Rede Arte na Escola

Por: GIFE| Notícias| 06/12/2004

Nome da organização: Instituto Arte na Escola (Fundação Iochpe)
Qual a missão da organização? Incentivar e qualificar o ensino da arte.
Qual(is) a(s) área(s) temática(s) da organização? Educação
Qual(is) o(s) principal(is) público(s)-alvo da organização? Professores de arte, preferencialmente, da rede pública de ensino.

IDENTIFICAÇÃO DO CASO DE PARCERIA

Caso de parceria: Rede Arte na Escola
Data do início da parceria (mês e ano): Setembro de 1989
A parceria está: Em andamento

DADOS DO CASO DE PARCERIA

Resumo da parceria:

A parceria do Instituto Arte na Escola com as universidades está na gênese do projeto Arte na Escola, já que desde sua fase piloto no desenvolvimento de pesquisa-ação, nossos parceiros eram a universidade e a Secretaria Municipal de Educação.

Entendemos que o modelo gera a sustentabilidade da iniciativa, na medida em que cada parceiro realiza aquilo que é sua função inerente. A universidade, enquanto “”locus”” do saber, é quem detem e desenvolve o conhecimento – no caso, nas áreas de arte e educação. É sua responsabilidade devolver esse saber à sociedade, o que vem sendo feito de forma muito incipiente no Brasil, pelas dificuldades das Pró-Reitorias de Extensão. Ao encaminharmos materiais de apoio à educação às Universidades, para que essas os disponibilizem aos seus públicos, estamos enriquecendo acervos universitários e favorecendo a pesquisa. A Universidade dispõe de massa crítica para realizar as funções detalhadas do convênio: guarda e empréstimo da Midiateca e Educação Continuada dos professores da rede pública. Além desta, podemos enumerar as seguintes ações realizadas:

    1. Seminário Nacional anual de capacitação dos coordenadores, além de Seminários Regionais com o mesmo objetivo.

    2. Estabelecimento conjunto de Plano de Ação anual dos Pólos da Rede Arte na Escola quanto aos programas Midiateca e Educação Continuada.

    3. Monitoramento do desenvolvimento do Plano de Ação do uso dos instrumentos.

    4. Apoio nas ações propostas através de Plano de Incentivo.

    5. Circulação de informações e conteúdos através dos veículos de comunicação operados pelo Instituto Arte na Escola.

Dessa forma, nossa instituição realiza seu potencial de criar pontes de co-responsabilidade.As estratégias do projeto são desenvolvidas de forma participativa, por membros eleitos (os coordenadores dos Pólos e representantes do Instituto Arte na Escola) que compõem o Comitê Executivo. Operam, ainda, os seguintes Comitês: Vídeo, Publicações e Prêmio Arte na Escola Cidadã, caracterizando o entrelaçamento viabilizado pela parceria. Além disso, estabelecemos – para a avaliação de novos membros – convênio com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas.

Com tal união de esforços, temos atingido anualmente mais de 10 mil professores, além dos que atingimos via produtos de comunicação tais como site (que atingiu 24.957 visitações em março de 2004), boletim quadrimestral (tiragem: 10 mil exemplares) e Revista Pátio (tiragem: 50 mil exemplares).

Quais os principais resultados já alcançados pela parceria?

Através da parceria tem sido possível:

  • Capacitar anualmente mais de 10 mil professores (principalmente de artes) das redes públicas de ensino.
  • Desenvolver metodologia inovadora de ensino de artes que foi referendada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e pelos Parâmetros Curriculares do Ministério da Educação (MEC).
  • Estimular a Extensão Universitária, gerando capacidade local através de Bolsistas de Extensão.
  • Gerar pós-graduações através de parcerias entre Pólos universitários notadamente em cidades do interior, promovendo a qualificação da área de arte-educação no país.
  • Valorizar o professor do ensino fundamental e médio por meio do Prêmio Arte na Escola Cidadã, que reconhece e evidencia nacionalmente projetos educativos de qualidade no ensino da arte.

A parceria possui instrumentos de avaliação?

Desenvolvemos, em conjunto com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas, a avaliação das universidades candidatas à Pólo Arte na Escola, com pareceristas do Fórum e da Rede Arte na Escola.

Anualmente realizamos uma avaliação quantitativa de nossos Pólos de forma a verificar e acompanhar a eficiência e eficácia de nossos Programas Educação Continuada e Midiateca.

Os indicadores analisados são o número de professores capacitados em cada ação de educação continuada, a institucionalização do projeto na universidade, as parcerias locais realizadas, a freqüência de utilização dos instrumentos disponibilizados pelo projeto, a criação autônoma de novas ferramentas pelos Pólos entre outros. A produção de textos e as publicações sobre arte-educação dos Pólos são também indicadores de crescimento, bem como as iniciativas de extensão do trabalho às instituições culturais de cada um dos locais.Quanto à avaliação qualitativa, esta é trianual e encaminhamos solicitação de avaliação em maior profundidade em 2003. A última avaliação qualitativa, realizada em dezembro de 1999, foi norteada por duas perguntas:

    a) O Projeto Arte na Escola colabora para a formação de educadores críticos e comprometidos com a renovação do ensino da arte?

    b) As ações do Programa de Educação Continuada propostas pelo Projeto estão realmente provocando mudanças nas práticas educativas dos professores?

A coleta de informações baseou-se em entrevistas, observações de sala de aula e análise do material didático utilizado. Com estes procedimentos, buscou-se verificar se a orientação metodológica dada pelo projeto permeia efetivamente o trabalho cotidiano em sala de aula.

Os resultados dessa avaliação demonstram que o Projeto Arte na Escola é uma referência para os professores que dele participam. Eles afirmaram ter alterado sua prática docente, a partir de uma nova visão do ensino da arte, enquanto componente curricular importante para o desenvolvimento de crianças e jovens.

Quais as três principais dificuldades enfrentadas pela parceria e como elas foram superadas?

  • Reconhecimento, por parte das Universidades, da possibilidade de trabalhar com e ser avaliada por instituição do terceiro setor. Tal dificuldade inicial foi superada por meio de diálogo e da evidência de resultados alcançados.
  • Características culturais e institucionais de cada parceiro, o que levou a sucessivas re-formatações para acolher a diferença.
  • Dificuldade na compreensão do trabalho em rede: autonomia, engajamento e participação interativa. Essa dificuldade vem sendo trabalhada através das ferramentas de comunicação, especialmente o site, que está sendo redesenhado para facilitar o trabalho cooperativo.

Em seu entendimento, quais são as principais lições aprendidas na parceria que podem ser compartilhadas com os demais investidores sociais privados?

  • A Universidade, não obstante seus entraves de ordem burocrática e as dificuldades financeiras por que passa atualmente, é um parceiro estável, cujos quadros sofrem pouca mudança, garantindo o acúmulo de experiência e, portanto, o aprofundamento do projeto.
  • O formato de um projeto em rede nacional, em que cada parceiro aporta suas competências específicas, resulta numa relação custo-benefício muito positiva para todas as partes envolvidas.
  • A parceria entre Universidade e sistema público de ensino, quando mediada por instituição do terceiro setor, pode ser produtiva e atingir grande capilaridade.

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