Makron Books, afirma que o Ano Internacional do Voluntariado terminou oficialmente em 31 de dezembro, mas que o conceito que inspirou sua instituição pela ONU deve ser perpetuado este ano. Nesse sentido, é muito gratificante constatar na mídia que os investimentos privados no setor social deverão crescer no Brasil em 2002, segundo estimativas de numerosas organizações que atuam no chamado terceiro setor. Essa disposição das empresas, fundações e institutos a elas vinculados, bem como das ONGs nacionais, demonstra que a consciência relativa à responsabilidade social cresce a cada ano no país.

Estudo – Milton cita o estudo Investimento Social Privado no Brasil, que indica a mobilização da sociedade civil no sentido de contribuir para a melhoria das condições de vida e solução de numerosos problemas. O trabalho foi realizado no ano 2000, abrangendo 48 organizações associadas ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), que congrega instituições do terceiro setor. De acordo com o editor, a pesquisa mostra, não apenas a consciência cívica que motiva o investimento social, mas também a profissionalização do manejo e administração dos recursos. As organizações investiram R$ 1,65 bilhão no social de 1997 a 2000, e 72,9% delas elaboram projetos estratégicos para nortear a aplicação do dinheiro; 83,3% trabalharam com planos de ação no último exercício; 95,8% planejam projetos/ações; 87,5% realizam monitoramento dos projetos; e 91,7% os submetem a avaliações de resultado.

Cultura e educação – Para Milton, é animador constatar que significativa parcela das ações no âmbito do terceiro setor concentra-se no campo da cultura e da educação. Oferecer às crianças e adolescentes a oportunidadede aprender e conhecer é uma das mais importantes contribuições para a construção de um País mais próspero e justo. Hoje, o acesso à informação estabelece, sem qualquer exagero, decisivo diferencial no desenvolvimento dos povos. (A Notícia-SC-SC, p. A3, 22/12)

Arte social

A exposição Parade, com os tesouros do Museu Georges Pompidou, de Paris, na Oca, vai até o dia 15. Nestes últimos dias, a mostra terá também um caráter social. Até lá, os visitantes encontrarão uma urna onde poderão depositar doações para três instituições: o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP), o Movimento de Mulheres do Jardim Comercial e o Instituto Reage SP, que possuem atuação social reconhecida na região sul de São Paulo, uma das mais problemáticas da cidade. No fim d a mostra, o resultado da urna será dividido igualmente entre as três instituições, que são parceiras da BrasilConnects – organizadora da exposição – na realização e implementação do projeto sociocultural Periferia SP. (O Estado de S. Paulo, Persona, p. D3, 9/1 – Cesar Giobbi)

Programas de voluntariado corporativo ajudam a diminuir a exclusão digital

PriceWaterhouseCoopers, Simens, Sadia e Accenture. Estas são algumas das empresas que estão contribuindo para combater a exclusão digital no Brasil. Elas desenvolvem programas de voluntariado voltados ao Comitê para Democratização da Informática (CDI), uma ONG que já instalou 379 Escolas de Informática e Cidadania para populações de baixa renda. Além de diminuir os níveis de exclusão social, o trabalho voluntário corporativo melhora a produtividade e a imagem que o funcionário tem da empresa. E ainda gera um ótimo marketing social, afirma Rodrigo Baggio, fundador e diretor-executivo do CDI matriz.

Doações – Além do trabalho voluntário corporativo, as empresas também vêm contribuindo com o CDI por meio da doação de recursos financeiros ou de produtos, como computadores. O Comitê já conta com o apoio de dezenas de parceiros, entre eles a Microsoft do Brasil, Esso Brasileira de Petróleo, Terra Networks, Xerox do Brasil, Banco Real/ABN AMRO Bank, Fundação Vale do RioDoce, Fundação Telefonica, W.K. Kellogg Foundation, Compaq, Dell Computer Corporation Brazil e Boucinhas & Campos. Esperamos que em 2002 as empresas continuem seu processo de amadurecimento social e estejam cada vez mais conscientes da importância de identificar sua marca com uma iniciativa social de sucesso, afirma Baggio. (Ethos Informa, 9/1)

Pfizer investe em programas de educação sexual para comunidades carentes

Por meio de parcerias com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo e com o Instituto Kaplan, ONG especializada em sexualidade humana, a indústria farmacêutica Pfizer promove, desde 2000, um programa de educação e saúde sexual para crianças, adolescentes, portadores de deficiência mental e idosos carentes. O programa procura prevenir a contaminação pela AIDS e a gravidez precoce entre os jovens. Outro objetivo é conscientizar educadores que trabalham com pessoas portadoras de deficiência mental sobre o comportamento sexual desse grupo. Com os coordenadores de casas de idosos, o programa discute a necessidade de adoção a um projeto de vida e de sexualidade, mesmo na terceira idade.

Programas – Os programas são desenvolvidos em três instituições ligadas ao Fundo Social: a Casa da Solidariedade, a Estação Especial da Lapa e o Núcleo de Atendimento ao Idoso, todas em São Paulo. Na Casa de Solidariedade, uma instituição que abriga 250 crianças e adolescentes carentes, o enfoque do trabalho é a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce. Através do jogo Aprendendo a viver, elaborado pelo Instituto Kaplan, os jovens recebem noções de educação sexual e se tornam multiplicadores destes conhecimentos. Em 2001, cerca de 300 pais e 40 educadores e funcionários também participaram de palestras sobre sexualidade. Para 2002, a Pfizer pretende estender seu programa de educação e saúde sexual a outras cidades do Estado de São Paulo. (Ethos Informa, 9/1)

Multiplicadores da informática

Funcionários e agentes penitenciários de Minas Gerais receberam ontem o certificado de instrutores de informática do Programa Janelas para a Cidadania. A iniciativa é desenvolvida pela Secretaria de Estado de Justiça de Minas, pelo Prodemge, Unicentro Newton Paiva e pela Microsoft. Os formandos vão capacitar em informática os detentos de seis unidades penitenciárias e centros destinados ao atendimento de adolescentes infratores no estado. Os participantes do projeto terão a oportunidade de adquirir formação profissional para a reintegração futura no mercado de trabalho, além de abrir seus horizontes com o acesso ao mundo digital. (Jornal do Brasil, p. 4, 10/1)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: