Recém eleita, Dilma assume compromisso por novo marco regulatório
Por: GIFE| Notícias| 04/11/2010Nos dias que antecederam as eleições do último dia 31 de outubro, a então candidata Dilma Rousseff (PT), hoje presidente eleita do Brasil, assinou Plataforma para Construção de um Novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Com o gesto, ela assumiu um compromisso que envolve uma articulação inédita entre redes, movimentos e organizações sociais diversas sob uma mesma bandeira.
No mesmo documento é enfática: “assumo o compromisso de, já no início do nosso governo, constituir Grupo de Trabalho composto por representações das OSCs e Governo, que possam expressar a diversidade de temas e interesses na esfera pública, sob liderança da Secretaria Geral da Presidência da República, com o objetivo de elaborar, no prazo máximo de um ano, uma proposta de legislação que atenda de forma ampla e responsável, as necessidades de aperfeiçoamento que se impõem.”
Pelo que se pede por meio da plataforma, os itens importantes foram contemplados pela nova presidente em sua carta. Como por exemplo a criação do Grupo de Trabalho, que levará a condições para favorecer a independência, autonomia e sustentabilidade institucional das OSCs. O que deve, necessariamente, abarcar:
Segundo ele, todas as questões parecem ser tratadas como se fossem prioridades máximas — quando sabe-se que é justamente na priorização que certas causas e demandas são preteridas. “”Cabe às organizações da sociedade civil, particularmente àquelas que subscrevem o documento, aproveitar essa oportunidade de transição no governo para colocar em prática uma estratégia orientada a traduzir tais compromissos, muitas vezes vagos, em ações concretas orientadas a uma efetiva transformação do contexto em que operam as organizações da sociedade civil no Brasil””.
Desafio
A urgência do aperfeiçoamento do marco regulatório, que incide sobre as organizações da sociedade civil, é objeto de debate há muitos anos. Diversos Projetos de Lei estão tramitando no Congresso, mas dificilmente alcançam apoio suficiente para entrar em pauta.
Tendo em vista essa contextualização, as instituições que subscrevem o documento reafirmam seus compromissos e defendem:
– As causas de interesse público, a consolidação da democracia e a ampliação da participação democrática por meio da participação cidadã.
– O aprimoramento, melhoria e intensificação da qualidade da participação das OSCs nos processos de mobilização da cidadania para causas de interesse público.
– A adoção de práticas que permitam a melhor gestão dos recursos manejados pelas OSCs, aperfeiçoando suas práticas de auto-regulação, transparência e prestação de contas.