Quinta-feira, 9 de agosto de 2001

Por: GIFE| Notícias| 09/08/2001

Investimento Social Privado no Brasil – Perfil e Catálogo de Associados GIFE

Mostra levantamento feito pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas sobre o investimento social privado e perfil de seus associados. É o primeiro mapeamento do setor já realizado no País. Os interessados podem comprá-lo no GIFE ou por meio de depósito bancário. Informações fone (11) 3849-2922. (Valor Econômico, p. F3, 9/8)

Estímulo àcidadania empresarial

Em artigo, John Edwin Mein, presidente da Câmara Americana de Comércio de São Paulo, afirma que o Prêmio ECO, criado pela Amcham, é uma das mais antigas e importantes iniciativas de estímulo à cidadania empresarial no Brasil. Segundo o articulista, o prêmio foi lançado em 1982 porque já existia uma massa crítica de projetos relevantes. Mein afirma que existem várias instituições que são referência na área, como a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, o GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas e o Instituto Ethos. De acordo com John Edwin, o ponto de partida da cidadania empresarial foi a democratização do país, na década de 1980 e será também a democracia a maior beneficiária pelo novo senso de comunidade, mais consciente e mais competente. (Valor Econômico, p. F2, 9/8)

Divulgação exige certos cuidados

O grupo Odebrecht é contra divulgar o trabalho social que realiza. O Banco Itaú prefere manter o programa social desvinculado da área cultural na surdina. A Natura começa a falar sobre o que faz. A Fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) acredita que a melhor forma de gerar resultados é mostrar as ações. A Azaléia está tão convicta disso que seu logotipo está presente na divulgação maciça do evento Criança Esperança. As empresas adotam posturas diferentes quando o assunto é contar ao público que elas investem em ações sociais. O superintendente do Instituto Ethos, Waldemar de Oliveira Neto, acha legítimo que as empresas mostrem as atividades desenvolvidas no campo social ao fazer seu marketing institucional. Segundo ele, o problema está na forma que elas se apresentam ao público em comparação ao trabalho desempenhado. O vice-presidente do GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, Léo Voigt, diz que as empresas devem ter alguns cuidados. Ele recomenda que os projetos divulgados sejam consistentes e diz ainda que a ação social não deve ser divulgada em excesso. Por último, defende que os recursos aplicados em publicidade não sejam desproporcionais ao tamanho do investimento realizado no próprio projeto. (Valor Econômico, p. F3, 9/8 – Helô Reinert)

Prêmio Valor Social divulga relação de vencedores

O Banco Itaú e a Serasa foram os grandes vencedores da primeira edição do Prêmio Valor Social, concedido pelo Valor Econômico às empresas que se destacam no exercício da responsabilidade social. O Itaú ficou com o Grande Prêmio do júri de especialistas e o prêmio Relações com a Comunidade, em função do Programa Itaú Social, que beneficia especialmente projetos que têm como objetivo a melhoria das escolas públicas. O Grande Prêmio na votação popular ficou com a Serasa, que ganhou também na categoria Qualidade do Ambiente de Trabalho. A empresa implantou a auto-avaliação e a avaliação recíproca entre chefias e colaboradores, além de estimular o voluntariado, política que levou ao surgimento de 700 colaboradores, organizados em 52 times de voluntários, atuando em 52 instituições de todo o país. A Nestlé foi a única empresa que recebeu prêmio (categoria Respeito ao Consumidor) tanto na votação popular quanto no júri de especialistas. As outras empresas vencedoras na votação popular foram Usiminas (Relações com a Comunidade), Ford (Respeito ao Meio Ambiente) e Laffriolée – MR Sobremesas (Micro e Pequenas Empresas). Além do Itaú, o júri de especialistas premiou o BankBoston (Qualidade do Ambiente de Trabalho), Ecovias Imigrantes (Respeito ao Meio Ambiente) e Palavra Mágica (Micro e Pequenas Empresas). (Valor Econômico, p. F1, 9/8 – Sandra Seabra)

Doação casada com venda

A Fiori, concessionária da Fiat no Recife, doa para o Movimento Pró-Criança o equivalente a 1% das suas vendas mensais. Em agosto de 1999, contratou a apresentadora Angélica para divulgar seu trabalho e chamar outras empresas para adotar a mesma política. De lá para cá, a entidade tem recebido contribuições maiores. A Fiore pisou numa área polêmica: vincular a ação social à venda de produto. Esse tipo de política pode gerar duas reações, diz Ricardo Voltoline, consultor especialista em marketing social. O consumidor pode identificar a intenção da empresa de ajudar a questão social ou como mera prática assistencialista só com o objetivo de aumentar vendas. O GIFE vê com reservas iniciativas do gênero. Somos contra usar a bandeira social para melhorar a imagem ou obter lucro, pondera Léo Voigt, vice-presidente da entidade. (Valor Econômico, p. F3, 9/8 – Helô Reinert)

Coleção da Educar para crianças e voluntários

A Fundação Educar DPaschoal preparou e está distribuindo gratuitamente uma série de livros para estimular a cidadania e apoiar a educação. Para os líderes de centros de voluntariado, educadores, empresas e mídia há quatro livretos chamados Para o Brasil dar Certo, Educação, Voluntariado e o Mundo Empresarial, Educação, Voluntariado e Mídia e A Revolução. Estes livros foram lançados aproveitando que 2001 é o Ano Internacional do Voluntariado, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). No livro Para o Brasil dar Certo há dados sobre o voluntariado no Brasil – são 20 milhões de brasileiros, que trabalham cerca de seis horas por mês, dicas sobre como participar de trabalhos sociais e sites do terceiro setor. Quem quiser entrar em contato com a Educar pode telefonar para (19) 3728-8208 ou enviar e-mail para [email protected] ou [email protected]. O site da fundação é www.educar.com.br . (Valor Econômico, p. F3, 9/8)

ONGs ecológicas se unem a empresas

A indústria Gráfica Jandaia produz há dois anos cadernos ecologicamente corretos e não tem do que reclamar. Falar de ecologia é uma ação constante que agrega valor à marca, diz Carlos Augusto Rossette, gerente de marketing da empresa. A Free Way Boots & Shoes acabou de lançar uma linha de sapatos especial. O couro é tratado com tatino, vegetal encontrado no troco de árvores, e a sola é de látex puro da Amazônia. As duas empresas fizeram contratos de licenciamento com o Greenpeace, que gerou negócios no valor de US$ 10 milhões no Brasil, no ano passado. Outro exemplo desse tipo de parceria é a da Fundação SOS Mata Atlântica com a pasta de dente Sorriso, da fabricante Colgate Palmolive. A iniciativa viabiliza projetos de educação ambiental. Recursos veiculados à parceria geraram R$ 975 mil no ano passado. Os desvinculados, filiações e seminários cobrados, somaram R$ 2,21 milhões.

Foco de premiadas é sociedade melhor

Seja por vocação ou para atender à tendência mundial de crescimento do papel as empresas no aprimoramento das sociedades, cada empresa vencedora do Prêmio Valor Social encontrou seus próprios rumos de atuação. O sucesso das empreitadas evidencia o quanto é fundamental o exercício da responsabilidade social por parte do setor empresarial. Não dá para evoluir bem em uma sociedade que vai mal, diz Marcelo Santos, presidente da Fundação BankBoston. (Valor Econômico, p. F6, 9/8 – Sandra Seabra)

Marcas ganham força e viram um exemplo

Algumas instituições construíram marcas fortes. O Instituto Ayrton Senna investiu no ano passado R$ 16 milhões em projetos sociais. A metade dos recursos foi acumulada com o licenciamento da imagem do piloto que morreu em 1994, da marca Senna e Seninha. Outra importante fonte de recursos nasce de alianças estratégicas. Empresas como Audi, Tele Centro-Oeste, Microsoft e Embratel investem diretamente em projetos sociais. Para esses parceiros, o instituto propõe modelo de ação, desenvolve a parte operacional, controla a implantação e andamento do projeto. Em proporção menor, o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer conseguiu consolidar no Brasil a marca do alvo, que alerta sobre o câncer de mama. No ano passado, a organização arrecadou US$ 7 milhões com a versão brasileira da campanha. (Valor Econômico, p. F6, 9/8 – Helô Reinert)

Educação e saúde são alvos do Itaú

Criado em 1945, por meio da fusão de várias instituições, o Banco Itaú tem amplitude nacional, mas as agências refletem a cultura das comunidades onde atuam. Até 1993, as ações sociais eram promovidas de acordo com a visão de cada diretoria regional. A criação do Programa Itaú Social estabeleceu uma política para todo o Brasil. Desde então, o Itaú investiu R$ 60 milhões em mais de 400 projetos nas áreas em que optou por focar sua atuação social – ações complementares ao ensino fundamental e saúde pública. Como parte do projeto Educação & Participação, o Prêmio Itaú Unicef é o que aponta para o que o Itaú chama de uma revolução silenciosa e contínua. Uma movimentação da sociedade brasileira que o banco queria mensurar e por isso instituiu o Prêmio. Realizado em anos ímpares, o Prêmio destina R$ 60 mil ao grande vencedor e R$ 40 mil aos demais escolhidos. Em 1999, foram 732 inscrições, 150 semifinalistas e 30 finalistas. A qualidade dos projetos finalistas era tal que o Itaú resolveu implementar o programa Parcerias. Assim, o banco usou seu poder de mobilização junto à classe empresarial e, além de receberem a chancela do Itaú e da Unicef, por meio de menções honrosas, as instituições finalistas puderam contar com apoios de diversas empresas, como a agência DPZ e a Gessy Lever ou fundações como a Fullbright e a Fundação Abrinq, além de outras 18 instituições. (Valor Econômico, p. F7, 9/8 – Sandra Seabra)

Valorização de funcionários é o diferencial da Serasa

Vencedora do Grande Prêmio Valor Social pelo voto popular, a Serasa foi criada em 1968 por instituições financeiras e atualmente emprega duas mil pessoas. Em 1994, a empresa implantou o conceito chamado Ser Serasa e uma nova estrutura de Recursos Humanos, o Sistema de Desenvolvimento Humano. Baseado na idéia de que uma empresa é principalmente o resultado do trabalho de pessoas, nos parece óbvio que valorizá-las é um caminho correto, explica Elcio Anibal de Lucca, presidente da empresa. O sistema é composto por seis macroprocessos: educação corporativa, planejamento de pessoas, liderança, qualidade de vida, responsabilidade social e cultura. Em 2000, a instituição investiu R$ 1,4 milhão em desenvolvimento humano.(Valor Econômico, p. F7, 9/8 – Sandra Seabra)

Projetos próprios absorvem verbas de grantmakers

Nos últimos 28 anos, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese) captou no exterior cerca de 98% dos recursos que movimentou. Há dois anos, o panorama começou a mudar. Está havendo mudanças do eixo de doações para o Leste Europeu e a África. As agências internacionais

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