Segunda-feira, 08 de dezembro de 2003
Por: GIFE| Notícias| 08/12/2003Perfil social
A presença de mulheres e de negros nas empresas ainda é reduzida no Brasil, se comparada à participação desses grupos na sociedade brasileira e na população economicamente ativa. O dado consta na pesquisa Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas, realizada pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). O estudo aponta ainda que mulheres formam 18% do quadro de gerência, 28% de supervisão; enquanto os negros são 13,5% dos supervisores e 8,8% dos gerentes. Quanto à diretoria, o índice de participação de mulheres subiu para 9% em relação à pesquisa anterior (6%), e o de negros caiu de 2,6% em 2001 para 1,8%. (Valor Econômico; O Globo, 6/12)
Fiat mostra o país pelo olhar dos jovens
Com o objetivo de dar voz aos jovens e abrir espaço para expressarem seus desejos e opiniões, a Fiat Automóveis distribuiu, no início deste ano, máquinas fotográficas a 2 mil escolas públicas e privadas de todo o país, convidando alunos a mostrarem, por meio de fotos, como viam o Brasil. As cem imagens mais representativas foram selecionadas para compor o livro de fotografias Brasil dos meus olhos, editado pela montadora. A publicação apresenta um retrato dos contrastes do país na visão de estudantes de 1º e 2º graus e foi distribuída para bibliotecas, escolas e instituições ligadas à educação de todo o Brasil. Segundo a assessora de relações corporativas da Fiat, Ana Vilela, o resultado foi surpreendente. “”Os jovens mostraram que têm uma visão crítica do país mas, também, uma grande paixão pelo Brasil.”” As imagens denunciam problemas sociais, como miséria e violência, mas também imagens da beleza natural do país. A versão virtual do trabalho está disponível no endereço eletrônico da montadora. (Valor Econômico, 8/12)
Projetos sociais em alta nas empresas
O desenvolvimento de projetos sociais é uma iniciativa que está em alta entre as empresas brasileiras. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 41% das empresas constataram aumento nas vendas em função de posicionamento socialmente responsável. De acordo com o Ipea, normalmente as empresas desenvolvem ações sociais nas comunidades das regiões em que atua e feitas de forma não-coordenada. Segundo o estudo, das 50 maiores companhias com atuação no país, 65% consideram alto o retorno de imagem com o investimento social. (A Notícia – SC, Liliani Bento, 8/12)
Solidariedade Expressa
A Federal Express (Fedex) é a mais nova patrocinadora da Casa do Zezinho, entidade com atuação junto a crianças pobres da Zona Sul de São Paulo. A gigante americana de encomendas expressas ajudará a ONG com as despesas de manutenção. “”Escolhemos essa instituição porque ela tenta mudar a realidade e o futuro de jovens por meio da educação””, justifica Guilherme Gatti, diretor da Fedex. (Revista IstoÉ Dinheiro, 8/12, Rosenildo G. Ferreira, 8/12)
Apoio à Terceira Idade
Apesar de já atingirem 9,3% da população, poucas ações destinadas à terceira idade são realizadas. Com o objetivo de mudar esse quadro, a empresa de logística Movicarga e a Full Jazz Comunidade lançaram o projeto Geração. A iniciativa vem oferecendo suporte e fomento a ONGs que lutam pela melhoria da qualidade de vida dos idosos. (Revista IstoÉ Dinheiro, 8/12, Rosenildo G. Ferreira, 8/12)
O olé da Delphi
Crianças e adolescentes de Cotia (SP) acabam de ganhar um presente da Delphi. A fabricante de autopeças doou o prédio que irá abrigar a nova sede do Projeto Olé. Fruto da parceria entre o Lyons Club e entidades governamentais, o programa incentiva a educação e a cultura, por meio de práticas esportivas como o futebol. Para 2004 está prevista a realização de cursos de teatro. (Revista IstoÉ Dinheiro, 8/12, Rosenildo G. Ferreira, 8/12)
Brincadeira de índio
Mocareara angap, mojarutap myrytsiowit e uiui são brincadeiras que compõem o universo lúdico dos índios brasileiros. Esse acervo será transformado em jogos de tabuleiro e distribuído em escolas da rede pública de ensino. O trabalho está sendo feito pela Origem Jogos e Objetos e patrocinado pela Robert Bosch, grupo alemão com atuação em produção de ferramentas elétricas e equipamentos para o setor automotivo. A coleta de informações em tribos de cinco estados será concluída no final de janeiro. (Revista IstoÉ Dinheiro, 8/12, Rosenildo G. Ferreira, 8/12)
A lista da cidadania
Os desenhos feitos por crianças atendidas no Instituto Casa da Gente, de Carapicuíba (SP), ilustram a edição 2004 dos guias comerciais e telefônicos da Listel. Os trabalhos foram escolhidos em concurso que mobilizou os 1,2 mil meninos e meninas atendidos pela ONG, fundada pelo cantor Netinho de Paula. A parceria inclui também a doação de computadores e impressoras para o instituto e outras 10 entidades de apoio à infância de várias cidades do país. (Revista IstoÉ Dinheiro, 8/12, Rosenildo G. Ferreira, 8/12)
Marisol colabora com educação
A unidade Marisol de Jaraguá do Sul (SC) vem se destacando pelo compromisso com a responsabilidade social. A empresa está contribuindo com o acesso de crianças de zero a seis anos à pré-escola. Somente na cidade catarinense., 21 creches recebem o apoio da Marisol, somando um total de 4,5 mil crianças atendidas. Projetos de valorização da cidadania, como Alfabetização Solidária, Programa de Resistência às Drogas e à Violência, Jaraguá em Dança e Educação no Trânsito compõem ainda as ações sociais da empresa. Somente em 2002, cerca de R$ 64,2 mil foram investidos nesses programas. (A Notícia – SC, 8/12)
Prêmio- Pesquisa histórica
Estão abertas até 12 de fevereiro as inscrições para o prêmio da Fundação Odebrecht de patrocínio de pesquisa histórica. O regulamento do concurso está disponível no endereço eletrônico da entidade www.odebrecht.com.br. Os projetos não precisam ter um formato específico e todo o planejamento será definido depois dos resultados em conjunto com o autor. Os trabalhos apresentados passarão por um projeto interno de seleção. (Estado de Minas, 8/12)
Projetos buscam implantar a brincadeira saudável
Implantado em 2001, em Caraguatatuba (SP), pela Fundação Orsa em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o Progepi – Programa de Gestão Pedagógica para a Educação Infantil teve seus resultados apresentados na França, durante conferência da Unesco que discutia modelos de educação infantil. O projeto atua em nove centros de educação infantil da cidade paulista e atende 2,2 mil crianças, número que representa 100% das crianças de zero a quatro anos do município. Segundo Vera Melis, coordenadora da área de Educação da Fundação Orsa, o projeto foi criado para o desenvolvimento integral de crianças até seis anos em seus aspectos físicos, psicológicos e sociais. A proposta envolve a família e prevê a melhoria da qualidade do trabalho dos profissionais envolvidos com a educação infantil. Para o desenvolvimento do projeto, a Fundação Orsa disponibiliza a metodologia de trabalho e o município fornece equipamentos, material escolar, uniforme e alimentos. (O Povo -CE, 6/12)
Você está nos planos do presidente!
O presidente Luis Inácio Lula da Silva lançou, na última segunda-feira (1/12), durante a V Conferência Nacional dos Direitos da Criança, em Brasília, o plano de ação do Governo Federal para melhoria das condições de vida de milhões de crianças e adolescentes brasileiros. O projeto, proposto pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, foi assumido como compromisso por Lula, ainda durante sua campanha presidencial. Nele estão previstos investimentos, entre 2004 e 2007, de R$ 55,9 bilhões em ações especificamente destinadas a crianças e adolescentes. (O Povo -CE, 6/12)
“”Os empresários estão se empenhando””
Em entrevista, Arthur Sendas, presidente do Grupo Sendas, fala sobre o papel das empresas brasileiras na prática socialmente responsável. Dono da empresa que ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores do setor varejista do Rio de Janeiro com capital brasileiro, Sendas afirma que a consciência da importância da prática socialmente responsável vem se instalando no empresariado brasileiro. Segundo o executivo, os empresários estão se empenhando e mais conscientes do que há cinco ou dez anos. Para ele, a iniciativa privada tem o dever de participar e cumprir sua parte no desenvolvimento social. Há mais de 30 anos, o Grupo Sendas mantém o projeto Marrequinho, que oferece a jovens de baixa renda a oportunidade do primeiro emprego em troca da permanência e dos bons resultados na escola. (O Globo, 8/12)
Educação é tema prioritário das empresas
Os projetos sociais conduzidos por empresas brasileiras priorizam a educação, segundo estudo organizado pelo Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor), em 385 empresas. A área educacional abrange 63,6% dos projetos, seguida pela de meio ambiente, com 42,6%, e por projetos de desenvolvimento comunitário com 41,8% das respostas. Mas só 6,5% responderam que seus projetos tratam da questão da violência, seguidos por 6,2% que cuidam da área de habitação e 3,4% da defesa de direitos do consumidor. (O Globo, 8/12)
Com a palavra, os principais beneficiados
A sensibilidade empresarial começa a tomar conta de várias empresas brasileiras. Antes preocupadas somente com clientes, fornecedores, empregados e investidores, empresas como Aracruz Celulose, Petroquímica União e Shell hoje pensam também nas comunidades das regiões onde atuam, imprimindo um novo conceito de responsabilidade social, com maior participação da comunidade. Incentivadas por moradores de regiões onde estão inseridas, algumas estimulam até a criação de conselhos comunitários para orientar seus programas sociais. É o caso da Petroquímica União, que ajudou a formar um conselho consultivo, integrado por representantes de associações de bairros, de igrejas e escolas das regiões paulistas onde atua. O conselho ajudou na definição das demandas para implementação de ações sociais, como melhoria de escolas e atividades culturais e esportivas. Já a Shell, quando, em 2000, instalou uma unidade de exploração em Vitória, contratou o Instituto Pró-Natura para medir a expectativa da comunidade em relação à empresa. A partir dos dados, foi possível produzir palestras e oficinas temáticas para os moradores. (O Globo, 8/12)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: