Relatório BISC mapeia investimento social corporativo

Por: GIFE| Notícias| 26/11/2012

A Comunitas, organização que promover o desenvolvimento social do Brasil por meio do engajamento dos diversos setores da sociedade, lançou, no último dia 22, a 5º edição do relatório BISC (Benchmarking do Investimento Social Corporativo). De acordo com os dados, os investimentos sociais voluntários realizados pelos participantes do BISC cresceram e alcançaram, em 2011, o patamar de 2 bilhões de reais – quase o dobro de cinco anos atrás.

Os dados foram apresentados pela socióloga e colaboradora da pesquisa BISC, Ana Peliano, que analisou alguns pontos favoráveis e contrapontos dos resultados obtidos junto às 23 instituições parceiras sobre o investimento social corporativo relativo ao ano de 2011. As instituições respondem por um total de 200 empresas, 29 fundações e um instituto independente. A prioridade do grupo é a educação, e para essa área as empresas destinaram, só no ano passado, recursos da ordem de 660 milhões de reais. É importante ressaltar que sua atuação não se restringe às ações voluntárias. No mesmo exercício, elas destinaram outros 2 bilhões de reais para ações sociais e ambientais realizadas nas comunidades em decorrência de exigências legais.

Dentre as inovações deste ano, o relatório publica análises inéditas sobre a atuação das empresas junto às comunidades que vivem no entorno de suas unidades produtivas. Dados mostram que, em 2011, 90% do total de recursos investidos no desenvolvimento territorial, foram destinados a ações voltadas à elevação do nível de escolaridade das comunidades, melhoria da infraestrutura educacional e aperfeiçoamento da gestão escolar.

A diretora de pesquisa e coordenadora de projetos de gestão integrada do Instituto Bio Atlântica (Ibio), Inguelore Scheunemann, que também é membro do Comitê Internacional do Instituto Herity e do Comitê Científico do Centro Universitário Europeu, falou no lançamento do BISC sobre o papel das empresas no desenvolvimento do território, apresentando a Gestão Integrada de Território (GIT) como uma rede de articulação entre os diferentes setores da sociedade em prol do desenvolvimento sustentável.

Os resultados do BISC sinalizam também que nos últimos cinco anos o comportamento das empresas brasileiras, com respeito à aplicação de recursos em investimentos sociais, superou em alguns aspectos a marca registrada pelas empresas norte-americanas que participam da pesquisa do CECP. Em 2007, a participação dos investimentos sociais nos lucros brutos das empresas brasileiras equivalia a um terço do nível alcançado pelas empresas americanas. Em 2011 essa posição se inverteu. As empresas participantes do BISC destinaram uma parcela maior dos lucros a investimentos em programas sociais do que a registrada pelas empresas americanas – 1,18% e 0,95%, respectivamente.

Em breve o relatório será disponibilizado em plataforma online. Para acessar as pesquisas dos anos anteriores, clique aqui.

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