Quinta-feira, 12 de julho de 2001
Por: GIFE| Notícias| 12/07/2001Empresa & Comunidade
O jornal Valor Econômico publicou na edição de hoje o caderno Empresa & Comunidade. O destaque é para os projetos finalistas do Prêmio Valor Social, uma iniciativa do jornal que tem como objetivo reconhecer publicamente o trabalho de empresas que estejam se destacando com projetos de responsabilidade social.
Prêmio Valor Social – Os projetos finalistas
Os vencedores da primeira edição do Prêmio Valor Social serão escolhidos pelos leitores do jornal e por um júri de especialistas. Desde o início, o público colaborou com a iniciativa. Foram os leitores que sugeriram nomes de empresas cujo trabalho conhecessem e admirassem. No total, 109 empresas se inscreveram e 75 apresentaram os detalhados relatórios. Os jurados escolheram até três finalistas em cada categoria. São eles:
Veja a seguir o relato de cada um dos projetos desenvolvidos pelos finalistas.
Itaú Social investe em parcerias – Quando criou, em 1993, o Programa Itaú Social, o Itaú queria aplicar sua experiência administrativa a uma prática de ação comunitária. O banco optou prioritariamente pelo apoio a projetos complementares ao processo educacional de alunos do ensino público fundamental e, em segundo lugar, à saúde pública. Desde então, já investiu R$ 60 milhões em mais de 400 projetos, sendo R$ 11 milhões no ano passado. O Itaú calcula que, direta ou indiretamente, já beneficiou 45 mil educadores e 874 mil alunos. No mais recente passo para a solidificação do projeto, o banco criou, no final de 2000, a Fundação Itaú Social, com patrimônio de R4 170 milhões. Entre os projetos que a instituição apoia está o Prêmio Itaú-Unicef – Educação e Participação.
Criação de ombusdsman ajuda relação do Pão de Açúcar com a sociedade – A criação do cargo de ombusdsman, em 1993, é o marco inicial do Programa Cidadão Brasil, que consiste no conjunto de ações de relacionamento do grupo Pão de Açúcar com a comunidade. Também foram instituídos projetos como o PA Kids, estabelecimento montado em São Paulo, em 1998, com o objetivo de mostrar a alunos de escolas de primeiro e segundo graus os bastidores de uma rede de supermercados. A rede também investe em programas de reciclagem delixo e patrocina projetos como o Meninos do Morumbi, em São Paulo e o Ilê Aiyê, em Salvador, que receberão R$ 500 mil este ano, cada um.
Usiminas muda a rotina de 210 mil moradores de Ipatinga, no Vale do Aço – Em Ipatinga-MG a Usiminas não é apenas uma fábrica de aço. A empresa é responsável por abastecimento, saúde, educação e lazer para 210 mil moradores da cidade. O envolvimento da organização com a comunidade começou com a construção da própria estatal, na década de 60. Foi preciso implantar toda a infra-estrutura par assentar na região os operários e suas famílias. Hoje, qualquer cidadão pode ter acesso aos serviços administrados pela indústria. Eles foram estendidos à comunidade na década de 90, depois da privatização. Entre eles está a cooperativa de consumo Consul, que é um hipermercado completo, e o Hospital Márcio Cunha, mantido pela Fundação São Francisco Xavier, braço social da Usiminas.
Boston oferece MBA para funcionário – O BankBostou criou, há dois anos, o Boston School, uma iniciativa que tem como objetivo auxiliar os funcionários no aprimoramento profissional e cultural. Com sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro, a escola oferece MBAs gratuitos. Os cursos são abertos a profissionais com pré-requisitos acadêmicos. Além disso, o banco se preocupa com a saúde e a forma física dos funcionários. Na capital paulista existem academias de ginástica e programas de controle de peso, shiatsu e RPG. Nas demais cidades, há convênios com academias e entidades.
Unibanco aproveita reestruturação para modificar relações internas – Ao fazer uma reestruturação, em 1997, o Unibanco adotou um modelo de avaliação de desempenho que modificou o padrão das relações internas. A partir de então, a cada ano, contratos de gestão estabelecem metas individuais para os 24 mil funcionários. Quem cumpre ou excede as metas recebe remuneração que pode fazer o salário crescer em até 20%. Quem fica abaixo passa a ser atendido por um programa de desenvolvimento. O estímulo ao trabalho social é outro instrumento para motivação que a instituição utiliza. Os gerentes de agências podem se engajar em campanhas locais. Recentemente, em Florianópolis, uma agência teve permissão para canalizar, por três meses, R$ 30 a cada nova conta aberta para uma campanha antidrogas.
Serasa mescla plano de benefícios a incentivos para gestão de qualidade – Há dois anos, a Serasa elaborou uma política de recursos humanos em que iniciativas pouco usuais pontuam um programa consolidado de benefícios. A empresa oferece aos seus empregados benefícios como opções de café da manhã e atividade física três vezes por semana. Além disso, estimula a rotatividade pelas áreas para facilitar o conhecimento e desenvolve campanhas de antitabagismo ou de controle de peso. O voluntariado também é estimulado.
Imigrantes vira desafio para Ecovias – O maior desafio ambiental que a Ecovias dos Imigrantes enfrente é a construção de 21 quilômetros de estrada em pleno Parque Ecológico da Serra do Mar. A escolha dos métodos construtivos respeita o critério da interferência mínima, buscando a melhor tecnologia da engenharia aplicada ao meio ambiente. A Ecovias Imigrantes conseguiu reduzir drasticamente a área de interferência no meio ambiente em relação à primeira pista. Foram 1.600 hectares de vegetação. Agora, apenas 52 hectares. Além disso, a empresa também está recuperando a fauna e a flora. Os animais são direcionados a áreas da mata e as espécies vegetais transplantadas para áreas vizinhas.
Ford investe US$ 1,2 bi para construir fábrica ecológica em Camaçari – O cartão de visitas da Ford Motor Company Brasil Ltda e sua relação com o meio ambiente fica na Bahia, tem orçamento de US$ 1,2 bilhão e deverá produzir, a partir de 2002, os veículos do Projeto Amazon. Trata-se do Complexo Industrial Ford, em Camaçari. A fábrica está sendo construída dentro dos padrões ecológicos, desde a implantação de sistemas para reciclagem e reaproveitamento de água e lixo, passando por tratamento de esgoto, soluções arquitetônicas voltadas para aproveitamento da luminosidade e ventilação naturais e até cuidados para o uso de materiais e mão-de-obra de forma adequada a normas ambientais.
Samarco recupera relevo, flora e fauna de área explorada durante 15 anos – A construtora Samarco está reconstituindo a cava da mina de Germano, em Mariana-MG, um buraco de 52 milhões de metros cúbicos, resultado de 15 anos de exploração. O projeto de recuperação consiste em preencher a cava com 100 milhões de toneladas de sílica, um material arenoso que é rejeito da exploração de minério de fero. Será como se todo o material retirado fosse devolvido, só que sem o minério de ferro. Orçada em US$ 8 milhões, a restauração, que teve início em abril, deve ser concluída em 15 anos, o mesmo tempo gasto para abrir o buraco.
Nestlé reforça elos com receitas – O gosto pela culinária da população brasileira transformou, na Nestlé, no principal elo da comunicação e do relacionamento com o consumidor, além de ser um indicador de tendências de mercado e origem da criação de produtos e/ou alterações de embalagens de tradicionais linhas da marca. Dois destaques da estrutura de atendimento ao consumidor, hoje, são a Cozinha Experimental e a revista trimestral Nestlé com Você, com tiragem de 200 mil exemplares e distribuição gratuita.
Atendimento a cliente é foco estratégico do Unibanco – Para o Unibanco, o respeito ao consumidor na linguagem de negócios significa uma opção estratégica tanto para atuação no mercado quanto para o desenvolvimento de projetos. A atuação é direcionada por perfis direcionados, agrupados entre os cerca de