Rede participativa de mobilização é lançada em São Paulo

Por: GIFE| Notícias| 28/07/2014

A cidade de São Paulo (SP) acaba de ganhar uma plataforma digital que pretende envolver a população ativamente em processos de discussão e decisão de questões e políticas públicas da cidade. Lançada em julho, a “Minha Sampa” é uma ferramenta de mobilização social que tem como objetivo engajar os cidadãos para a construção de uma São Paulo mais inclusiva, participativa e com melhores condições de vida.

“Nossa rede é feita por pessoas que acreditam que cidades melhores começam com cidadãos mais ativos, conectados e engajados. O Minha Sampa vai ajudar a ampliar o diálogo entre cidadãos e poder público, permitindo maior participação de todos nos processos de decisão sobre a cidade, e fortalecendo mecanismos de controle social sobre o executivo e o legislativo”, explica Anna Livia Arida, diretora executiva da plataforma em São Paulo.

O “Minha Sampa”, ao lado do “Meu Rio”, integra o projeto “Minhas Cidades”. No Rio de Janeiro, o movimento começou há pouco mais de dois anos e já conta com uma rede de mais de 140 mil pessoas evolvidas em questões como transparência, participação, segurança, transporte e formulação de políticas públicas.

Este ano, o “Meu Rio” ganhou o prêmio de R$ 1 milhão no Desafio Google Impacto Social e começou seu processo de expansão. A versão para a capital paulista é a primeira adaptação do modelo para outras cidades. A expectativa da “Minhas Cidades” é levar, em cinco anos, as ferramentas e metodologias da rede para 20 cidades brasileiras e 10 cidades fora do Brasil. “Vamos criar um modelo de desenvolvimento urbano participativo no Brasil e ao redor do mundo”.

Como funciona?

O “Minha Sampa” lança mão de metodologias e ferramentas, disponíveis no site, para apoiar a atuação das pessoas sobre questões que interferem na vida na cidade. Por meio dessas ferramentas – algumas ainda estão sendo adaptadas e desenvolvidas para São Paulo – qualquer pessoa pode iniciar sua própria mobilização ou colaborar com mobilizações de outras pessoas.

“Lançamos a Rede Minha Sampa com o ‘Panela de Pressão’, uma ferramenta onde qualquer pessoa pode criar sua própria mobilização e pressionar os tomadores de decisão da cidade: governantes, gestores públicos, parlamentares, concessionárias de serviços públicos e políticos em geral. No Panela, a pressão é direta: todos os cidadãos podem mandar um e-mail, uma mensagem via Facebook, ou fazer um telefonema automático e gratuito para um tomador de decisão.”

Anna Livia explica que, além de criar mobilizações no Panela de Pressão, todo paulistano – de certidão ou de coração – também poderá disponibilizar tempo e talento para dar aquela apoiar ações publicadas na plataforma e colaborar com uma comunidade de centenas de membros para desenvolver soluções urbanas.

Em São Paulo, a primeira ação do Minha Sampa, batizada de “”Abusadores, Não Passarão””, aconteceu em fevereiro deste ano, antes do lançamento oficial da plataforma. A iniciativa trabalhou a questão do abuso sexual de mulheres no Metrô.

Na ocasião, oito homens foram presos em flagrante, abusando de mulheres no transporte público. Paralelamente, o Metrô divulgava uma propaganda que dizia que “”trem lotado é bom para xavecar mulher”. Diante disso, a população se mobilizou, pressionou, e a propaganda foi tirada do ar.

Além disso, milhares de pessoas foram “convocadas” a pressionar o Metrô, para que sua verba pública de comunicação fosse destinada à prevenção ao abuso sexual em São Paulo. Em uma semana, a causa recebeu aproximadamente 5 mil “pressões” e, assim, o Metrô anunciou a criação de uma campanha de prevenção ao abuso sexual nas estações e nos trens.

“Juntos, estamos criando uma São Paulo mais inclusiva, sustentável, criativa, acessível e gostosa de se viver. Juntos, estamos mostrando que a cidade é nossa.”

Para conhecer a plataforma acesse o site.

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