Quinta-feira, 8 de agosto de 2002

Por: GIFE| Notícias| 08/08/2002

Empresas ganham com projetos sociais

No livro Falsas noções sobre responsabilidade social corporativa, o ex-economista-chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), David Henderson, descreve a cidadania empresarial como um desvio dos princípios capitalistas e dos propósitos de uma empresa criada para gerar lucros a seus proprietários. Entretanto, diversas entidades privadas estão provando que investimentos sociais não representam uma fuga da lógica do capitalismo. O Pão de Açúcar, por exemplo, doa mercadorias com embalagens danificadas, porém apropriadas para o consumo. Diariamente, instituições cadastradas vão à loja retirar os produtos. Isso possibilitou a transferência de gastos com frete para o programa. No Telemar Educação, a companhia de telecomunicações procura ensinar crianças pobres noções de informática. São 51 laboratórios em escolas de 16 estados conectando cerca de 36 mil alunos à internet. “”Hoje estamos educando crianças que estavam excluídas do mundo digital e que são potenciais consumidoras da nossa tecnologia no futuro””, explica Maria Arlete Gonçalves, coordenadora do Instituto Telemar. A Cemig mantém projetos relacionados ao uso de energia elétrica, um deles irá implantar sistemas de aquecimento solar em conjuntos habitacionais de baixa renda.
Retorno atrativo para ações – Empresas cidadãs vêm se mostrando muito atrativas para investimentos. O fundo Ethical do ABN Amro, único dedicado a aplicações em papéis de empresas socialmente responsáveis, rendeu 11,8% desde de seu lançamento, em novembro de 2001. Nesse mesmo período, a Bovespa caiu 13,4%. Para Oded Grajew, diretor-presidente do Instituto Ethos, empresas verdadeiramente éticas são aquelas que adotam a mesma postura para os mais diversos públicos. Ele se refere a empresas americanas envolvidas em fraudes e que, por outro lado, possuíam investimento na área social. (Gazeta Mercantil, p. B5, 8/8)

Reforma do abrigo Tia Júlia será concluída este mês

O projeto Casa da Criança – Uma obra que vai ficar para sempre possibilitou a reforma do prédio do Abrigo Tia Júlia, em Fortaleza (CE). A obra, prevista para acabar no próximo dia 15, é uma iniciativa do Instituto Ayrton Senna com o propósito de beneficiar crianças e adolescentes pobres. O Casa da Criança conta com a participação voluntária de arquitetos, decoradores e de fabricantes e fornecedores de materiais de construção. O abrigo irá atender 200 jovens abandonados e mau tratados pela família. (Diário do Nordeste-CE, p. 11, 7/8)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • ABN Amro
  • Cemig
  • Instituto Ayrton Senna
  • Instituto Ethos
  • Instituto Telemar
  • Pão de Açúcar
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