Rede quer reduzir pobreza na América Latina

Por: GIFE| Notícias| 08/06/2009

Rodrigo Zavala

Desenvolver estratégias e metodologias compartilhadas para promover e apoiar iniciativas de desenvolvimento de base pela América Latina, qualificando empresas e fundações a trabalhar com o tema. Ao mesmo tempo, colocar na agenda de governos e das agências de cooperação uma alternativa de empreendimento social.

Esse é o trabalho realizado pela RedAmerica – Rede Interamericana de Fundações e Ações Empresariais para o Desenvolvimento de Base, organização presente em 13 países e que, desde 2002, vem reunindo experiências e práticas realizadas por mais de 60 empresas e fundações de origem privada – sendo 10 delas no Brasil.

Agora, a organização se une ao GIFE para criar a Aliança GIFE – RedEAmérica Brasil e convergir os esforços na redução da pobreza no continente. “”Pretendemos produzir grandes impactos por meio de uma união sem sobreposição de projetos””, afirmou Renata Nascimento, Membro do Comitê de CEOs do Bloco Brasil da RedEAmérica, durante o lançamento da aliança, realizado no último dia 02, em São Paulo.

Além de disseminar os conceitos de desenvolvimento de base, a Aliança pretende enriquecer práticas que fortaleçam comunidades de baixa renda, difundindo alguns princípios como: autonomia comunitária, capacidades coletivas, processos auto-sustentáveis, participação, inclusão e co-responsabilidade. Isto é, tornar as pessoas, e não os investidores ou gestores, protagonistas de sua própria mudança.

A diretora executiva RedAmérica Continental, Margareth Florez, falou ao redeGIFE um pouco mais sobre esse trabalho.

redeGIFE – Qual o propósito da RedAmérica?
Margareth Florez – Cada vez mais as empresas se preocupam com a comunidade na qual estão inseridas, invariavelmente pobres e com uma série de necessidades urgentes. O enfoque da RedAmérica é justamente instrumentalizar essas empresas para construir e consolidar as capacidades organizacionais desses locais, contribuindo para reduzir a pobreza na América Latina.

redeGIFE – Como vocês fazem isso?
Margareth Florez – A rede é formada por fundações e empresas que formulam metodologias colaborativas de intervenção para o os projetos de desenvolvimento local, em que a maneira de trabalhar seja orientada a estimular habilidades e capacidades das pessoas que compõem as comunidades atendidas.

Propostas que mostrem como a população pode participar da melhoria da educação, das condições de saúde, as iniciativas de geração de renda

redeGIFE – Existe potencial para o envolvimento dessas empresas no Brasi?
Margareth Florez – Sim e existe bastante potencial para isso. A Rede reúne hoje mais de 60 membros localizados em 13 países. No Brasil são apenas 10 empresas e fundações participantes. Há espaço para muitas outras.

redeGIFE – Como vocês pretendem atraí-las?
Margareth Florez – A RedAmérica escolheu o caminho de convocar organizações para participar. Vai mostrar seu enfoque através de uma reflexão, ao mesmo tempo em que demonstra ferramentas e metodologias construídas a partir de práticas sistematizadas pelas empresas e fundações membro. Essa é a maneira que a gente escolheu para aprender todos juntos, da melhor forma. Não temos nenhuma receita pronta.

Existem diferentes maneiras para resolver um problema. Todas têm suas qualidades e desafios que são sempre muito grandes. A Rede oferece um caminho para fazer isso de forma compartilhada.

redeGIFE – Alguns críticos dizem que é difícil gerir um grupo com grandes investidores para fazê-los trabalhar conjuntamente. Como vocês conseguem?
Margareth Florez – Isso é verdade. Essa é uma dificuldade que existe no trabalho colaborativo entre organizações. Mas o importante é entender que existe um objetivo maior, que vai além do que cada um faz individualmente; é coletivo. Todos devem colaborar para mudar uma realidade.

Não quero dizer que não existam conflitos ou dificuldades, porém os membros aprendem a trabalhar uns com os outros. Isso é facilitado, no fim, pelos impactos alcançados nos processos de desenvolvimento implementados. As empresas, fundações e institutos ficam satisfeitos com os resultados.

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